Paris

617 37 7
                                    


Desculpem a demora, prometo que vou compensar ❤



Las Vegas começava a me fazer falta assim que coloquei os pés em Paris. O frio era muito mais intenso, congelante. Mani parecia nem sentir os ventos gélidos, diferente de Dj que estava praticamente pronta para uma viagem ao Alasca.

-Paris, my friends! Mani exclamou sorridente. Dj não esboçou nenhuma reação, e eu também fiz o mesmo. Não pelo frio, mas por eu ter certeza de que havia algo errado.

-Paris é óbvio demais. -Pensei alto e as duas mulheres me encararam confusas.
-Do que está falando? -Mani perguntou.

-Paris… tem algo errado, não pode ser Paris. -Eu disse, movendo-me impaciente.

-É óbvio demais, está na cara de que qualquer pessoa que viesse à França passaria em Paris, não pode ser Paris! -Disse novamente, irritada.

-O que você sugere? -Dinah perguntou, encontrando coragem para enfrentar o frio e deixar sua voz sair. -Ainda temos Cannes…

-Não, não! -Interrompi Dinah.
-Por que você está tão impaciente? -Mani perguntou, me encarando.

-Não sei… talvez porque podemos não achar alguma coisa, e então voltaríamos para Vegas com nada e eu não teria Lauren de volta… -Encostei-me em uma pilastra e suspirei aflita.

Minha cabeça parecia querer explodir a qualquer momento devido às centenas de coisas que começavam a passar por ela.

Fechei os olhos na inútil tentativa de dispersar meus pensamentos para que eu raciocinasse direito, mas nada tava certo. Grunhi angustiada por não conseguir aquilo.

-Vamos dar um jeito, estamos aqui para isso, não estamos? Dinah perguntou, vindo se pôr ao meu lado. Levantei meu olhar para ela e assenti agradecidamente.

-Uma coisa ainda está indefinida, não podemos rodar toda França para tentar descobrir algo, temos apenas esse fim de semana e mais nada. Mani disse, depois ficou pensativa.

-Olha, já é tarde e hoje é sábado, nós podemos continuar isso amanhã, está bem? Vamos esfriar a cabeça e amanhã passaremos o dia inteiro procurando isso. -Eu disse, um pouco frustada por ter chegado tão tarde a Paris.

-Levando em consideração que se eu esfriar mais a cabeça meu cérebro irá congelar, claro, vamos descansar. Dj brincou com a intenção de quebrar o clima tenso que havia se formado.
Todas concordamos, rindo.
Seguimos para o hotél mais próximo possível e caímos na cama assim que chegamos, sem ao menos se preocupar com as roupas usadas e as malas espalhadas por todo cômodo. A viagem havia sido cansativa, e o próximo dia seria ainda pior.

Ele não demorou muito para chegar. É de se imaginar que dormir foi a última coisa que eu consegui fazer pelo resto da madrugada, então o cansaço havia me alcançado antes mesmo do dia começar de verdade.

Nosso desjejum foi resumido a conversas sobre o que deveríamos fazer durante o resto do dia. Debatemos sobre ir para o sul, o extremo oeste ou para o interior, e acabou que não chegamos a conclusão alguma. Mal o sol tinha aparecido e os problemas já estavam praticamente expandidos.

Fomos para o centro de Paris, tentar buscar algumas informações em museus e galerias sobre qualquer empresa que envolvia o nome dos Pattison.

Depois de duas horas lá sem conseguir achar coisa alguma, decidimos ir para alguma biblioteca.
-Há alguma biblioteca que tenha livros em inglês?
-Dinah perguntou assim que entramos no estabelecimento.

-Provavelmente sim, o inglês é uma língua mundial. -Mani respondeu firme.

-Não vamos achar nada de interessante com o inglês. Embora haja algo, possa ser que esse “algo” seja pequeno e por isso não tenha tradução em inglês, apenas em francês.

UNFORGETTABLEOnde histórias criam vida. Descubra agora