Quantas vezes você seria capaz de amar alguém?
Justin Connor tinha tudo para ser um jovem comum. Com uma pureza encantadora, beleza admirável - por fora e por dentro - e características chamativas, ele teria mil e uma razões para curtir sua vida o q...
O silêncio dominou o ambiente por um longo tempo, o que era vergonhoso. Tudo o que se podia ouvir era minha respiração descontrolada. Somente. Meu Deus. Acho que eu preferiria bancar o garoto tímido que eu sempre fui e optar por sair correndo de vergonha, mas meus pés simplesmente escolheram ficar presos ao chão.
— De qualquer forma, isso não é da nossa conta — alguém cortou o silêncio fechando a porta da sala, soando sério.
Natan.
Felix rapidamente pairou sua atenção para ele de um jeito nervoso — estava claro que realmente sentia atração por ele.
— Mas estamos falando de Daniel — insistiu Felix.
— Eu repito: não é da nossa conta. — Natan caminhou até o centro da sala. — Ao menos Justin tem um namorado. Você deveria parar de desperdiçar seu tempo cuidado da vida dos outros e arrumar um para você.
A sala toda ficou com aquela expressão de vaia. Vi Natan me mostrar um sorriso lateral de incentivo antes de nos preparar para a dança, explicando apenas com o olhar que estava tudo bem.
— Certo, como vocês viram nos panfletos que eu lhes estreguei na semana passada — prosseguiu Natan —, vamos fazer um show de dança aqui que durará mais ou menos uma hora. Agora eu preciso de votação para saber quais músicas iremos dançar antes de começarmos nossos ensaios hoje.
Com esse pedido de Natan, ignorei Felix permanentemente naquele momento, juntei-me aos demais alunos no centro e iniciei minha tarde da maneira que eu queria — e sabia que ficaria ainda mais feliz quando chegasse ao meu hotel e descobrisse que Daniel chegaria lá. Quem é Felix mesmo?
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— Você acha que é muito exagerado? — Olhei para me corpo e depois para Esther lá pelas 19h, analisando minha roupa.
— Amor, exagerado são as maquiagens que eu uso. — Ela apontou para o rosto pintado com tons escuros. — Você está lindo. Macacão jeans caiu muito bem a você. Combina com seus olhos.
Sorri envergonhado e peguei o pente. Eu confiava mais em sua opinião do que na minha — porque tudo para mim era bom. Era difícil eu encontrar defeitos em alguma coisa.
— Eu aconselharia a deixar seu cabelo eriçado. Fica mais sexy.
Olhei para ela através do reflexo.
— A verdade é que eu não sei ser sexy — admiti.
— Pode começar seguindo meu conselho. — Ela me deu uma piscadela. — Né, Theo? Você não concorda comigo?
Theo desviou sua atenção da TV enorme e me avaliou, a boca cheia de batata frita.
— Você está bonito porque é meu irmão — comentou ele.
— Hum... — Rendi-me à ideia de Esther, larguei o pente e baguncei meu cabelo castanho completamente, deixando os fios assumirem as posições aleatórias. Eu não gostava muito de fazer isso porque minha aparência ficava um pouco safada, mas abri uma exceção hoje.
