A sala precisa

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A mente de Severo foi invadida por pequenos episódios em sala de aula.
Ele reconheceu que uma das alunas em sala de aula era Hermione, e lembrou-se de como a tratava, de como era inteligente e como era injusto com ela.
Assim que as lembranças pararam de invadir sua mente ele se observou novamente no espelho.

- Irritante sabe-tudo! Como pude trata-la assim? – Ele estava desapontado consigo mesmo.
O colar que há pouco ele estava segurando, agora estava sobre a mesa próxima ao espelho.

- Muitas informações para um dia apenas.
Severo preparou-se para dormir, mas adormeceu com dificuldade por conta dos pensamentos.
No dia seguinte a ansiedade de Snape apenas aumentava, era sexta-feira e amanha teria duas coisas importantes, a conversa com Hermione e a escolha da data para o casamento com Clarke.
Enquanto caminhava por Hogwarts, ao entrar em uma das salas de aula vazias, o mestre de poções vê Lupin entretido lendo um livro. Antes de retirar-se da sala é chamado por ele.

- Severo, por favor, não precisa ir. – Remo indica a ele uma cadeira ao seu lado. – Como está? Lembrou-se de mais acontecimentos?

- Algumas coisas. – Ele respondia enquanto sentava-se ao lado do professor. – De você, por exemplo, lembrei-me de como me tratava quando estudávamos aqui.

- Ah, por favor, isso é passado. Hoje em dia nos tratamos de forma cordial, e devo até arriscar dizer que somos amigos. Graças a você conheci minha namorada.

- Sério?

- Sim, você a ajudou a conseguir o emprego aqui em Hogwarts.

- Lupin, falando nisso, quero perguntar uma coisa. – Remo olhava atentamente aguardando a pergunta. – Como era minha relação com Clarke antes da minha perda de memória?

- Quando ela chegou a Hogwarts, você já a conhecia, pois se formaram juntos em poções.

- Quero dizer... como éramos como namorados... sabe?

- Olha Severo, sinceramente, não sei como ficou noivo dela, pois sempre me dizia que ela não te deixava em paz. Jamais imaginaria que ela seria sua noiva, foi tudo de repente. Um dia você estava me contando o quanto ela o aborrecia e no dia seguinte estava anunciando seu noivado. Vocês nem sequer namoraram.

- Caso ela não fosse minha noiva, haveria alguém que poderia ser? Digo, tive algum envolvimento com mais alguém além dela?

- Em nossa época de Hogwarts você foi apaixonado por Lilian Evans, a mãe de Harry Potter. E... – Lupin ponderou se continuaria a falar.

- E o que? – Snape buscava respostas e percebeu que Remo sabia de algo.

- Não tenho certeza disso Severo, mas um dia enquanto conversava com Sabrina, minha namorada, ela sem querer deixou escapar que há uma aluna de Hogwarts que nutre sentimentos por você. Mas creio que não seja importante, pois suponho que não seja reciproco e...

- Quem? – o sonserino ansiava por respostas, será que era quem ele estava pensando?

- Severo. Só estou lhe dizendo isso, pois confio em você. É Hermione Granger. Mas peço, por favor, não zombe dela por isso, ela é uma moça extraordinária, de forma alguma merece sofrer.

- Como pode isso? Sempre a tratei mal, e ela sente algo por mim?

- Você trata mal todos os grifinórios. – Lupin deu uma gargalhada inibida. – Mas sinceramente Severo, entre ela e Emilly Clarke, você seria muito mais feliz com Hermione, uma é o oposto da outra. E devo acrescentar que Sabrina me disse uma vez que achava que você correspondia Hermione.

- Lupin, tenho que ir. – Antes de retirar-se da sala, Severo o agradeceu.
Os pensamentos não paravam de perturbar Snape.
Ao retornar a seus aposentos, resolveu procurar em suas coisas algo que pudesse ajudar a lembrar-se de mais coisas e ter respostas.
Hermione também o amaria? Ela a dúvida que ele queria esclarecer.
O professor ficou até o anoitecer revirando seus aposentos a procura de alguma pista. Encontrou diversos objetos, alguns com pouca importância, outros, ficou alguns minutos observando com curiosidade, até que ao pegar um de seus livros, o mesmo cai ao chão abrindo suas páginas e revelando algo dentro.
Snape pegou um bilhete que estava dentro do livro e começou a lê-lo.

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