[DANIEL]
- Morar com você? - repetiu ele, os olhos arregalados. - Tipo... para sempre?
Assenti uma vez.
- Se não quiser agora, se quiser tempo para pensar a respeito, tudo bem. Eu sou bastante paciente. - Mostrei-lhe um sorriso generoso. - Mas só posso esperar se você me garantir que vai pensar.
- Eu já pensei. - Seu rosto ficou vermelho. - Eu quero.
Ironicamente falando, eu fiquei sem acreditar. Não sabia bem o porquê - talvez eu esperasse uma rejeição por meu pedido ser rápido demais.
- O quê?
- Eu quero morar com você - confirmou ele. - Se não for um problema, claro.
Sorri ainda mais. Esse garoto é incrível!
- É claro que não vai ser, baby. Nunca. - Se não estivéssemos em local público agora, eu poderia desconfiar de mim mesmo que seria capaz de cometer loucuras com Justin. - Eu posso ajudá-lo a arrumar suas coisas quando estiver pronto.
Ele assentiu.
- Eu vou falar com meu irmão hoje - prometeu ele.
Eu não podia estar mais agradecido.
- Okay. - Em seguida, quando nossos olhares falaram por si só por um tempinho, olhei para o prato vazio de Justin. - Quer mais?
Ele fez que não uma vez.
- Certeza? - Ergui uma sobrancelha com um sorrisinho lateral.
Isso o fez corar mais. Eu gostava bastante dessa sua reação.
- Tenho. - Com seu último gole do champanhe, Justin me agradeceu: - Obrigado. Tudo estava maravilhoso.
- Não foi nada, baby. - Fiz um gesto para chamar o garçom. Ele veio, acertamos a conta e eu voltei minha atenção para Justin quando tive oportunidade. - Vamos?
- Hunhum.
Ambos nós nos levantamos. Demoramos apenas um minuto para voltarmos ao nosso carro, onde ficamos um bom tempo parados, sem fazer nada. Ou na verdade eu não conseguia dizer algo - porque o rosto de Justin me deixava imune a falas. Ele era lindo demais - mais do que um simples garoto cujos olhos eram azuis e, o cabelo, castanho revoltado. Ele era único.
Eu mal podia pensar com clareza quando estava ao seu lado.
- Às vezes, sinceramente, eu me pergunto do que me serviu esses anos todos de estudo sobre psicologia - comentei baixinho enquanto o fitava carinhosamente. - Não consigo entender. Quer dizer, não consigo entender como eu posso estar tão fascinado assim por você. Não estou dizendo que vou sequestrá-lo só para ser meu, por favor, não entenda assim.
Ele deu um riso por conta da minha explicação rápida.
- Enfim... - suspirei com calma. - Eu só gostaria que soubesse que significa muito para mim.
A sua expressão ficou afável.
- Deve ter puxado a bondade de seus pais - argumentou devagar, os olhos azulados vagando meu rosto. - Né?
- Possivelmente. - Acariciei sua perna. - Assim como você puxou dos seus.
Justin colocou sua mão por cima da minha e sorriu.
- V-Você não... hã... - Ele engoliu em seco e respirou fundo. - Você não contou a eles sobre...
- Nós dois? - tentei, e então ele assentiu. - Não contei... ainda - acrescentei. - Mas minha mãe é esperta demais. Já se tocou da última vez que nos vimos que meu rosto não estava dos melhores.
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INESQUECÍVEL
RomanceQuantas vezes você seria capaz de amar alguém? Justin Connor tinha tudo para ser um jovem comum. Com uma pureza encantadora, beleza admirável - por fora e por dentro - e características chamativas, ele teria mil e uma razões para curtir sua vida o q...