Prólogo

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 Eu não posso acreditar nas coisas que vi aquela noite. Ainda estou desacreditada que ele foi capaz de mentir para min daquela maneira. Cadê o amor profetizado? Cadê nossos nove anos de casados? Foram todos para o ralo? Não posso acreditar nisso. Mas é verdade, ele estava com aquela mulher no bar, na cama, na nossa cama. Enquanto eu estava viajando a trabalho ele estava com ela, a quanto tempo? Desde que nos casamos? Bem capaz.

   Sinto mais uma vez as lagrimas descerem por meu rosto ao lembrar daquela noite. 

*** 

 Eu disse que ia para a França a trabalho, mas na verdade estava de tocaia em frente ao nosso prédio.

   "Você tem certeza que quer fazer isso? Quem procura acha Paola." Sofhia me diz.

" sim eu tenho certeza, eu quero ter certeza de que ele está me traindo"

" tudo bem"

Ficamos olhando o portão da garagem subterrânea, estávamos em um corola cinza alugado. 

" olha lá, o carro dele"  Sofhia diz apontando para a Mercedes preta saindo da garagem. 

 Eu liguei o carro e comecei a segui-lo. Andamos por mais de meia hora, até entrarmos no Quinns. Seu carro parou de frente a uma casa de portão cinza, uma mulher de cabelos ruivos apareceu saindo pelo portão, vejo Ricardo, meu marido descendo do carro e indo em direção a mulher. Para o meu desgosto, ele a beija, na boca. Ela sorri para ele, ele faz o mesmo, o mesmo sorriso que ele me dá, aquele sorriso que eu tanto amo, que eu me apaixonei a nove anos atras. Ele pega na não da mulher e a leva até seu carro, como o cavalheiro que ele sempre foi, abriu a porta do carro e a ajudou a entrar, em seguida, ele entra e coloca o carro em movimento. Mesmo chorando e tremendo, faço o mesmo o seguindo. 

" oque está fazendo? " Sofhia pergunta.

" seguindo eles. "

" para quê? Já viu que ele está te traindo, para sofrer mais? "

" eu quero ver até onde isso vai. "

Eu os segui até o restaurante mais famoso de Nova Iorque, meu restaurante favorito.

" cachorro, será que ele não tem medo de encontrar algum conhecido de vocês?  " Sofhia diz muito nervosa ao meu lado.

 Eu realmente acho que as pessoas já sabem sobre isso, apenas não me falam. Os vejo entrando no lugar de braços dados. Duas horas depois os vejo saindo, ele pega o carro com o manobrista e a ajuda a entrar no veiculo, ele sai com o carro, e mais uma vez eu os sigo. Mas para o meu completo ódio, oque ele faz me deixa possessa, ele entra na garagem do nosso prédio, onde ele mora comigo. Eu espero cerca de meia hora, entro no prédio, pego o elevador junto com Sofhia, e entramos em minha casa com todo o cuidado possível para não chamar atenção, até tiramos os sapatos e fomos descalças. Está tudo escuro, subimos as escadas, paro de frente para a porta do meu quarto, rezando para não ser oque eu estou pensando. Ele não está me desrespeitando a esse ponto, não na nossa cama, não na minha cama. Abro a porta com cuidado, para a minha total degradação, eles estão fazendo exatamente isso. Eles não me veem, fico ali, olhando aquela sena humilhante, para mim. Sofhia coloca a mão em meu braço, ela me olha pedindo para irmos, eu nego com a cabeça. Uma frase chama minha atenção novamente para a sena.

"eu te amo Alana, amo como a minha própria vida." 

 Ao ouvir essa frase, me deixo cair com um baque no chão.  Essa frase foi a mesma que ele me disse na primeira vez em que disse que me amava, quando me pediu em casamento.

Ellas - Model ( Livro 2 ) Série Ellas. (+14) CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora