Cap. 40

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Tobias

 Deixo Samantha na porta do colégio, fico olhando-a andar até uma árvore, não sei se ela sabe que eu ainda estou por aqui, parece não perceber, isso faz com que eu queria ficar mais um pouco. Lembro do momento em que a vi sentada, cabeça baixa, curtindo a música, linda como sempre. O jeito como seus olhos brilharam ao me ver, fez meu coração saltitar de alegria. Não sei se foi a saudade, mas alguma coisa aconteceu em meu interior, fazendo com que eu sentisse a necessidade de beija-la, tentei controlar, porém me deixe levar pelo impulso, esse beijo foi perfeito, como se nosso corpo estivesse em sintonia, fez com que eu quisesse mais e mais, entretanto tive que me segurar. Minha cabeça ficou confusa, mais bagunçada que gaveta de calcinha de mulheres desorganizadas, então eu fiz a pior coisa, porém a melhor para o momento, disse que havia sido um erro. Ao ouvir isso, Samantha congelou, e foi então que percebi que ela estava se mostrando feliz, mas estava vazia, solitária, com a alma machucada e sem rumo. Meu coração se partiu em pedaços, e o dela escolheu a cobra da Rebeca, percebi que o beijo havia sim sido um erro.

Não entendo o por que esse beijo mexeu tanto comigo, eu sou gay, ela é minha melhor amiga e já tem sua companheira, respiro fundo, ligo o carro, dirijo sem rumo. O sem rumo que leva-me  diretamente ao apartamento do Caio, na avenida principal, perto do hospital onde ele trabalha. As pessoas me encaram, como se eu estivesse andando nu.


Toco a campainha umas dez vezes seguidas, quando toco pela decima primeira vez, a porta se abre, Caio esta enrolado em uma toalha branca de algodão, sua barriga tem algumas gostas de águas, elas escorrem, seu cabelo molhado pingando, isso me deixa de pau duro.  Ele faz uma cara de quem não esta entendendo nada, não o culpo, a situação é realmente estranha.


- Posso entrar? - Pergunto, levando a mão até minha barraca armada. Caio dá um sorriso excitante, concordando com a cabeça.


- O que traz a Rapunzel até a humilde casa real? - Brinca ele ao passar a mão pelo cabelo e fechar a porta atrás de nós. - Não vá me dizer que perdeu o sapatinho de cristal.


- Deixe de ser idiota. - Zombo. - Rapunzel é a das tranças, sapatinho de cristal é da cinderela. - Tiro onda, tentando esquecer minha confusão de sentimentos.


- Desculpa por eu não ser o sabe tudo das estórias da Disney. -  Ele dá uma piscadela.


Não consigo me controlar, beijo-o, aliso seu corpo com as mãos, tentando sentir algo, desejo, excitação, meu pênis fica duro novamente, mas desta vez tudo é diferente. Minha respiração esta acelerada, meu pau esta latejando de desejo, Samantha não sai da minha cabeça. Desamarro a toalha de Caio, beijo seu pescoço, esfrego meus lábios em sua barriga, enquanto minha mão faz movimentos bruscos em seu pinto.


- Preciso  te comer. Tipo agora.  - Digo entre dentes. Coloco caio de quatro no chão da sala mesmo, abro minha calça, deixando-as caírem, ficando presas nos tornozelos, então enfio meu pau duro em caio, como se fossemos animais.  Não demorou nem quinze minutos e eu gozei.


Eu nunca fui o tipo de cara que comeu alguém só para tirar outra pessoa da cabeça, ou para saber se realmente sente algo por algum ser. Não consigo me reconhecer, não sei o que houve comigo, ou em que rua me perdi, mas provavelmente bati com a cabeça.


Levanto, envergonhado pelo modo como agi, subo minhas calças, Caio se coloca de pé, segura meu rosto com sua mão esquerda, forçando-me olhar em seus olhos, que parecia mais uma maresia de preocupação, confusão, desmotivação, indignação e talvez até um pouco de paixão.


- O que foi isso? - Pergunta Caio, acariciando meus cabelos. Desfaço-me em lagrimas, Caio me abraça, coloco minha cabeça em seu ombro, e ele nos leva até o sofá. - O que está acontecendo?

O quão patético eu estou sendo, pergunto a mim mesmo. Reviro os olhos, seco as lagrimas com as costas da mão, recompondo-me.

- Quando minhas emoções ficam muito bagunçadas, misturadas ou algo do tipo, eu chora, isso é uma forma de me acalmar.

- E o que te bagunçou as emoções?

- Longa história. - Olho para o relógio pregado na parede. - Nossa, olha a hora. - Levanto rápido. - Tenho que ir.

- Posso passar na sua casa a noite? - Ele faz cara de cachorro pidão.

- Claro que pode. - Dou um sorriso falso, mas que por dentro é verdadeiro.

- E você terá que me contar tudo o que aconteceu.

- Contarei. - Digo saindo pela porta, sem dar-lhe nenhum beijo de despedida.

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