Cap42 - Ei! Cadela!

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 Não pensamos duas vezes e corremos na direção dos gritos, para ajudá-los, os que estavam nas salas estavam mais seguros dentro da sala, se ainda a mantiveram as proteções no lugar é claro.

Corremos pelo corredor das salas, com cada vez mais salas produzindo o som desesperado de batidas na porta, o som era horrível, a ideia de ficar preso numa sala escura, era claustrofóbica.

Subimos pela escada de acesso dos professores, que daria no mesmo corredor de salas do andar de cima, apenas do outro lado, e não bem no meio do corredor como quando usamos a escada do dia-a-dia normal.

Já do outro lado, vemos a causa do problema, os dois fantasmas estavam atacando ao mesmo tempo novamente, Natasha e Suellem mantinham todos os alunos no final do corredor, dentro de um círculo de sal, mas os fantasmas continuavam atacando, lançando coisas neles.

 Ana: - O que a gente faz?

 Laura: - A gente usa os poderes e se explica depois!

 Samuel: - Gostei do plano.

 Eu: - Então vamos!

 Ana: - É melhor não.

 Laura: - Por quê?

 Eu: - Então apenas usem os poderes se for necessário, vamos!

Segurei forte na ripa de ferro, e corri com eles para o ataque. Não estávamos tão perto assim, mas os fantasmas perceberam nossa presença, e desistiram de atacar aqueles dentro do círculo de sal.

Samuel é jogado para o lado com facilidade, Ana quase acerta o fantasma com sua barra de ferro, mas ele some antes de ser atingido, então logo que aparece, Laura o atinge. Sobrou apenas o fantasma da garota, e era minha vez de acertar as contas com ela.

Atingi-la não foi fácil, mas conforme usava seus poderes, parecia que aos poucos sua imagem perdia a estabilidade e era reposta com longos fios de fumaça, que ganhavam destaque com a luz da lua, passando através da janela.

Quando enfim surgiu a oportunidade, usei a ripa de ferro como uma espada, passando em seu pescoço, e finalmente sumindo.

Natasha e Suellem saem do círculo de sal e vem até nós.

 Nat: - Como vocês deixaram esse cara sozinho, vocês não viram ele?

Olho para eles com uma sobrancelha arqueada, procurando respostas, mas apenas recebo eles dando com os ombros.

 Ana: - A gente não viu ninguém, Nat.

 Nat: - Como não? - Ela aponta para um garoto em especifico, ele parecia quase não ligar, se destacando dos outros - Ele veio aqui fugindo daquela coisa, logo que a luz acabou.

 Samuel: - Não tinha ninguém lá em baixo só... - Ele fareja o ar e rosna em alto e bom som - O lobisomem!

A garoto que parecia ser um pouco mais velho que os demais, sai com cuidado do meio da multidão, sem esbarrar nas pessoas. Ele para alguns passos na nossa frente, ele fecha os olhos lentamente, e quando finalmente os abre, duas íris vermelhas sangue nos encaram.

 - É, vocês acertaram... - Uma mistura grotesca de um som animalesco e uma voz grave começa.

 Nat: - DESÇAM AGORA! - Ela diz com os olhos brilhando em roxo como antes, e então os alunos descem as escadas correndo.

Então ele começa sua transformação, o som dos ossos e pele se mexendo me dava arrepios, nos afastamos para evitar que nos atacasse logo de cara, e também por medo.

Mesmo que fosse mais inteligente atacá-lo enquanto se transformava, estávamos surpresos de mais por isso, além da transformação acabar em poucos segundos.

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