XXIII

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"Not tryna be indie
Not tryna be cool
Just tryna be in this"
(Dusk Till Dawn, Zayn Malik)

Pensei muito sobre oque o Isak falou, Eu não estou apaixonada pelo Christoffer, não mesmo, totalmente fora de contexto. Tudo bem que eu admiti que sentia algo por ele, mas não chega a ser paixão.

Esse garoto me deixa completamente louca. Ele é totalmente bipolar quando se trata de mim. Preciso acabar com essa faísca que sinto por ele, antes que eu acabe machucada.

Me deitei sobre espreguiçadeira e fechei os olhos. Amo o sol de meio dia, é perfeito para tomar um bronzeado.

Ouvi o meu celular tocar e atendi sem olhar o visor.

– Alô? – perguntei.

– Eva? Sou eu – era a minha mãe – Ainda está na Califórnia?

– Sim, mãe – suspirei – Volto amanhã para Oslo.

– Certo – ouvi alguém chama-la do outro lado do telefone – Agora não, Clark – cochichou.

Sério isso? Ela estava saindo com alguém, mas não tem tempo para mim?

– Mãe? – perguntei ao revirar os olhos.

– Oi, Eva. Ah, era só um colega de trabalho – tentou se explicar – Só queria te avisar que só volto para casa semana que vem, estou muito atolada em trabalhos – claro, "trabalhos".

– Certo mãe, já tinha imaginado – suspirei.

– Chame uma amiga para ficar com você, se não quiser ficar sozinha em casa – sugeriu.

– Claro, vou conversar com a Noora. Bom trabalho – revirei os olhos e desliguei.

Voltei a me concentrar no bronzeado. Sem mais preocupações, pelo menos até amanhã. Esse feriado era pra me trazer paz, mas só me causou dor de cabeça.

Fechei os olhos novamente e acabei pegando no sono.

(...)

– Eva! – senti alguém me balançar.

Abri os olhos imediatamente e me deparei com a Vilde.

– Hey, que horas são? – perguntei atordoada.

– Quase 5 da tarde – deu de ombros.

– Merda! – resmunguei me levantando – Como puderam me deixar dormir por tanto tempo? Eu poderia ter tido uma insolação.

– Acordamos faz pouco tempo, nem percebemos que você estava aqui – deu de ombros novamente – Mas então, vamos a uma festa daqui a duas horas, vá se arrumar – assenti e me virei para sair da área externa.

Ouvi uma gargalhada estridente da Vilde.

– O que é tão engraçado? – perguntei confusa, me virando.

– As suas costas, está branca, enquanto o resto do corpo está bronzeado – apontou enquanto ria.

Revirei os olhos e soltei um riso. Subi para o quarto e fui direto para o banheiro, eu estava necessitando de um banho.

Entrei no chuveiro, e a minha pele ardia de uma forma horrível. Maldita hora que eu resolvi cochilar no sol.

Saí do banho e me olhei no espelho da pia. Eu estava parecendo um pimentão de tão vermelha. Comecei a rir, aquilo estava ridículo.

Me enrolei em uma toalha, abri a porta do banheiro e fui em direção a mala. Antes eu que eu completasse o ato, o Isak abriu a porta sem bater.

– Ei! Eu poderia estar pelada! – resmunguei.

Toxic - Chris e Eva Onde histórias criam vida. Descubra agora