De volta ao lar

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Uma tarde bela, tranquila e agradável poderia ser definida aquela. Voldemort não existia mais, não havia mais ameaças e dominações malignas. Não poderia estar melhor, a paz reinava tanto no mundo bruxo, quanto no mundo trouxa.
O local da guerra, as terras de Hogwarts, parecia não ter sofrido ataque algum, podia-se dizer que não houve batalha alguma naquele lugar de tão impecável que estava. Hogwarts foi reconstruída ficando idêntica ao que era. A única novidade era que em alguns locais do castelo em algumas paredes de pedras, havia estórias e lembranças de uma grande guerra que ocorrera ali e homenagens a alunos e professores que partiram.
O cargo da diretoria de Hogwarts foi ocupado por Minerva McGonalgall, já que com a morte de Dumbledore e a fuga de Severo ela seria a mais indicada a ocupar o cargo, porém analisou que a fuga de Severo foi necessária para a guerra. Ela então propôs a Severo para assumir Hogwarts ao seu lado no cargo de vice-diretor. Ela não entendia a relutância do bruxo para aceitar o cargo, na verdade tentava convence-lo também para voltar a lecionar em Hogwarts.
Severo refletia, já havia cumprido sua missão, já havia cuidado de Harry, nada mais o prendia aquele lugar.
Anteriormente durante a guerra, suas ideias eram outras, percebendo que de fato seu amor era correspondido e realmente Hermione o amava, ele planejava em sua mente um futuro com sua amada, mas não havia visto ou falado com ela após o dia da visita no St. Mungus. Naquele dia ele entendeu que realmente era o fim, fazendo todos os seus sonhos e ideais se desmoronarem, o deixando frio e ríspido novamente.


Passado alguns dias, Hermione procurou incessantemente por seus pais, até encontra-los. Foi um momento de muitas emoções. Ela sentia-se bem por poder retornar ao seu lar com seus pais, mas não estava completamente feliz.
Contou a eles tudo o que se passou na guerra, contou também sobre seu envolvimento com Severo, afinal, com eles não tinham segredos. De inicio não concordaram muito, por ele ser seu professor e um homem mais maduro, mas após perceber o carinho com que a filha falava dele e o quanto ele a protegeu em vários momentos, perceberam que não havia porque contrariar qualquer envolvimento entre eles.
Também sabiam que Hermione era responsável, e não se envolveria com qualquer pessoa, então ficaram mais tranquilos ao assunto. O que realmente estavam preocupados era por ela não querer retornar a Hogwarts.
Ela tinha a opção de não estudar seu último ano letivo por causa da guerra, porém seus pais sabiam o quanto ela amava Hogwarts e o quanto gostava de estudar.

- Hermione, querida! Você realmente tem certeza de que não quer retornar à Hogwarts? – A senhora Granger questionava sua filha mais uma vez sobre o retorno à Hogwarts.

- Mamãe, a diretora deixou bem claro na carta, é opcional, para Harry, Rony e eu.

- Mas filha, você ama aquela escola, porque não voltar? – O Senhor Granger havia chegado à sala e começou a participar da conversa.

- Sim, amo Hogwarts, amo meus amigos, e passar meus dias lá, mas vejam! – Hermione mostrou aos pais algumas cartas em suas mãos. – Já fui aceita em três universidades bruxas, e esta aqui... – Hermione mostrou uma carta que para ela parecia ser a mais importante. – Esta aqui, é uma carta do Ministro da Magia, me oferecendo uma vaga de emprego! Não há porque eu retornar à Hogwarts, o meu tempo lá... já acabou. – Hermione deu um longo suspiro e seus olhos fixaram em algo sem importância. Ela refletia o verdadeiro motivo de não retornar à Hogwarts, ela mesma se convencia que não era necessário retornar, já estava com a vida feita, com um futuro brilhante pela frente, com várias opções disponíveis.

- Querida... – A senhora Granger aproximou-se da filha, sentando-se ao seu lado e a aconchegando a um abraço. – Sei muito bem porque não quer voltar. De que adianta ter milhões de opções de estudos e empregos se nenhuma delas é onde quer estar? Não quero que deixe de ir por causa do seu professor. Não adianta querer fugir de reencontra-lo, o que tiver de ser, será.

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