Capítulo 7

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Yure

Eu me sinto um tanto quanto surpresa em ver a quantidade de pessoas que estão acompanhando Willow. Sei que eles estão aqui em uma missão, mas vir em grande quantidade foi o que tirou eles da jogada. Qualquer criminoso da cidade fica atento á grandes grupos, não que vir sozinhos e sem proteção tenha sido uma boa ideia.

— Acho que não preciso dizer a você o que colocou esses bandidos de meia tigela nos seus pés. — Falo assim que entro no meu escritório, na companhia dos meus visitantes. — Esses pequenos terroristas ficam atentos em todos os lugares por onde possam chegar turistas.

— Tínhamos que vir, Dimitri deu a palavra dele que ajudaria Amanda a encontrar a irmã dela. — Willow responde. — Foi meio que uma viagem não programada.

— Entendo, mas deviam ter me ligado assim que desembarcaram, não sabem o risco que estavam correndo. — Explico, e meus olhos vão para o homem que se apresentou como Oliver.

— Se me considera um risco deve saber que está muito enganada. — Ele diz. — Metade da minha família está morta e a outra metade, vou matar com as minhas próprias mãos.

— Um garoto raivoso, eu gosto disso. — Provoco. — Embora eu deva acrescentar que toda essa raiva pode te prejudicar. — Me sento na minha cadeira e avalio a situação.

Quando eu tinha vinte anos eu acabei matando o meu pai, o filho da pita era um bastardo inútil e queria passar a perna nos Petrov, uma pena para ele que eu descobri, enviei as provas para Dimitri e em seguida o matei.

Dimitri tomou meu ato como de lealdade e me passou o cargo do meu pai, meu irmão mais velho ficou feliz com o acordo, uma vez que ele queria ser um aventureiro e escrever sobre suas aventuras.

No começo foi difícil, os homens tentaram zombar de mim, e eu até entendi, meu mundo é um lugar dominado pelos homens e uma mulher como precisa se mostrar forte. E foi o que fiz, ao primeiro sinal de traição ou de motim, atirei na cabeça de um dos homens e perguntei se mais alguém ia zombar de mim, desde então eu sou temida.

Não vou ser ingênua e dizer que eles não falam de mim pelas costas, pois sei que falam. E o fato de esconderem isso de mim mostra o quanto me temem e o quanto estou a frente deles.

— Acho que falar com Afonso pode ser uma boa saída, se o assunto é do interesse dele, é o mínimo que devemos fazer. — Explico.

— Conhece Afonso? — Willow pergunta.

— Sim, tratamos de negócios quando há algum tempo. — Falo. — Ele é uma boa pessoa.

— Concordo com isso, Afonso está atrás dessa ex dele há bastante tempo. — Diz. — Fico surpresa dele ainda não ter encontrado ela depois das descobertas que fiz hoje.

— O fato dela ter se envolvido no nosso mundo não faz dela uma pessoa conhecida. — Digo. — Jasmim se meteu com pessoas temidas e que ficam escondidas, homens que lidam com tráfico de pessoas, tendem a se manter escondidos.

— Ela não se mantém tão escondida se está vindo atrás de nós. — Alex responde com um sorriso safado, o garoto é um imbecil charmoso. — Desespero, fazemos qualquer coisa para conseguir o que queremos, ainda mais quando estamos desesperados. — Olho para Oliver, que devolve meu olhar só que de uma forma muito mais intensa. — Sua família é a prova disso, eles aceitaram capturar Willow e os outros, por medo.

— Medo? — Ele pergunta franzindo a testa.

— Sim, eles trouxeram os Petrov para a cidade, isso foi um erro da parte deles. Foram pressionados e Jasmim apenas deu a eles a razão que precisavam para ir atrás deles e não assumirem o erro cometido.

Alex - Máfia Vermelha 5Onde histórias criam vida. Descubra agora