Aconteceu tudo rápido de mais, em um momento estávamos chegando no pátio com Bia, e no outro eu estava no chão, encostado na parede, com o fantasma de uma garota sorridente vindo em minha direção.
Quando chegamos as luzes se apagaram e correntes de ar gélido tomaram conta do lugar, o fantasma do antigo diretor e da garota apareceram e iniciaram o ataque, empurrando mesas para nos atingir, havíamos protegido os outros alunos com sucesso, mas nos proteger foi outra coisa.
Na tentativa de proteger um grupo, que ficou em choque, de ser atingido por uma mesa, eu sou tirado da jogada, o que nos leva até o momento de agora.
Me levanto para contra atacar o fantasma com uma ripa largada no chão, mas antes de conseguir investir contra o fantasma, ela me ergue no ar, me jogando contra a parede novamente, e todo meu corpo começa a ser prensado por uma força que não consigo ver.
Quase não consigo respirar direito, se meus ossos não quebrarem primeiro, irei morrer asfixiado.
- Seus implicantes, eu quero minha vingança!
O peso se torna maior, a dor é excruciante, nem mesmo gritar eu consigo mais, me deixando mais aflito ainda.
Para minha salvação, Ana acerta o fantasma com uma ripa de ferro, ela se desfaz em fumaça, quebrando também o peso sobre mim.
Eu caio no chão quase que de cara, me lembro de virar de costas para o chão e ficar buscando ar por um tempo, e tossindo bastante até que Ana me ajudasse a levantar.
Alguém já havia dado um jeito no outro fantasma, e logo as luzes voltaram ao normal, e como da outra vez, os outros começaram a reclamar, achando que era uma brincadeira ou falando que estavam com medo.
- Vocês só podem tá de brincadeira com a nossa cara! Já perdeu a graça!
Um cara confrontava Samuel, que parecia estar a ponto de destroçar a cara do infeliz com suas garras, mas Natasha os separa, ainda bem, pois eu ainda não teria forças para fazer isso.
Samuel: - Se não tá gostando de sobreviver, vai pra uma sala e se tranca sozinho e vire a noite por conta própria! Não sou babá de criança!
- É exatamente o que eu vou fazer!
O cara passa por Samuel e chama seu grupo de amigos, eles se organizam rápido e correm para a sala mais próxima no primeiro andar da escola.
Samuel: - Se alguém quiser seguir eles, fique a vontade!
Algumas outras pessoas arrumaram as coisas e seguiram o mesmo caminho que o grupo anterior.
Samuel volta para perto de nós, ainda parecendo bem sério.
Nat: - Samuel, fica calmo.
Samuel: - Eu só me irritei com aquele baba...
Ele se levanta e começa a farejar o ar, aos poucos ele se vira em direção ao portão lateral da escola, bem ao fundo, perto da quadra da escola.
Laura: - Samuel? Achou um osso?
Samuel: - Fica quieta Laura... - Ele continua farejando o ar.
Ana: - O que é?
Samuel: - É um cheiro estranho, e vem de lá - Ele aponta para o portão.
Alguns instantes depois, uma batida violenta acontece no portão, fazendo um estrondo muito alto.
Samuel: - É outro lobisomem, e parece grande.
Suh: - A gente não tem balas de prata.
Ana: - Mas tem minha faca angelical.
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Uma vida Super-Natural
FantasyEm um mundo onde todas as lendas e mitos de fato existem, um grupo de jovens que está no ensino médio descobre que suas séries, livros e histórias fazem parte de sua vida de um jeito diferente agora. Eles terão de lutar com seus demônios internos, l...