Quantas vezes você seria capaz de amar alguém?
Justin Connor tinha tudo para ser um jovem comum. Com uma pureza encantadora, beleza admirável - por fora e por dentro - e características chamativas, ele teria mil e uma razões para curtir sua vida o q...
Fiz uma ligação para minha irmã assim que entrei no meu carro, logo após ter saído do apartamento de Justin. Ela atendeu no toque em que pus meu cinto.
— Oi, Dani.
— Vê, hey. Ainda está na Academia?
— Saí faz uns cinco minutos.
Mordi a boca.
— Precisava de alguma coisa? — perguntou, a voz preocupada.
— Sim, mas pode fazer isso amanhã. — Liguei o carro. — Sabe do Justin? O zelador?
Ela pausou um pouco.
— Sim, sim.
— Coloque-o na bolsa que tem tudo disponível. Dê a melhor bolsa para ele e coloque a vaga de zelador para disponível novamente.
Comecei a dirigir pela noite movimentada rumo ao restaurante, onde já estava Katherine.
— Okay... — a voz da minha irmã foi cuidadosa. — Tem algum motivo especial?
Suspirei com força e passei a mão no rosto.
— Não... Mas se você descobrir como foi a vida dele, ficaria comovida. Eu fiquei.
O motivo não era só esse, claro — e fiquei feliz por soar convincente até para mim. A questão era que eu gostava muito de Justin. Embora fosse surreal admitir isso, sua presença me confundia o suficiente para eu me esquecer que em um pouco mais de um mês eu estaria num altar com minha futura esposa, casando.
— É, eu sei bem disso... Conversei um pouco com ele. É um belo garoto.
Sorri para mim mesmo.
— Então eu farei o que me pediu amanhã.
— Tudo bem. Eu vou indo. Ligo amanhã para ver como andam as coisas.
— Okay.
E depois desligamos.
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Acordei sorridente na manhã seguinte — até mesmo antes de Katherine, o que só acontecia em momentos raros. Suas aulas de Geografia na faculdade começavam mais cedo do que meu horário na clínica.
Levantei-me da cama e fui ao banheiro escovar meus dentes e tomar banho com um sorriso na boca. Finalmente eu o reencontrei... Já tinha praticamente perdido as esperanças. Mas agora que eu sei onde ele mora e que eu poderei vê-lo com mais frequência na Academia — não que eu fosse muito lá, mas isso obviamente vai ser quebrado —, tudo pareceu estranhamente entrar nos eixos. Como se eu necessitasse disso.
Lavei meu cabelo e meu corpo tão lentamente que consegui garantir que pensaria naquele par de olhos azuis olhando para mim enquanto eu tomava meu banho. Saí do banheiro depois, vesti-me às pressas e fui à cozinha preparar meu café da manhã, aproveitando que Katherine ainda estava dormindo. Decidi que uma omelete seria ótimo. Cogitei loucamente passar na casa de Justin antes de seguir o trajeto para o trabalho, e a ideia me fez sorrir.
