Capitulo 2

570 49 4
                                    

 Me mecho na cama e fico de barriga para cima, minha cabeça dói. Abro meus olhos pois sinto um forte enjoo, mas não reconheço o lugar, onde estou? Droga vou vomitar. Levanto da cama com pressa e entro na primeira porta que encontro, que por sorte é um banheiro. Abro a tampa do vaso e despejo tudo ali, uma, duas, três vezes. Agora não só minha cabeça, mas meu estomago e garganta também doem. 

 Fico sentada no chão frio. Onde eu estou? Forço minha mente a me dar a resposta, mas nada. Oque me lembro é de estar na balada, de beber de mais, me lembro de encontrar aquele abutre e... droga. Olho para os lados, sera que... estou, onde penso que estou?  Na casa dele? Mas...  fazendo oque? Olho para meu corpo, minha roupa está intacta, solto um suspiro e levanto do chão. Vou até a pia. Me olho no espelho e estou acabada, a maquiagem preta está um borrão derretido, o batom vermelho mancha meus lábios. Meus cabelos desgrenhados.

- você chegou ao fundo do poço Paola. - digo a mim mesma enquanto encaro o meu reflexo. 

 Fecho meus olhos e respiro fundo. Ando até o boxe e abro a água, tiro meu vestido, e entro debaixo da água quente, que me relaxa. Mas não evita que eu chore. Lavo meus cabelos e tiro a maquiagem, não me importando de onde estou. Onde quer que seja, estava vestida e na cama sozinha, pelo jeito não estou em nenhum lugar meia boca, pelo quarto e o banheiro estou em uma casa no minimo de classe media alta. 

 Saio do banho e pego uma toalha, me seco e seco meus cabelos, me enrolo num roupão branco que tem no banheiro, escovo meus dentes com uma escova que está em uma caixa na pia. Parece que a pessoa cuidou para que eu me higienizasse quando acordasse. Penteio meus cabelos com os dedos e saio do banheiro, depois do quarto. Tem um corredor enorme de paredes na cor bege, quatro portas brancas, uma no final do corredor, a que eu estava e uma em frente a minha e mais uma no começo do corredor. Essa casa não é pequena.

   Desço uma escada de mármore branco, o corrimão também é de mármore. Quando estou na dobra da escada olho para onde é a sala de estar, que para o meu alivio e desgosto mostra a imagem do homem. Termino de descer os degraus fazendo barulho para chamar atenção, oque deu certo.

- você acordou. - Ele me olha.

- oque estou fazendo aqui?  - Ele sorri de lado e se ajeita, colocando o notebook no sofá marrom onde esta sentado. 

- você estava bêbada e com uma crise de choro, achei desumano deixa-la sozinha. - Fala tranquilamente. Eu chorei na frente dele? Mas que droga.

- oque eu falei?  Oque a gente fez? - Pergunto exitante. Ele parece confuso, mas logo compreende.

- não falou nada. E nós não fizemos nada, Senhorita, não sou um estuprador, estava bêbada. - Isso me alivia, mas não acredito completamente.

- mentira, eu disse algo.

- é com isso que esta preocupada? Não se eu abusei de você?

- você não fez, se fez, eu não lembro, então não me importa. Você não pode usar isso contra mim, só iria te prejudicar. Mas oque eu falei, isso você pode usar contra mim.- Isso erá mentira, eu me importava, ter meu corpo violado seria o fim para min. Mas algo nele me dizia que ele não é esse tipo de pessoa.

- meu Deus. - Ele passou a mão no rosto claramente nervoso. - certo, você disse que ele acabou com a sua vida, só isso. Não se preocupe, não vou publicar isso, não sou mais um paparazzi para divulgar migalhas. O meu trabalho agora é conseguir entrevistas sérias, não fofocas.  - Eu acinto com a cabeça - oque ele fez a você para falar aquilo?

- não sei do que está falando, eu estava bêbada lembra?  Não sabia oque falava. - ele bufa. 

- sei. - Ele se levanta e vem até min. - não estou a trabalhando, então, nada que me disser vai sair daqui. Vem, vem comer algo. - Ele passa por min e vai para a sala de jantar, eu o sigo. A mesa está posta com um belo café da manhã, mas infelizmente meu estomago esta enjoado.

Ellas - Model ( Livro 2 ) Série Ellas. (+14) CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora