Cap20 - O instituto

17 6 15
                                    

 Acordei às 10 horas da manhã, normalmente isso seria bem comum, mas eu dormi cedo, então isso significa que eu estava MUITO cansado.

Como havia dormido muito, estava cheio de energia. Consegui adiantar vários trabalhos antes do almoço, intercalar entre ser uma criatura sobrenatural e um estudante comum era difícil.

Após o almoço, recebo mensagens de Ana, ela dizia para encontrar todo mundo na praça do centro da cidade e que era importante. Sem questionar, tento convencer meus pais novamente a me deixar sair, e apesar de muita relutância, eles concordaram.

Minha mãe me deixou em frente à praça do centro, me despedi dela e corri para onde meus amigos se encontravam, eu era o último a chegar.

 Ana: - Demorou hein?

 Eu: - Foi mal, não é fácil convencer meus pais a sair por dois dias seguidos.

 Ana: - Enfim, gente, lembram do Mark? Então, ele me deu isso para abrir o esconderijo - Ela fala enquanto levanta o potinho para vermos.

 Suh: - Fica muito longe? Tô com preguiça de andar até lá.

 Ana: - Não é longe Suh, calma, só algumas quadras.

 Suellem faz um grunhido baixo, como se fosse um começo de choro, mas todos sabemos que é só drama.

Concordamos em ir atrás do esconderijo ontem após o treino, mas tivemos alguns imprevistos, que acabaram sendo bem úteis na verdade. Seguimos Ana pelas ruas desérticas do centro da cidade, até chegar em uma casa antiga, o lugar parecia abandonado, não me surpreenderia se saíssem morcegos do lugar, uma casa esquecida de quase vinte anos atrás, e casas antigas como essas não eram incomuns nessa cidade.

 Ana: - Pelo que eu entendi, o esconderijo fica em uma espécie de dimensão própria, e existem pontos onde podemos chegar até lá, no caso esse é o ponto atual, mas podemos mudar ele de lugar.

Ana pega o potinho e o coloca aberto no chão, sua coloração era meio estranha, um verde musgo brilhante, e não exalava um cheiro muito convidativo.

Após algumas palavras em um tom muito baixo lidas de um papel que ela havia retirado de seu bolso, a substância se torna mais brilhante ainda, aquilo já não possuía uma cor, pois estava em constante mudança, mas na maior parte do tempo se apresentava em um tom de Salmão bem claro, até seu odor havia mudado, agora possuía um cheiro adocicado, quase enjoativo.

  Ana subitamente pega o potinho, e despeja o conteúdo perto da porta da casa, o líquido sobe se deslocando até o meio da porta e forma um símbolo grande e complexo, difícil até de se descrever, é impressionante como esse tipo de coisa está se tornando comum em minha vida, e isso não deveria ser saudável.

 Ana: - Quem vai fazer as honras?

Leticia se apressa empurrando Laura para o lado, que perde o equilíbrio mas não cai. Uma gigantesca sala é revelada atrás da porta. Entramos apressados, e fechamos a porta logo atrás de nós.

O lugar era muito bonito e convidativo, apesar de estar bem sujo. Haviam estantes de livros tombados e marcas de fuligem por alguns lugares, aqui com certeza foi o palco onde os Transformados do passado travaram uma batalha.

 Eu: - Era assim no passado Ana?

Antes que ela pudesse responder, Laura, que já estava irritada pelo empurrão de Leticia, respondeu ríspida:

 - Eu também estava no passado, tá?!

 Eu: - Então responde.

 Laura: - Não vou responder, só por causa disso.

Uma vida Super-NaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora