Cap 6. Insônia.

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  *Manu*

    Duas horas intermináveis passaram e eu ainda estava ali de olhos abertos, inquieta sentindo uma necessidade inexplicável de abraçar aquela mulher linda que dormia tranquilamente ao meu lado... Eu devia estar com algum problema, porque a Gi era apenas minha amiga e companheira de cena e me parecia muito errado abraça-la sem sua permissão, mesmo que não fosse nada de mais, algo me dizia que o que eu estava sentido tinha nome... E este era desejo, pois cada vez que eu tentava fechar os olhos as imagens dela apareciam em minha mente cansada... Milhares delas, eram sorrisos, abraços, olhares perdidos, era a imagem dela vestida com aquele vestido vermelho despretensioso que ela usou para ir à praia, mas que a deixava ainda mais bonita, era ela parada a porta usando apenas uma camiseta branca meio surrada que contornava levemente o desenho de seus seios, era a imagem de seu beijo em minha bochecha e por fim era a imagem do dia em que nos beijamos em cena...

  Puta merda, eu estava mesmo ferrada, porque meu corpo reagia a cada lembrança, me impedindo de dormir ao lado daquela mulher. Eu não devia sentir o que eu estava sentido, eu não devia querer o que eu estava querendo, porque ela não era para mim, ela era minha amiga, minha colega de trabalho e talvez o mais importante, ela não curtia mulheres. Ou seja, meus desejos nunca seriam satisfeitos e me aproximar dela nesse sentido parecia estar fadado ao fracasso.

  Minha mente estava inquieta, meu corpo desperto até que de repente, eu senti paz, como se o mundo a minha volta fizesse algum sentido. Eu senti uma mão tocar minha cintura, senti o aroma suave do shampoo de morango invadir minhas narinas, eu podia sentir a respiração dela em meu pescoço e o seu corpo quente levemente pressionado contra o meu... Seria sonho?

  Eu abri meus olhos e lá estava ela, delicada, inocente, se aninhando em mim e bastou que ela se aproximasse para que tudo a minha volta se acalmasse, para que o meu corpo relaxasse e poucos minutos depois, eu já estava completamente entregue a inconsciência, visitando um mundo de sonhos... 

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