Uma vida Super-Natural

Cap44 - Reforços!

O dever me acordou, não o dever de lutar com criaturas, mas sim o de dar comida para meu cachorro de manhã. Durante o começo do dia fiquei tentando convencer meus pais para me deixaram ir em uma suposta festa do pijama na casa da Natasha, e quando eles finalmente deixaram, eu apenas reservei meus esforços para ter energia durante a noite.

Quando já estava próximo do entardecer, separei minhas coisas e me despedi de meus pais, e então tomei meu rumo até o instituto.

Quando chego lá, sou recepcionado por um belo "Você tá atrasado" de Samuel, apenas ignoro e entro, todos estavam se preparando, fosse dando golpes no ar, ou lendo algum livro antigo da biblioteca.

 Eu: - Quando o Ross chega com o reforço?

 Ana: - Em algumas horas, acho melhor dormimos até ele chegar.

 Nat: - Assim a gente economiza energia.

 Samuel: - Eu tô sem sono.

 Laura: - E eu dormi o dia inteiro.

 Eu: - Eu acho que vou tirar um soneca, se o Ross chegar vocês me avisam.

Subo as escadas e vou para meu quarto, largo as coisas no sofá, e vou até a janela, aprecio a paisagem, que é a mesma de sempre, um pasto florido, que passava a impressão de tranquilidade e calor.

"Quem dera fosse só assim lá fora."

Quando apoio os braços no parapeito de madeira da janela, percebo um painel apagado no seu lado esquerdo, recomponho a postura e passo a mão em sua frente, o que parece ativar algum sensor, ligando a tela.

Haviam dois botões no painel, um escrito "Descrever Ambiente" e outro "Ambientes Padrões". Toco na segunda opção, mostrando uma lista com diversos tipos de ambientes, passo a lista até encontrar algum que me agradasse. Por fim, seleciono "Chuva Tempestuosa", então opções para o ambiente em si aparecem, escolho "Floresta de Carvalhos".

Uma luz branca com manchas coloridas toma conta da janela, e se dissipa aos poucos, dando lugar a uma floresta de carvalhos, com um céu escuro e fechado, uma chuva forte caia nesse lugar e raios cortavam o céu escuro.

Me deito na cama e deixo os pensamentos fluírem para diversos lugares, não faço ideia de quanto tempo já estou aqui, parado olhando para a parede, sei que quando meus olhos estavam quase se fechando, um trovão mais alto e "perto" me desperta. Talvez eu devesse mudar o ambiente para algo mais calmo, mas não sinto vontade alguma de fazê-lo.

Já que não consigo dormir na cama, mudo para o sofá, levo o travesseiro e me jogo. A cama era mais confortável, mas o sofá era diferente, ele tinha seu charme.

Fico encarando o encontro das duas paredes e do teto por um tempo, até desviar minha atenção para a janela, onde a paisagem mudara, agora era um cidade, assim como a minha, na verdade se parecia muito com a minha cidade. Aquilo me chamou a atenção, e como tentar dormir não era uma ideia tão boa, resolvo verificar a mudança repentina de cenário.

Agora não chovia mais, porém o céu permaneceu escuro, com os clarões dos raios fazendo o contraste. A visão da janela era como se fosse de um lugar alto como um prédio, lá em baixo vejo as pessoas, tomando suas vidas normalmente... ou quase.

Pessoas corriam em desespero, e outras os seguiam, mas esses perseguidores não pareciam exatamente humanos, com diferenças aqui e ali, eram claramente monstros, de todas as espécies.

Alguns corajosos confrontavam os monstros, quando se juntaram em um número suficiente, conseguiram ferir uma criatura, a fazendo se desfazer em poeira cinza.