VII

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"Don't be such a boy"
(Astrid S)

O garoto ainda me encarava confuso enquanto eu quase tinha um ataque.

Que merda eu fiz dessa vez?

Peguei as minhas roupas rapidamente e as vesti mais rápido ainda. O Chris aparentemente não estava entendendo nada, pois olhava ao redor com o cenho franzido.

"– Eva, Eva! – o Chris cantarolou enquanto eu ria loucamente – Você é tão lindinha, Eva!"

Flashes da noite passada rondavam a minha cabeça.

Saí daquele quarto, fechando a porta em seguida. Desci as escadas e vi algumas pessoas cochilando em lugares peculiares.

Consegui finalmente sair daquela casa e suspirei.

"– Vamos logo Chris, antes que alguém ocupe o quarto! – falei batendo no ombro dele, já que eu estava montada em suas costas"

O meu subconsciente insistia na possibilidade de que talvez nós não tivéssemos transado.

É, talvez estivéssemos bêbados o bastante para não conseguir ao menos nos concentrar.

"– Você não tinha uma namorada? – ri enquanto ele tentava inutilmente abrir o meu sutiã."

– Não sei, acho que tenho, tanto faz! – riu alto e logo voltou a me beijar."

Ai meu deus!

A Iben, como eu me esqueci dela? Não acredito que transei com o Chris sendo que ele tem namorada.

No que eu fui me meter? Logo agora que a minha vida social estava se estabilizando eu vou lá e faço merda de novo.

A minha mente estava tão bagunçada que eu acabei ficando parada em frente a casa do Penetrator sem saber para onde ir.

Ok, eu realmente esqueci o caminho para casa.

Ouvi o meu nome ser chamado de longe e logo percebi que era o Christoffer.

O garoto veio correndo na minha direção enquanto terminava de calçar o tênis.

Merda.

– Hey, Eva! Por que saiu daquele jeito?

– Eu realmente não sei o que a gente fez, mas foi um erro – suspirei e virei o rosto para o lado oposto, sentindo o vento bater no meu cabelo. Ele apenas concordou mordendo o lábio.

– Quer carona? Posso te deixar em casa.

Eu realmente não devia aceitar, mas na situação que eu me encontro qualquer opção é lucro.

Assenti sem falar nada e logo ele tirou a chave do carro do seu bolso traseiro. Entramos no automóvel e seguimos sem falar nada.

– Hey Eva... – tentou falar enquanto estacionava em frente a minha casa, mas eu o interrompi.

– Olha Chris você não precisa agir como se nós fôssemos algo – bufei revirando os olhos.

– Ok, eu só queria ser gentil – levantou os braços em rendição.

– Eu realmente não sei o que você acha que somos, pois nem amigos somos, e nunca vamos ser. Oque fizemos foi um erro, e nunca vai se repetir. Não quero ser vista por aí como mais uma na sua listinha – ele abriu a boca para falar algo – Só... finge que isso nunca aconteceu. Não quero que as pessoas saibam que a gente transou.

Ele não disse nada, mas pude perceber que o seu ego estava ferido. O garoto destravou o carro e logo eu saí sem nem me despedir.

Entrei em casa e encostei na porta logo após fecha-la. Deslizei sobre a mesma e coloquei a minha cabeça entre as pernas.

Toxic - Chris e Eva Onde histórias criam vida. Descubra agora