Chloe Madsen é uma jovem de 17 anos que vê sua vida virar de cabeça pra baixo quando sua mãe perde tudo e a garota é obrigada a cruzar o oceano e morar com o pai na Austrália.
Sendo sua primeira vez naquele país estranho, Chloe se sente uma intr...
Eu não tenho nada a dizer sobre esse capítulo, apenas que segurem as pontas pras revelações que estão por vir.
Na capa? Josh
Unliable Truth * A verdade impossível de ser discutida.
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Eu estava bem empolgado com tudo aquilo.
Claro, poderia ser bem difícil para a Chloe e principalmente para o Dylan ficarem nessa dúvida sobre o que poderia estar sendo escondido pelas suas famílias. Por outro lado, para mim, era como uma nova aventura e eu adorava aventuras.
Ao contrário da maioria dos meus amigos, que eram rodeados por histórias mirabolantes, minha vida nunca foi muito emocionante. Cresci com meus pais em uma fazenda fora de Sydney, correndo atrás de galinhas e ordenhando vacas nos fins de semana. Mesmo não tendo muito estudo, meus pais se certificaram de que eu sempre tivesse uma boa preparação pedagógica, estudando nas melhores escolas de Sydney e tendo todo o apoio didático que qualquer filho de granfino teria em sua educação.
Com minha irmã caçula não foi diferente. Cindy veio ao mundo quando eu tinha doze anos, e por incrível que parecesse, eu estava ansioso para ser um irmão mais velho. À medida que foi crescendo, Cindy criou seu lindo cabelo liso castanho e os olhos azuis que muito se assemelhavam aos meus.
Toda aquela vida poderia ser monótona, mas era feliz. Eu, meus pais, minha irmã, Carly, a van que havia sido do meu avô e quando fiz quinze anos foi repassada da minha mãe pra mim, e claro, todos os animais daquela nossa fazenda. Uma vida simples, mas muito feliz.
Tudo desandou quando eu estava perto de fazer dezesseis anos. Acordei em uma manhã e meu pai não estava em casa. Quando ele veio surgir foi no anoitecer, com uma expressão emburrada e um aspecto triste. Naquela situação, pensei que era apenas um dia ruim.
Não era.
A situação se repetiu no dia seguinte, e no outro, e no outro depois daquele. Quando dei por mim, estava a meses sem entender o que estava acontecendo com ele.
Foi quando, uma noite, escutei minha mãe chorando sozinha na cozinha. Nem meu pai, nem Cindy estavam ali, apenas ela, sentada na mesa da cozinha, fumando um cigarro e deixando as lágrimas rolarem soltas.
Nos três dias que se sucederam, meus tios apareceram na fazenda. Eles tentaram muito para que minha mãe revelasse o que estava acontecendo, mas ela não dava o braço a torer. Diferentemente das outras vezes, meu pai não tinha voltado ao anoitecer. Ele e Cindy tinham sumido, e minha preocupação não cabia em mim.
Quatro dias depois que vi minha mãe chorando sozinha, acordei com o cantar do galo e ela não estava mais ali. Vi-me sozinho naquela fazenda enorme, com a sensação de que ela demoraria a voltar. Aquilo não tinha sido apenas uma rápida ida a cidade como ela costumava fazer. Não havia bilhete pregado na geladeira ou um pouco de comida guardado dentro do forno. Só havia eu sozinho naquela casa vazia.