A luz desconfortável aos olhos deu lugar a duas pessoas em pé, uma com os olhos brilhantes contornados pela escuridão, com esboços de asas feitas de luz e fumaça branca azulada, empunhando uma faca prateada maior que uma adaga, e menor que uma espada. O outro ser possuía olhos pretos azulados, com as costas esboçando asas depenadas feitas de fumaça negra quase como a noite, seus braços possuíam correntes escuras entrelaçadas com um gancho pendurado e sua ponta, Ana e Laura, se preparam para usar todo seu novo poder.
Os Vampiros estavam desnorteados pela luz que os atingira segundos atrás, deixando seus movimentos imprecisos e lentos. Essa era a cartada que precisávamos para equilibrar a luta.
Em pouco tempo, já havíamos recuperado nossos facões, e os vampiros sua visão.A batalha não era fácil, apesar dos arranhões não cortarem, eu senti uma parcela de sua dor. Ver a fusão das duas, me encheu de determinação, eu conseguia atacar vampiros e os matar, mesmo que sentisse algo estranho todo vez que o fizesse.
Um vampiro me atacou do alto, me deixando de bruços para o chão, não conseguia me mover, seus joelhos estavam sobre meus braços, me imobilizando. Minha única solução foi abrir as asas, o fazendo cair para trás, me levanto rápido e me preparo para atacar, depois de golpes travados pelos dois lados, uma brecha é aberta, e então corto sua cabeça, a sensação volta, mas não tenho tempo para ser envolvido por pensamentos, pois escuto meus amigos gritando.
Ross: - Henrique! Pega! - Ele atira um molho de chave para mim - Salva os outros!
Eu: - Entendi!
Corro para onde meus amigos estão presos, e começo a destrancar suas algemas, reparo só agora que junto da má sensação, tremores vieram de brinde, deixando mais difícil acertar a chave na fechadura.
Nat: - Henrique! Atrás de você!
Tarde de mais. Sinto a pancada na costela direita, conseguia sentir a região queimando.
"Eu quebrei a costela?!"
A fúria toma conta de mim, ajo sem pensar e disparo jatos de chamas no vampiro, que agonizou pelas queimaduras até que eu coloquei fim em seu sofrimento.
Quando volto a mim, sinto o corpo todo estremecer, talvez tenha sido minha imaginação, ou talvez não. Só sei que estava prestes a largar o facão no chão e cair em estado de choque, se não fosse pelos gritos histéricos de Natasha:
- Henrique! Preciso da sua ajuda migo! Volta pra nós!
Vou até as algemas de Natasha e viro a chave, a libertando. Repeti o processo para ajudar Samuel e Suellem, eles tomaram iniciativa na luta assim que se libertaram, eu estava voltando ao normal aos poucos, tinha medo das sequelas que essa batalha poderia deixar, mas não poderia me dar ao luxo de largar tudo agora para pensar a respeito.
Em determinado ponto da batalha, Ross solta um grito agonizante de dor, vou até ele para tentar ajudá-lo.
Eu: - O que houve?
Ross: - Um vampiro pegou um facão e me cortou, mas não é não de mais...
Eu: - Seu ombro tá sangrando muito, temos que dar o fora.
Ross: - Não é nada, eu consigo...
O corte não parecia muito profundo, mas saia muito sangue, e deixava Ross mais lento e quase impossibilitado com o braço esquerdo.
Eu: - Ross, não tem como lutar assim.
Ross: - Eu me viro...
Eu: - Droga Ross, para de ser cabeça dura! Eu vou dar um jeito, se esconde.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma vida Super-Natural
FantasyEm um mundo onde todas as lendas e mitos de fato existem, um grupo de jovens que está no ensino médio descobre que suas séries, livros e histórias fazem parte de sua vida de um jeito diferente agora. Eles terão de lutar com seus demônios internos, l...