Uma vida Super-Natural

Cap25 - Adoro macarrão!

 Mais um domingo se inicia, eu planejava dormir até meio dia, mas fui acordado as 10 horas, com meu celular tocando, eu estava tão desnorteado por ter acabado de acordar, que levei alguns segundos até conseguir falar no telefone:

 -...Alô?

 Ana: - Henrique? Cadê você? E que voz é essa?

 Eu: - Eu acabei de acordar, foi mal...

 Ana: - Cadê você?

 Eu: - Como assim?

 Ana: - A gente combinou de ir no instituto hoje, lembra?

 Eu: - Droga, eu esqueci.

 Ana: - Se arruma e vem logo, tá todo mundo te esperando.

 Eu: - Tô indo.

Desligo antes de ouvir se Ana tinha mais algo para dizer, e afundo minha cara no travesseiro, flashes da luta de ontem e de Leticia caindo sem vida no chão voltam à minha mente. Me levanto logo para afastar essas imagens.

No início pensei que não seria afetado por essas coisas, que conseguiria ficar bem quanto a tudo isso, assim como aceitamos todas as outras coisas, mas me enganei, cada vez que me deixo levar por pensamentos ou devaneios, essas imagens voltam.

Tiro meus pijamas e coloco uma roupa normal, depois vou à cozinha tomar café da manhã, como o mais rápido possível para não deixá-los esperando muito tempo no instituto.

 - Nossa, pra que essa pressa? Vai tirar o pai da forca é?

 Eu: - Então mãe...

 - Vai ter que sair? De novo?

 Eu: - Só mais hoje...

 - Ai Henrique, só mais hoje.

 Eu: - Obrigado mãe.

 - Mas você vai ter que ir à pé.

 Eu: - Mas...

 - Se quiser ir, vai ter que ser à pé.

 Eu: - Tudo bem.

Me levanto da mesa e volto para o quarto, coloco os tênis, pego meu celular e o fone de ouvido, escovo os dentes e então eu estava pronto para ir.

Levou pouco mais de 15 minutos até chegar no instituto, eu estava todo suado e vermelho por conta do sol.

"No que eu fui me meter? Eu poderia estar dormindo a essa hora!"

Fico encarando a porta, me perguntando se quando eu a abrisse, daria de cara com o instituto, ou com uma casa velha e abandonada. Tomo coragem e abro a porta aos poucos, dou de cara com uma sala gigantesca, um pouco diferente da primeira, mas continuava sendo o mesmo instituto.

 Ana: - Meu Deus, como você demorou hein?

 Eu: - Eu tive que vir à pé.

 Ana: - Tô vendo, você tá meio suado.

 Eu: - Ah, jura?

 Ana: - Vem logo.

Vamos adentrando a sala, até chegar onde estavam todos os outros.

 Eu: - Espera, cadê a Leticia?

 Nat: - Ela não visualizou nossas mensagens e nem atendeu nossas ligações.

 Eu: - Que estranho.

 Nat: - Pois é.

 Eu: - Mudando de assunto, vocês já exploraram o resto do instituto?