Cap. 38

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Tobias

Tive que manter o controle, eu quis subir até o quarto de Samantha, abraça-la, e passar o dia todo ao lado dela. Não imagino como faremos as pazes, não imagino ficar para sempre brigado com ela. Eu a amo, não posso perde-la. Mas não esta na hora de ir atrás dela.

O dia no trabalho foi corrido, fiz uma matéria sobre politica, que foi de longe a mais cansativa que já fiz, mas valeu todo o esforço, ganhei a capa. Era o que eu sempre quis, mas agora não faz muito sentido, não estou afim de comemorações, é como se isso fosse algo normal.

A campainha toca, eu estou completamente preparado, uso uma calça preta, apertadinha, uma blusa lilás, que destaca meus bíceps. Abro a porta e os olhos do Caio percorrem todo o meu corpo, vejo  que eles demoram um pouco nos meus braços, eu sabia que isso aconteceria, um sorriso surge em meu rosto.

- Oi. - Digo. Ele puxa-me para um beijo, longo e demorado, o qual eu aproveito cada segundo.

- Vamos? - Pergunta ele.

- Sim. - Ele segura minha mão, e é como se eu estivesse voltado para o colegial.

- Como foi  o trabalho?

- Muito tranquilo. Ganhei a capa desse mês.

- Que ótimo. Vamos comemorar. - Ele me beija novamente. - Vou te levar no meu restaurante predileto, e depois tenho uma surpresa para você.

Caio abre a porta para que eu entrasse no carro, um cavalheiro. Ligo o radio em uma radio local. Caio entra no carro e me encara.

- O que foi? - Pergunto.

- Você esta lindo hoje. Na verdade, você esta sempre lindo.

- Obrigado. - Ele dá a partida, e antes que eu pudesse entender qualquer coisas, paramos em frente ao restaurante mais chique da cidade. - É nesse restaurante que vamos? - Pergunto curioso.

- Aham.

Descemos do carro, um rapaz aparece e nos guia até nossa mesa, ele puxa cadeira para nos sentarmos. Fico deslumbrado com a decoração do restaurante, é tão leve, e ao mesmo tempo tão rustica. Esta tocando uma musica da Zizi Possi, bem baixinho. Reconheço a musica no mesmo instante, meu erro.

Um garçom aparece perguntando o que iremos querer. Dou uma olhada em tudo, e o que mais me agrada são os Sushi.

- O que você vai querer? - Indaga Caio.

- Hmm... sushi.

- Ótimo. Vamos querer um barco. - Ele sorri para mim. - Se você não se importar de dividir.

- Claro que não. - Pego a mão dele.

- E traz uma garrafa de Sauvignon. - Eu nunca bebi desse vinho antes, mas já tinha lido sobre ele, um vinho branco com acidez, combina bem com o que pedimos.

- É especialista em vinhos?

- Sim. Fiz um curso, há alguns anos.

- Você vive fazendo cursos, né?

- É sempre bom manter a mente ocupada.

O resto do jantar passou rapidamente, foi muito agradável, gostei de estar ao lado do Caio, ele sabia ser meigo, gentil, brincalhão... Tivemos alguns olhares de reprovações, entretanto não ligamos, não estávamos nem ai  para as pessoas, somente para a nossa própria felicidade. Eu não esqueci Samantha, lembrei dela durante varias vezes durante o jantar, estando ao lado do Caio, conseguir melhorar meus sentimentos, esquecer os problemas, voltar a ter um pouco mais de vida. 

Caio para o carro em frete ao meu prédio. Estou em duvida se o convido ou não para subir. Ele abre a porta para mim sair do carro, e sem nem pensar digo "quer subir?", ele abre um sorriso de orelha a orelha, não precisou de resposta para saber que ele subiria. Espero ter feito o certo, mas se bem que já errei tantas vezes, errar mais uma não mudaria muito as coisas.

Abro a porta, e antes de fecha-la, Caio e eu já estamos nos beijando, não como os beijos que tivemos durante a noite toda, mas algo mais quente, um beijo jeito de desejos, um beijo sugestivo.  Fecho a porta com o pé esquerdo.
Vamos até o sofá, onde ele se deita em cima de mim. Eu tiro a blusa dele. Caio começa a passar a mão por todo meu corpo, abusando cada vez mais, até chegar aonde ele mais queria, ele abre o cinto lentamente, como se estivéssemos em câmera lenta. Estou completamente duro, minha respiração esta ofegante, estou cheio de tesão.

Ele coloca meu pênis em sua boca, e começa a fazer movimentos vai e vem, eu estou adorando isso. Mas não esta como sempre foi, esta diferente. Eu sempre gostei de ser o passivo, mas desta vez queria ser o ativo. E eu não estou com muitos desejos por ele.  Pergunto-me o que há de errado comigo. Uma pergunta sem respostas.

***

Abro os olhos, minha visão ainda meio turva por causa do sono, não lembro-me muito bem o que aconteceu noite passada, olho para o lado da cama onde Samantha dormia, sinto uma saudade gigante só de lembrar dela. Então eu o vejo, Caio esta deitado em minha cama. A noite passada começa a passar como um filme em minha cabeça. O sexo que nos fizemos, o qual não me deu prazer algum.

Levanto com cuidado para não acorda-lo. Trombo na poltrona perto da cama, o barulho faz Caio acordar.
- Bom dia querido. - Diz ele, todo animado.  Não entendo muito bem o porque ele esta me chamando de querido, não sei de onde veio tanta intimidade.
- Bom dia. - Digo meio seco.
Caio se levanta, ele esta completamente nu, pego-me olhando para ele.
- Gostando do que esta vendo? - Pergunta achando graça. Não consigo responder, então apenas concordo com a cabeça, ele ri mais ainda.
Pelo que me parece, agora temos um lance. Não sou mais o simples peguete dele.

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