Cap48 - Juntos até o fim!

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Pov Ross on

Foi tudo demasiadamente rápido. Em um momento eu via a luta acontecendo ao longe com meus olhos semicerrados, enquanto Kaori cuidando para que o veneno não se alastrasse muito rápido e a febre me consumia, e minhas roupas estavam empapadas de suor e um pouco de sangue, e no outro momento, o garoto com os poderes de Dragão havia se libertado de uma prisão de fios que eu mal vi se formar, e perfurar o mago de poeira com a katana de Kaori, bem no coração.

Ao seu redor se formou um casulo de poeira, envolvendo os dois, e só se partiu quando a explosão aconteceu.

Não foi apenas uma explosão, uma onda de energia passou por tudo, e com ela o veneno se foi, aos poucos eu me sentia melhor, ainda fraco, mas melhor.

A liberação de energia também deu fim a poeira que estava prendendo os outros no alto. Eles caíram ainda confusos, a poeira sumiu por completo antes mesmo de atingir o chão.

 Eu: - Kaori... - Minha voz está mais fraca do que imaginava.

 Kaori: - Ele conseguiu.

 Nat: - Não!

A garota que ele deixara conosco levantou cambaleando, ela mal tinha forças para se manter em pé, mas havia aquela motivação.

 Nat: - Henrique! Não!

O corpo dele estava largado no chão, a explosão levara seu corpo para longe. Esses Transformados haviam vencido a batalha, mas tudo tem seu custo.

Com ajuda de Kaori, fomos ver se ele ainda estava vivo, mesmo que a intuição dissesse uma coisa, a esperança não nos deixava desistir tão fácil.

Natasha estava abraçando seu corpo, enquanto os outros choravam ou ficavam perto de si. Eu gostaria de reconfortá-los com algumas palavras, mas eu não teria muita ideia do que dizer, quando se é criado em um meio de caçadores, se aprende a ser forte por aqueles que morreram, e os vinga-los matando a criatura que os matou.

 Kaori: - Ele merece um minuto de silêncio, por sua bravura.

Abaixamos nossas cabeças e fechamos nossos olhos, assim como os outros eu esperava que a mesma luz que cobriu Leticia, cobrisse ele, mas talvez a energia liberada tenha sido demais para que eu fosse trazido de volta.

 - Bakariel...

O sussurro corta o silêncio, levanto o olhar discretamente para eles, procurando quem produzira o som.

 - Bakariel...

Novamente escuto aquele som rouco, e parece que os outros também. Procuro em seus rosto o autor do som, mas apenas encontro tristeza e confusão.

Por fim olho para baixo, e vejo o rosto retorcido de Henrique, seus lábios se contraem e ele diz:

 - Bakariel...

 Nat: - HENRIQUE!

Ela abraça o garoto mais forte, que tosse pelo aperto.

 Henrique: - O que eu perdi?

 Nat: - Seu louco, não faz isso comigo!

 Henrique: - Não posso mais nem morrer?

Ele continua tossindo, mas ninguém se importa, apenas o abraçamos. Depois demos mais espaço para que ele pudesse respirar e se levantar, mesmo que com ajuda.

Antes que eu pudesse fazer algum comentário sobre o que acabara de acontecer para expressar meu alívio, ouço passos e um chacoalhar de mochilas ao fundo.

Carol, Marcos e Márcia, estão vindo até nós, a barreira que os mantinha afastados deve ter caído também. Acho que terei de explicar para eles tudo que aconteceu.

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