We are so Paris when we kiss

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POV Harry

Eu podia fazer uma lista dos motivos que me levaram a dizer à Gabriela que eu a amava, mas nem que eu quisesse acharia palavras para justificar esse ato. Dizem que esse tipo de coisa não é possível verbalizar, você apenas sente. Agora eu sei que é verdade.

O amor que eu nutria por ela não surgiu no dia do seu aniversário quando eu a vi do jeito que estava. Esse amor foi sendo construído pouco a pouco desde o dia em que nos conhecemos e durante todo esse tempo eu só vinha negando pra mim mesmo que estava apaixonado e morrendo de amores pela minha namorada de mentira.

Talvez todos estivessem certos e eu só tivesse medo de me apaixonar ou talvez ainda não tivesse me dado conta do que realmente sentia. Apesar de tudo, fico feliz por ter esperado. Ela ouviu isso de mim na hora em que mais precisava.

As fotos do “parabéns pra você” e do bolo saíram acompanhadas de um Harry e uma Gabriela completamente encharcados pela chuva. Ela me deu o primeiro pedaço e nós tiramos uma foto nos beijando enquanto ela entregava o bolo na minha mão. Gabriela conseguiu aproveitar melhor o resto da noite depois da nossa pequena briga seguida por uma reconciliação, pra variar. Depois de tanto tempo eu nem me preocupava tanto em brigar com ela. Na verdade, já até esperava ansiosamente pelo jeito com que nos reconciliaríamos depois.

O fato é que pouco mais de um mês tinha se passado desde sua festa de aniversário e eu me sentia como se a amasse cada dia mais e mais. Não tivemos shows dia 14 de maio, quando completávamos cinco meses de “namoro” e nem dia 14 de junho quando completamos seis, mas nós fizemos um tour pelas cidades em que estávamos e nos divertimos bastante. Passamos alguns dias no Brasil depois de seu aniversário e Gabriela ficou simplesmente fascinada pelo lugar, assim como eu. Sol, pessoas bonitas, clima agradável e as fãs mais dedicadas do mundo. De todos os lugares em que já estivemos aquele país sempre será meu favorito. E serão três shows que eu nunca vou esquecer.

O mês de maio se mostrou doce e gentil com meu relacionamento com Gabriela. Nenhuma polêmica, nenhum rumor, nenhum tipo de ódio vindo das fãs. Foi um mês calmo e totalmente dedicado a nós dois. Junho, porém, trouxe o final do outono e, fria assim como seu clima, uma névoa densa e gelada parecia pairar sobre nós. Uma névoa chamada Brittany.

Já era a noite de 18 de junho quando chegamos em Paris, onde faríamos um show dentro de dois dias. Estava deitado na cama do hotel com ela, a abraçando, quando notei algo de errado. Gabriela parecia distante, perdida em pensamentos, e eu a conhecia o bastante pra me preocupar sempre que isso acontecia.

- Hey – a chamei fazendo carinho em sua cintura – Pensando no quê?

Ela respirou fundo e passou um braço pelos meus ombros, fazendo carinho nos meus cachos.

- Na Brittany. E no processo que a Syco abriu contra ela alguns meses atrás.

Meu coração deu um salto e eu senti o sangue subir à cabeça. Com tudo que vinha acontecendo, eu tinha me esquecido completamente de Brittany e de todo o problema que ela tinha nos causado.

- Acha que isso pode nos fazer algum mal? – perguntei torcendo para que a resposta fosse negativa.

De algum modo a opinião de Gabriela sempre me acalmaria porque ela costumava estar certa em seus palpites, portanto se ela dissesse que não corríamos algum tipo de risco eu ficaria completamente despreocupado. Se ela falasse o contrário, porém, eu não conseguiria mais esquecer o assunto.

Gabriela pensou um pouco antes de responder.

- Não sei, talvez. O que me preocupa é que tanto ela quanto as nossas gravadoras tem estado muito quietas ultimamente. Simon e LA disse que cuidariam do processo até precisarmos ir a tribunal, mas é desse dia que tenho medo. Do que eles irão decidir e qual lado irão inocentar.

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