7. ALBERT

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Os dias pareciam transcorrer em câmera lenta, a conversa com os detetives da polícia não renderam resultados, fazia um mês desde o desaparecimento de Geovana e não sabíamos de nada

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Os dias pareciam transcorrer em câmera lenta, a conversa com os detetives da polícia não renderam resultados, fazia um mês desde o desaparecimento de Geovana e não sabíamos de nada. Victória não conseguira qualquer pista com os amigos próximos, era como se a minha irmã tivesse simplesmente desaparecido no ar sem deixar qualquer rastro. Meu carro fora encontrado na divisa com o estado do Arizona, poucos dias depois de relatado o desaparecimento, por sorte, a seguradora conseguiu rastrear, mas as notícias que vinham com isso não eram muito animadoras.

Semanas atrás...

O chefe de polícia chegou por volta das nove da noite, pela expressão dele soube de cara que não trazia boas notícias, era a primeira vez que tínhamos notícias de Geovana desde que relatamos seu desaparecimento, mamãe estava cheia de expectativas e sentia-me mal por não poder prepara-la para o pior.

— Boa noite, senhora Parks — Cumprimentou. — senhor Parks.

— Alguma notícia da Geovana, policial? — Mamãe quis saber, a esperança brilhando em seus olhos.

— Achamos o carro do senhor Parks na divisa com o estado do Arizona — Explicou ele em um tom cauteloso. — Mas não havia qualquer sinal da senhorita Parks.

— Para onde ela poderia ter ido? — Indaguei, confuso. — Por que na divisa do estado?

— Estamos trabalhando com a hipótese de que ela foi levada contra a vontade. — Informou ele. — Não havia qualquer vestígio de luta no local, contudo encontramos uma pequena quantidade de sangue, a amostra foi levada para laboratório, precisamos de uma mostra de DNA para comprovar se é da senhorita Parks.

— Meu Deus! — Mamãe fraquejou e eu a amparei para que não caísse.

— Senhora, não se desespere, por favor, se for um caso de sequestro logo entrarão em contato e poderemos rastrear o paradeiro. — Nós estamos trabalhando contra o tempo agora, quanto mais tempo passa, fica mais difícil encontrar. Alertamos o estado do Arizona e espalhamos a foto dela por lá com a descrição do que vestia quando desapareceu, vamos esperar por notícias, é nossa melhor saída agora.

Fechei os olhos, por um momento era como se todo o meu mundo tivesse desmoronado sob meus pés. Geovana sequestrada? Quem no mundo faria uma coisa como aquela? Por quê? Não éramos uma família rica ou coisa assim, sentia que não podia mais suportar aquilo e, mesmo assim, me forçava a me manter forte pela mamãe.

— Obrigado, policial. — Agradeci.

— Entre em contato se tiver qualquer pista, filho. Estaremos continuando com as buscas, se os sequestradores entrarem em contato comuniquem, vou deixar um policial de vigia. — Assentiu ele caminhando para a porta enquanto o acompanhava.

— Com certeza entrarei em contato imediatamente. — Assegurei.

Agradeci-lhe mais uma vez e ele foi embora. Ajudei mamãe a chegar em seu quarto e deixei-a descansando após tomar seu calmante, quando me vi sozinho senti-me incapaz de esconder meu desespero e chorei. Quando imaginava os horrores pelos quais minha irmã poderia estar passando, sentia meu coração comprimir-se dentro do pito ao ponto de me matar. Eu a queria em casa, protegida... me senti negligente e estava de mãos atadas, eram as piores sensações do mundo, que tipo de irmão eu era quando mal podia achar minha irmã?

Um Novo Começo (2ª Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora