Autor de Propósitos - Trilogia Autor. #1 (Concluído)

Capítulo 59

Não se esqueça de deixar seu voto e fazer o livro se tornar mais visível pra ajudar outras vidas.

Temos o grupo no WhatsApp, venha se juntar a nossa família e se tornar uma Tantanzita.

Boa leitura... ❤

                ♡♡♡♡♡

      Sofia narrando♡

     Mostro

Olhava Antônio, fixamente.

Seu semelhante estava completamente diferente das minhas lembranças.

Os olhos escuros estavam baixos; como se estivessem tristes. Rugas de expressões e idade já eram visíveis; e me perguntei com quantos anos ele devia estar.

Seu corpo não mudou muito; está forte e com a barba cheia no rosto, ficando assim ainda, mais sério.

Tinha um brilho a mais em seu olhar, mas não me importei com isso.

Eu queria que ele sumisse!

Se ele pensa que vai voltar e agir como se nada estivesse acontecido está muito enganado!

Não sou mais uma menininha indefesa!

Não preciso dele pra nada em minha vida!

Ele não significa nada!

Ele não importa mais!

O medo que senti, assim que o vi, se evaporou como fumaça e agora o que está prevalecendo aqui dentro do meu peito é a raiva e o rancor.

O meu órgão traidor só consegue sentir: Desprezo. Raiva. Rancor. Ódio e ranço, tudo de ruim que se possa imaginar.

Ethan, segurava a minha mão, em uma tentativa de me acalmar, ou até mesmo, mostrar que estava ao meu lado.

- Você não tem direito nenhum de me chamar de filha. – Comecei dizendo com a voz baixa, e tentando controlando minhas emoções.

- Me escuta pelo menos. – Tentou se aproximar, porém dei um passo pra trás e ele, entendendo o recado, parou brutalmente.

- Não estou com vontade de te ouvir. – Disse, ficando nervosa.

- Filha. Eu, mudei. – Disse sôfrego. Deixei uma risada de deboche sair e o encarei.

- Mudou? É mesmo? – Tombei minha cabeça pro lado e conclui: – Eu não acredito em você.

- Por favor. Deus disse que era o momento certo de voltar e eu voltei. – Esfregou a nuca.

- Não coloca Deus no meio. – Apontei o dedo em seu rosto, e aumentei o tom de voz.

Senti o aperto do Ethan, fica mais firme e puxei minha mão.

- Sofia, eu-eu me arrependi. – Tentou me toca. Dei um tapa em sua mão e gritei:

- NÃO ENCOSTA EM MIM! – Coloquei o dedo em sua cara.

- Desculpe. Desculpe. Mas, você precisa me ouvir. – Suplicou.

- NÃO PRECISO DE NADA! – Dei mais um passo pra trás.

- Não precisa gritar, eu... Eu... Eu entendi... Mas, eu estou sofrendo filha. – Secou uma lágrima que rolou.

Eu sorrir.

Sorrir incrédula.

Sorrir debochada.

Sorrir sarcástica.

Eu estava quebrada por dentro, mas quem me visse agora, diria que eu estava feliz pela tristeza do homem em minha frente.

- Você está sofrendo? E, eu? Eu sofri anos e anos de minha vida! – Falei mais alto.