16 | Olhos oceânicos

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Descobri que eu era um péssimo cozinheiro

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Descobri que eu era um péssimo cozinheiro. Se Daniel mandava muito bem nessa parte, eu, Por outro lado, passava bem longe disso. E, como se já não bastasse a condenação da minha intuição, Theo, com apenas dez garfadas, deixou a mesa, dizendo que já estava cheio, mas obviamente ele queria rejeitar meu arroz queimado.

— Eu sou um desastre. — Suspirei com força e deixei meu prato de lado, incapaz de continuar comendo. — Por favor, não coma isso... — Olhei para Daniel em pedido de desculpas.

— Hey, por quê? — protestou, o sorriso oculto.

— Está horrível.

Ele me olhou de forma estranha.

— Não está, não.

— Você jamais admitira. — Cruzei os braços e mordi o lábio com força. — Eu só queria preparar alguma coisa para você. Não isso.

Ele achou graça, a bondade superficial.

— Está decepcionado? — perguntou, ainda comendo.

Fiz que sim.

— Um pouco.

E estava mesmo — tudo bem que era apenas um jantar, mas gostaria que isso tivesse um significado diferente para Daniel. Um significado que obviamente não deu certo.

— Está gostoso — ele sorriu. — É sério.

— Eu preferiria que você não comesse.

— Não deixe isso destruir sua noite. — Seus olhos cintilaram em diversão. — E você está exausto. Deveria estar deitado ao invés de cozinhar.

— Mas eu me ofereci — o lembrei.

— Eu sei, baby... Eu sei. — Finalmente ele deixou seu prato de lado, concentrando sua atenção em mim. — Ainda vai fazer a massagem?

— Depois do que minhas mãos fizeram com o jantar, prefiro não arriscar quebrar suas costas. — Levantei-me da cadeira. — Melhor evitar.

— Hey, não faça isso consigo mesmo. — Daniel segurou meu braço devagar e me trouxe para mais perto dele, seu rosto bondoso olhando para cima, especificamente para minha face. E, me surpreendendo, beijou castamente minha mão. — Seus dedos são mais milagrosos do que imaginam.

— Por exemplo...?

Ele deu um riso.

— Quando eles estão no meu corpo, por exemplo — sussurrou, levando minha mão ao seu pescoço. — Vem, eu vou fazer você relaxar.

— Isso deveria ser dito por mim — protestei, a voz calma.

Deveria. Falou certo.

Daniel me levou ao sofá com um sorriso gratificante; sentou-se no canto e deu um tapa leve na sua coxa, convidando-me para fazer companhia a ele.

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