Capítulo 39 - Bianca

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1 semana depois

- Aonde estamos indo? - Falo de repente, mas de forma calma.
- Eu não vou te falar - Sua voz é igualmente calma, não preciso olhar em seu rosto pra ver que existe um sorriso ali.
Estamos no carro do Tom, ele disse que tem uma surpresa pra mim, mas não quer me dizer aonde vamos.
Já faz um tempo que voltamos a namorar e particularmente eu estou amando. Ele me trata bem, com respeito.
Joana não tem me machucado mais e eu fico feliz com isso pois cada vez que me encontro com Tom, ele analisa cada pedaço a mostra do meu corpo e me faz sempre a mesma pergunta com os olhos. Fora isso nada tem acontecido de extraordinário.
- Chegamos! - Ele fala me tirando dos meus pensamentos.
- Já posso tirar a venda? - Pergunto de forma impaciente.
- Nem pensar! Preciso fazer uma coisa, quero que fique aqui e não tire a venda em hipótese alguma.....pode fazer isso? - Sua voz é incerta.
- Posso, mas eu quero saber onde estamos! Me fala, por favor!
- Não...não vou demorar! - Escuto a porta do carro ser fechada e a porta do banco de trás ser aberta e logo em seguida fechada sem muita força.
Depois de 20 minutos a porta ao meu lado é aberta e logo escuto a voz dele.
- Vem, eu vou te ajudar a descer. - Ele segura minha mão me apoiando de forma que eu não caia de cara no chão.
Sinto o sol queimando minha pele, pela hora acredito que seja o pôr do sol, mas ainda não tenho ideia de onde estou....deve ser um lugar aberto, será que é um parque?
Ele fecha a porta do carro e fica um pouco atrás de mim e tira minha venda sussurrando em meu ouvido.
- Espero que goste do que preparei pra nós....
Assim que abro os olhos, sinto dificulda de enxergar por conta da claridade, mas assim que me acostumo vejo a cena mais linda que já vi.
Estávamos em um ponto do Central Park, tinha um lago onde se refletia por do sol, no chão uma toalha estendida, algumas comidas....um pic-nic.
Ele montou um pic-nic pra mim, ele pensou em tudo tinha copos descartáveis, pratos e talheres e muita comida.
- Você gostou? - Em sua voz sinto a expectativa.
- Eu amei....como fez tudo isso? Porque? - Olho em seus olhos me virando totalmente para ele.
- Alice me ajudou um pouco e porque você merece. - Ele fala de forma tão simples e descomplicada que nem parece que ele perdeu muito tempo planejando isso. - Vem!
Nós nos sentamos sob o pano e ficamos muito tempo rindo e brincando, ao final ele tinha um pouco de chantilly (de um bolo que trouxe, mas que não chegamos a comer por causa da nossa pequena/grande guerra)  na camisa e no rosto, eu estava igualmente suja. Acho que nessa guerra não teve vencedor.
Depois de nos limparmos o máximo que conseguimos, sentamos na toalha do pic-nic e assistimos o sol se pôr, eu estou sentada entre suas pernas com minha cabeça em seu ombro, às vezes ele beija o alto da minha cabeça e continua com o cafuné.
Ele parece um pouco tenso...
- Bi, eu sei que o que eu vou falar vai parecer besteira, mas meu tempo acabou... - Ele estava tão tenso, só pra me dizer que temos que ir pra casa? Quando vê minha expressão confusa, ele começa a explicar - No shopping, eu pedi 2 meses pra te mostrar que podia ser bom o bastante pra você.
.....Honestamente não consigo pensar em mais nada.....ele quer terminar? Não!
- Você quer terminar? - Pergunto de forma pausada, não olho em seu rosto.
- Na verdade é você que decide, quando te pedi aquele tempo foi pra provar que se você deixasse eu poderia ser um bom namorado, provar que eu podia te fazer feliz.
Me afasto devagar.
- Fez tudo isso pra uma despedida?
- Não, fiz por você, porque você merece. Mas também porque queria que mesmo se nosso namoro acabasse eu queria fazer você feliz uma última vez.
Com essa palavras eu me derreto, nada disso foi pensado pra ele, mas pra mim inteiramente para mim....
Sem pensar o beijo de repente, ele fica surpreso mas logo corresponde, minhas mãos que estavam em seus rosto, desce passando pelo pescoço, parando em seus ombros largos e fortes.
Suas mãos ficam em minha cintura, fazendo pequenos círculos com o polegar, me levando mais pra perto fazendo com que minhas pernas fiquem ao seu redor.
Me sinto pequena e protegida em seus braços, mas ao mesmo tempo inebriada com seus toques...
- Isso responde sua pergunta? - Falo com um sorriso que reflete o dele.
- Com toda certeza! - Seu sorriso é tão lindo...ele é lindo não só por fora, mas por dentro. Ele é bom, pensa no bem de outra pessoas ao invés do próprio. Ele se preocupa até com quem não se importa com ele, ou com alguém que ele nem conversa.
Em resumo, acredito que a única pessoa que eu poderia amar, a única que me amaria sem restrições, sem segundas intenções, somente me amaria por eu ser eu mesma....
Eu me sinto.....amada.
- Eu te amo! - Falo olhando em seus olhos, sem nenhum pingo de dúvida em mim, sem receio, sem medo. Eu o amo e quero que todos saibam disso.
Ele me olha surpreso, mas com um sorriso que só cresce em seu rosto. Suas mãos vão até meu rosto e ele me beija com aquele sentimento que sempre quis entender, ele me beija de forma apaixonada e eu me sinto totalmente entregue....
- Eu também te amo!

OoO

Assim que ele para em frente a minha casa, noto um carro preto diferente na nossa entrada. Tom me faz uma pergunta muda e eu nego sem saber de quem aquele carro pertence.
Antes de entrar ele fala no meu ouvido.
- Só espero que Joana não me faça mais perguntas... - E isso me faz rir pelo simples fato de que na última vez ela fazia as mesmas perguntas repetidas vezes até meu pai riu depois que Tom foi embora. Então isso nos rendeu boas risadas.
Nós entramos ainda rindo, mas meu sorriso se torna uma expressão de surpresa quando vejo quem está na sala do meu pai.

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