Im in love with you

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As coisas finalmente se acertaram nas últimas duas semanas, ou pelo menos o máximo que se foi permitido acertar. Brittany calou a boca devido ao processo que recebeu, mesmo sabendo que tem razão. Acho que ela pretende se manter calada até o dia que precisemos ir a tribunal, e isso acaba sendo pior do que tê-la dando centenas de entrevistas sobre o assunto. Ela, obviamente, não vai acatar o processo sem contratar um advogado, e até que a justiça avalie os dois lados da história, creio que ainda temos alguns meses de falsa paz.

Harry gravou um curto vídeo esclarecendo os rumores sobre o namoro de mentira e dizendo que nada daquilo era verdade e que ele ainda amava suas fãs mais do que qualquer garota no mundo. Elas se acalmaram um pouco depois disso, várias delas pediram desculpas por terem se revoltado, mas é óbvio que nem todas acreditam mais em nós. Afinal, quem acreditaria?

Harry e eu temos nos tratado mais como amigos nos últimos dias. Não tivemos mais nenhuma recaída, não brigamos, não nos tratamos como completos estranhos. Alguns beijos aqui e ali, mas não passa disso. Por algum motivo, eu não conseguiria pensar nele como um “namorado” novamente. Somos apenas amigos, só isso.

A rosa que ele me deu continua ameaçando desabrochar, o que é estranho, porque ela já deveria ter desabrochado há muito tempo, mas eu não entendo de flores, então não me peça pra explicar o motivo. Talvez o botão ainda estivesse recente quando ele a deu pra mim e duas semanas seja o prazo normal para que desabroche de vez.

Conversei muito com Louis no dia seguinte ao surto de Harry e ele me agradeceu por ter cuidado dele e o ajudado naquele período difícil. Harry ainda levou alguns dias pra ficar realmente bem, mas nós o ajudamos bastante com isso. Ele tem se esforçado pra apagar seus erros e está dando atenção às fãs sempre que pode.

Temos essa semana inteira de folga antes do início da tour, começando por Bogota, na Colômbia. Todos queremos passar uns dias com a família, mas como eu tenho visto minha mãe sempre, vou voltar pra Liverpool por uns três dias pra ver como Victoria está. Antes de ir, porém, Zayn me pediu pra darmos um passeio por aí. Disse que queria “ter um dia normal com a melhor amiga”.

Decidi deixar o celular em casa e ele passou pra me pegar à tarde.

- Sem carro? – perguntei quando saí na rua e vi que ele estava sozinho. Zayn sorriu.

- Hoje eu só quero ter um dia normal. Sem histeria, sem loucura, sem mordomices. Sou apenas um garoto qualquer.

- Claro que é – debochei.

Ele sorriu e bagunçou meu cabelo, me puxando pra um abraço em seguida. Eu me sentia bem com Zayn, ele era meu porto seguro quando nada dava certo. Só um sorriso dele já melhorava meu dia em 110%.

Ele passou o braço pelos meus ombros e eu passei o meu pela sua cintura e nós começamos a andar.

- E então, como vamos e pra onde vamos? – perguntei.

Ele sorriu e disse, simplesmente:

- Você vai ver.

Andar de ônibus com Zayn, com certeza, não foi uma das mais confortáveis experiências da minha vida, mas foi extremamente agradável e divertido. A cada quinze minutos nós recebíamos pedidos de fotos e autógrafos das fãs, tanto minhas quanto dele. Cinco fãs passaram por nós até que finalmente conseguíssemos um pouco de paz. Duas delas me lançaram olhares desconfiados, mas não falaram nada.

- Acho que seus planos de garoto normal foram por água abaixo – eu disse quando só restaram pessoas cansadas do trabalho no ônibus.

- Ainda não. É normal que algumas fãs apareçam no caminho. Hoje nada estraga meu dia com a minha pequena.

PretendingOnde histórias criam vida. Descubra agora