Capítulo 17

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Sofia narrando

Mudança ☆

Assim que abri os olhos percebi que estava em um quarto de hospital, cenas de tudo que aconteceu me veem na memória.

Não sei se choro pela morte da minha mãe ou tento me fazer de forte pela Ler, não sei o que vai ser da minha vida agora!

Ainda bem que a casa onde moramos está no nome da minha mãe, não daquele mostro!

Fico irritada assim que olho pro lado vejo o sol raiando ao longe, ele está encoberto pelas nuvens, porque assim como meu coração está o tempo também se encontra: Fechado, triste e amargurado.

Só tenho uma certeza neste momento que tudo que minha mãe me dizia era uma mentira, ela também - coitada da minha mãezinha - ela também foi iludida por sonhos, como se Deus se importasse conosco!

Só em pensar nisto sinto um gosto amargo na garganta, ela foi iludida e enganada, com promessas que Deus cuidaria de nos, que Ele cuidaria de tudo. Preciso tirar essas coisas da mente da Let, agora somos só eu e ela, não vou deixar que minha irmã se iluda de que existe alguém que cuida de nós.

Ele só se importa com os outros, mas não está nem ai pra gente. Não vou ser burra ao ponto de achar que Ele não existe, sei que Ele existe, porém não se importa conosco, Ele só se importa com quem tem dinheiros e cargos.

Tenho certeza!

Uma enfermeira veio aqui e deixou minha bolsa e meu celular, trouxe o café da manhã, mas não quis, ela viu o olhar que dei a ela. Ainda bem que ela não tentou me fazer comer, não quero comer, não estou com fome.

Meu celular apitou indicando mensagem, quando vi não acreditei no que estava escrito.

Quem ele pensa que e? Pra se meter na minha vida?

Respirei fundo e respondi a mensagem, minha vontade era xingar elas, porém minha mãe me educou muito bem e onde ela estiver, não quero lhe dar esse desprazer.

Após responder a mensagem e não obter resposta, fechei meus olhos, sei que ele viria aqui, ele provavelmente me dopou com remédios pra dormir a noite toda, porque nem pesadelos eu tive.

Fiquei assim por um tempo, tentando assimilar os acontecimentos, preciso ser forte, mas não sei se sou capaz, não sei se vou conseguir sem ela.

Ouvi o barulho da porta se abrindo, abri os olhos é o olhei com o pior olhar que minha alma e meu olhar podia transmitir!

Eu estava ferida, acabada, com o coração morto, ele só batia no meu corpo funcionando como um mero órgão que ele e!

- Sofia? - Ele me olhou, com o rosto apreensivo.

- Quem te deu o direito de me dopar com medicamentos? E pior! Quem te deu o direito de se mete na minha família! - Quase aumentei o tom de voz, porém estou num hospital e não sou nenhuma mal educada.

Ele me olhou com o cenho franzido e uma expressão triste, como se me comovesse, ele não tinha o direito! Ele respirou fundo e olhou pro teto branco, revirei os olhos, parece que alguém também e iludido como minha mãe.

- Sofia - ele usou um tom como se estivesse falando com uma criança, percebi que não quero mas ver ele na minha frente. - Você estava com a pressão baixa, tinha que tomar remédio pra se acalmar, porque do jeito que você estava, ela iria subir muito rápido e você iria passar mal. - ele respirou fundo, mais uma vez. - E sobre sua família, só fiz meu papel de médico em zelar pela sepultamento da sua mãe.

"Sinto muito tudo que está acontecendo, porém Deus sabe de todas as coisas, ela estava sofrendo aqui, mesmo que não falasse, ela já não estava bem há algum tempo."

Autor de Propósitos - Trilogia Autor. #1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora