Cap. 5

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Rebeca

Tiro sua blusa, necessitando mamar meus peitos. Sinto o desejo entre minhas pernas aumentar cada vez mais, molhando minha calcinha.

Acordo suada, assustada e excitada. Minha respiração acelerada. Levanto-me rapidamente e vou até a sacada, podendo receber a brisa da noite em meu rosto.

- O que houve querida? - Pergunta Marlon preocupado, vindo atrás de mim.
- Só um pesadelo... Só um pesadelo. - Sussurro a segunda vez. Viro-me para ele, ficando de costas para rua. Marlon passa as mãos em minhas costas, acariciando e me puxando para um abraço.

- Calma. Relaxa. Foi só um pesadelo. - Passando a mão em meus cabelos. Minha respiração foi diminuindo, até encontrar o ritmo normal.

Uma lágrima escorre rosto abaixo, o seu significado não sabia ao certo. Por que eu estava sonhando com minha aluna lésbica que esta apaixonada por mim? Oh meu Deus, algo muito errado estava acontecendo. Levantei meu rosto e beijei carinhosamente os lábios do Marlon.
Dormimos abraçados a noite inteira, e de manhã não queria sair do conforto de seus braços. Estava com medo, ele tinha que me proteger, e para isso, tinha que ficar ali, pertinho dele, entretanto o dever me chamava.

- Está mais calma? Superou o pesadelo? - O sonho começou a se repetir em minha cabeça. Não consegui respondê-lo, somente fiz que sim com a cabeça. Levantei e fui me arrumar.

Precisava entender o que estava acontecendo comigo, queria conversar com alguém, só que não tinha amigas, nem amigos, só o Marlon, ele não tinha que me ouvir falando disso.

Entrar na sala do segundo ano foi difícil, sabia que a encontraria ali, sentada com um sorriso bobo. Respirei fundo, absorvendo o máximo de ar possível, e entrei.

Nossos olhares se cruzaram, faltou sair faíscas. E não olhá-la pelo conto do olho foi muito difícil. Estava meio avoada, expliquei metade do conteúdo, foi a explicação mais complicada que já dei. Acabei passando um exercício, para poder pensar. Abaixei a cabeça e fingi estar lendo uma papelada.

- Professora. - Aquela voz me é estranha, levo um susto por esta "concentrada" demais, em meu mundo de perguntas. Quando levanto o rosto, me deparo com Samantha. - Estou com uma dúvida nessa questão. - De todas as pessoas do mundo, aquela era a única que não queria que tivesse dúvida.
Expliquei ligeiramente, sem a olhar. Quando coloco minha mão sobre a mesa, Samantha coloca a sua em cima da minha e faz um pequeno carinho. Meu coração dispara, enquanto me paraliso. O que ela esta fazendo?

Samantha pisca e sai como se nada tivesse acontecido. Apesar de não estar me vendo, sabia que estava pálida. Pego um calmante na bolsa e vou até o bebedouro, aquilo era mais uma desculpa para sair de sala.
Não demorou muito para o sinal tocar, e antes mesmo de levantar-me, Samantha já havia sumido. Dei graças a Deus, não queria correr o risco de acontecer algo parecido com meu sonho. Arrumo calmamente meus matérias dentro da bolsa, não tendo que preocupar com nada.
Saio em direção ao meu carro, pensando no que faria pro almoço. "Acho que uma salada de beterraba com cenoura, bife, o arroz e o feijão já estão prontos, não irei demorar para terminar." Terminando meu raciocínio encontro Samantha encostada no meu carro, o estacionamento está vazio, congelado por um momento. O que ela quer? Minhas mãos estão quase pingando suor.
- O que... Você quer? - Gaguejo.
-Só vim pedir desculpas pelo incidente na aula. Sei que fui desrespeitosa. É só que sinto algo por você. - Ouvir aquilo me deixou flutuando no ar, foi como música para meus ouvidos. E antes que percebesse estávamos nos beijando. Seu beijo era doce, sua boca estava com gosto de menta, ela havia se preparado, já esperava que isso fosse acontecer? Samantha morde lentamente meu lábio inferior, alguns segundos depois eu estava retribuindo a mordida. Flores, rosas, borboletas, nuvens invadiram o ar ao nosso redor.
Meu celular começa a tocar, tirando-me do momento mais radiante da minha vida. Afasto-a com a mão. O que eu estou fazendo? Onde estava com a cabeça? Sou casada, não posso fazer isso, não posso.
- Desculpa, mas não posso fazer isso. - O brilho dos seus olhos somem na tristeza, ver aquilo doeu mais que receber uma facada no peito. Meus olhos começam a se encherem de lágrimas, pisco forte, para não deixa-las caírem.
- Eu quem tenho que pedir desculpas. - É possível sentir a magoa em sua voz . E antes que pudesse dizer qualquer coisa, Samantha já estava correndo para longe.
Fico ali observando-a indo embora, as lágrimas começam a escorrer, fui tomada pela angústia.

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