FEHÉR

Capítulo 10

Sua decisão de entregar a presente ao seu parceiro de tortura foi baseado no sentimento de ciúme e ódio infantil que ainda guardava depois de tantos anos. A presente lhe foi dada por seus serviços prestados a Mercille. Por ter conseguido muito dinheiro em doações não só para suas pesquisas, mas também para outras tantas da indústria Mercille.

Seu nome, no entanto nunca figurou em nenhum documento ou titulo das pesquisas. Quando a recebeu o sentimento de satisfação foi substituído pelo horror ao se deparar com os mesmos olhos que lhe assombraram as memórias durante tantos anos. Não suportava trabalhar com aquela cobaia, mas não poderia devolvê-la ou exterminá-la então decidiu que dá-la ao amigo lhe traria duplo beneficio. Ela teria o que merecia por ter olhos acusadores e ele ainda teria com o que barganhar em seu controle sobre os passos que seu amigo andava dando sozinho no mundo da depravação.

Balançando a cabeça e soltando um riso baixo e sem humor Carlyle se movimenta ficando por trás da pequena – Ela não é defeituosa, apenas tem características que não me agradam. Verifique você mesmo seus olhos. Não é cega – Ele cutuca a pequena com a vara e ordena – Abra os olhos!

O desconhecido não se move, apenas suspira e acena com a mão dispensando a oportunidade de examinar a cobaia – Tudo bem Carlyle, estava apenas tentando quebrar o gelo. Sei que não me daria algo defeituoso.

O desconhecido não se move, apenas suspira e acena com a mão dispensando a oportunidade de examinar a cobaia – Tudo bem Carlyle, estava apenas tentando quebrar o gelo. Sei que não me daria algo defeituoso.

Carlyle assente e continua – Como disse, ela tem características que não me agradam. No entanto é um experimento caro e por enquanto consegui convencê-los a me darem apenas um mínimo de seis cobaias contando com essa. Não posso me dar ao luxo de exterminá-la apenas por capricho. Aceitando-a como presente você pode mantê-la e usá-la como bem entender desde que não a mate e eu posso continuar usando-a em meus experimentos sem realmente ter contato com ela, você pode administrar as drogas e me relatar os efeitos. Não lhe tomará mais que algumas poucas horas mensais.

O desagrado do desconhecido é evidente por sua linguagem corporal, mas por algum motivo ele não nega o pedido de Carlyle. Suspirando alto ele balança a cabeça – Muito bem eu a levarei.

Eles saem da sala levando a pequena, e o vídeo termina com Coronaro entrando e examinando a câmera.

Vengeance se vira para a porta que socou e encosta a testa ali tentando aliviar a mente das emoções pelo que acabou de ver.

Jimmy se sente destruído em sua humanidade – Acha que ela ainda pode estar viva Vengeance? – Pergunta depois de pigarrear. Sabia o que acontecia a bebês quando eram entregues a sádicos.

Vengeance não sabe o que responder.

Os dois se voltam para a porta ao ouvirem Mike entrar.

– Não creio que conseguiremos nada com a mulher na sala enquanto ela ainda estiver sob o efeito das drogas. Apesar do café forte que lhe demos ainda esta muito chapada, Contou-nos antes de praticamente desmaiar de novo que por ouvir o que já nos disse levou um tapa de Coronaro, na época, antes mesmo de questionar qualquer coisa. Depois disso ele sempre a mantinha abastecida com drogas.

Jimmy muda o CD – Os dois podem assistir ao próximo CD? Preciso reportar o que encontramos, mas antes vou fazer uma varredura no apartamento de Caroline também. Se essa presente ainda estiver viva, nos a encontraremos. A mulher na sala terá que ir conosco para Homeland.

�"�fS�@