Você deverá me matar

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Hermione acompanhou o professor a passos largos, porém estava confusa, havia deduzido que iriam para a sala de D.C.A.T. afinal seria agora essa a sala de Snape. No entanto o caminho percorrido destinava-se à sala de poções.

Ao chegarem à sala, ambos depositaram os livros em cima de uma das bancadas vazias. Praticamente todas as bancadas estavam vazias, exceto a do professor.

– Deve estar se perguntando por que estamos aqui e não em minha sala.

Hermione assentiu movimentando sua cabeça positivamente.

– O professor Slughorn me cedeu sua sala por algumas horas para que eu a utilizasse. Sei que está aguardando que eu me pronuncie sobre o que me disse antes do jantar que fui nomeado professor de D.C.A.T. Contudo, gostaria de antes constatar alguns fatos.

– Como queira, professor. – Hermione sentia-se incomodada pela forma com que Severo lhe dirigia a palavra, era um assunto particular demais para que ele utilizasse formalidades.

– Reconhece a poção que está na bancada? – Snape apontou a poção que fumegava na bancada do professor, para que Hermione se aproximasse da mesma.

– Amortentia, senhor. – Hermione não estava entendendo onde Severo queria chegar com tudo aquilo. Apenas entrou no jogo do professor, agindo como se estivesse em uma aula respondendo suas perguntas.

– Quero que se aproxime da poção, sinta o aroma e o descreva detalhadamente. – Ela fez conforme o professor havia pedido.

– Tem um aroma... – A aluna fechou seus olhos para aprofundar-se aos detalhes do perfume e continuou descrevendo. – Amadeirado com essência de eucalipto, e também com um leve aroma de sândalo e quase não notável, mas também sinto aroma de canela. Devo ressaltar que junto a todos esses aromas exala um aroma indecifrável, que me agrada muito. – Ela abriu os olhos e o fitou como se aguardasse mais instruções.

– Aproxime-se.

A grifinória caminhou em direção ao sonserino, posicionando-se à frente dele.

- Aproxime-se mais! – Ela o fez. – Quero agora que descreva o meu perfume.
Hermione aproximou-se um pouco receosa ao pescoço de Severo, podendo sentir o mesmo aroma.

- Apesar da falha tentativa de alterar ou esconder seu perfume, é o mesmo que descrevi há pouco.

- Como se atreve a dizer isso, por qual motivo tentaria esconder meu perfume?

- Por que está fazendo isso professor? Aonde quer chegar com isso? Não me importa aroma de poção alguma, o que me importa são meus sentimentos.

- Estou fazendo tudo isso porque quero que entenda uma coisa. – Ele posicionou-se atrás de Hermione que agora estava de costas para ele, e colocando seu rosto entre o pescoço e o ombro dela foi inalando o cheiro de sua pele e de seus cabelos. Uma corrente elétrica percorreu por Severo ao sentir aquele aroma que tanto lhe agradava. A aluna também não ficou indiferente à aproximação e ao toque de seu professor, arrepios e tremores involuntários ocorriam a cada movimento.
Ele a segurou pela cintura aproximou seus lábios ao ouvido dela e sussurrou de uma forma envolvente.

- Eu sinto. – ele inalou com mais potência, fazendo com que Hermione deixasse escapar um gemido em resposta. – Aroma de orquídea, flores brancas e... – Severo inspirou com mais intensidade. Hermione já não podia esconder as reações involuntárias de seu corpo. - Quase imperceptível aroma de camomila.
Snape foi se afastando de Hermione, o corpo e a pele dela foram sentindo a ausência de seu toque o que a fez se sentir desprotegida. Ele já estava próximo à poção, sentindo o aroma.

Por que tem que ser você?Onde histórias criam vida. Descubra agora