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"I call you but you never even answer
I tell myself I'm done with wicked games
But then I get so numb with all the laughter
That I forget about the pain"
(Bebe Rexha, Back To You)

Acordei com o barulho estridente do despertador tocando, merda, já é de manhã.

Mas tinha algo errado, eu sentia algo se agarrando ao meu corpo, será que era algum delírio?

A minha pergunta foi respondida ao me virar e ver que o Christoffer Schistad era o ser que me abraçava. Que merda? Me soltei rapidamente dele, oque o fez acordar.

– Bom dia – falou sonolento.

– Bom dia? O que faz aqui? – perguntei ao me levantar da cama e o encarar brava.

– Como assim? Não se lembra que deixou eu passar a noite na sua casa? – ele estava confuso.

– Claro que lembro, mas não me recordo de ter permitido que você dormisse no meu quarto.

– Você não especificou onde eu deveria dormir, apenas me deu a toalha para tomar banho. E quando eu saí de lá, você estava dormindo, então eu pensei que era pra eu ficar aqui – falou com um sorrisinho de canto.

Cachorro desgraçado aproveitador.

– Ok, isso nunca aconteceu. Ninguém pode saber que um dia eu dormi abraçada com você – deixei claro e o vi concordar.

Saí do meu quarto rapidamente para não me estressar mais ainda com ele. Tomei um banho demorado e ao sair, me deparei com o Chris fazendo panquecas na cozinha, que clichê.

– Acho que você está folgado demais, não acha? – levantei as sobrancelhas e ele soltou um riso.

– Eva, Eva... você deveria aproveitar, não são todas que conseguem ter essa visão – revirei os olhos.

Já falei que o ego dele é maior que o nariz do William?

Me aproximei do garoto e tentei visualizar  comida que era preparada por ele. Até que tinha cara de comestível.

Senti a sua respiração acelerar, mas eu não entendia o porque. Mas aí percebi que estávamos muito próximos um do outro.

Aquilo estava se tornando desconfortável, mas a situação piorou após eu perceber que ele se aproximava cada vez mais de mim. E eu não sei porque, mas eu não queria recuar.

Senti os seus lábios no meus, e uma corrente de choque atingiu o meu corpo. O que estava acontecendo? Eu sentia o meu corpo tremer e corresponder perfeitamente ao seu toque.

Ok, me pergunto novamente, o que eu estou fazendo? Sério, logo eu que tanto critiquei ele,  estou aqui desfrutando dos seus belos lábios. Irônico né?

Depois do que pareceram horas, me livrei do seus braços e finalmente encerramos aquele beijo. Nos encarávamos desconfortavelmente sem saber oque fazer.

– Ah... eu tenho que... ir para a escola – falei desnorteada enquanto apontava freneticamente para a porta – Consegue se virar sem mim, certo?

– Ah... claro, eu vou... vou terminar aqui – parece que alguém também estava desconfortável com isso tudo.

Me virei instantaneamente sem mais delongas e saí daquela casa.

Certo, a lista de merdas que eu faço só anda crescendo ultimamente.

Cheguei no ponto de ônibus e fiquei encostada enquanto esperava. Eu precisava urgentemente de um carro.

Assim que o ônibus chegou, me sentei no fundo e coloquei os meus fones.

Toxic - Chris e Eva Onde histórias criam vida. Descubra agora