Livro 3. Capítulo 2. A Festa da Neve

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Gritos e risadinhas, das crianças brincando no quintal, acordaram Barbara, Isabelle e Sabrina, incentivando-as a deixarem suas camas, para curtirem mais um dia ao lado de seus amores. Elas se arrumaram depressa e desceram para o café da manhã, que tomaram na companhia de Walker e Diana.

— Os meninos já estão lá fora, eles adoram fazer bagunça com os mais novos na neve — Walker avisou para as suas hóspedes, quando, após lhe darem bom-dia, perguntaram por onde andavam Isaac, Taylor e Zac.

As três se sentiram mal quando se deram conta de que haviam sido as últimas a acordarem. Não queriam parecer preguiçosas. No entanto, Diana aliviou, sem querer, esse sentimento:

— Como foi a primeira noite de sono vocês em nossa casa? Deviam estar muito cansadas da viagem, não é mesmo?

— Tivemos uma noite perfeita, senhora Hanson. Dormimos muito bem. — Sabrina sorriu para ela. — Estamos novinhas em folha para os próximos dias. Estou tão animada!

As meninas tomaram o café rapidamente e, em seguida, foram para o quintal, juntar-se aos outros e brincar com a neve que caíra na madrugada anterior.

— Bom dia, meninos! — Sabrina se abaixou para pegar um pouco do gelo macio com as mãos. — Que demais!

— Minha princesa do país tropical, que bom que chegou! — Zac, para implicar, empurrou Sabrina de bunda na neve, caindo sobre ela. — Vou fazer de você um picolé. E depois, hmm, chupar — sussurrou.

— Não vamos começar a putaria agora, respeite as crianças — sussurrou de volta, rindo alto em seguida. Sabrina pegou um pouco de neve e a jogou no rosto de Zac, fazendo o garoto sair de cima dela.

— Guerra de neve! — o pirralho gritou.

— Meninas contra meninos! — Sabrina se levantou e arremessou uma bola gelada em Taylor. — Nem pense em fugir do campo de batalha!

Taylor jogou neve de volta na pequena e, depois, em Isabelle. Barbara e Isaac entraram na brincadeira e incentivaram os irmãos mais novos. A gritaria aumentou, as risadas soltas ganharam o jardim frontal da residência, e os ânimos só baixaram quando viram uma cabeça surgir de trás da cerca.

— Olá! Parece que estão se divertindo. — Uma garota loira acenou.

— Nunca lhe falaram que é falta de educação espionar a casa dos outros? — Zac gritou para a intrusa.

A menina desceu imediatamente do muro.

— Agora entendi por que o seu pai construiu a cerca — comentou Sabrina. — Mas... Você não deveria ter tratado melhor a sua fã? Coitada.

— Coitado de mim. — Zac franziu o cenho. — Mary não é uma fã. É a nossa vizinha. Uma de nossas vizinhas. A irmã mais velha dela, Gracy, é a maior fofoqueira do bairro. E, além de tudo, mentirosa.

— Verdade — continuou Taylor. — Essa garota espalhou para todo mundo que transou comigo. E óbvio que isso só aconteceu naquela cabeça doentia. Odiamos essas irmãs com todas as nossas forças. As duas são veneno puro.

— Será mesmo que você não transou com ela? — Barbara alfinetou Taylor. — Você pode ter esquecido, de repente...

O loiro semicerrou os olhos para ela, vincando a testa.

— Tenho certeza de que não aconteceu absolutamente nada entre mim e a Gracy. E jamais acontecerá. Ela sequer faz o meu tipo.

— E agora você tem namorada, não é? Seu tipo sou eu, e somente eu! — Isabelle, cheia de ciúme, deu um empurrãozinho no ombro de Taylor. — Bem, espero que essa tal de Gracy não invente nada desta vez.

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