Cap 20. Agindo como gente grande.

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*Gi*

  Eu quase não consegui dormir durante a noite, eu estava com medo da conversa que eu teria com a Manoela, porque eu sabia que para ela, talvez aquele beijo não tivesse significado nada, mas para mim, para mim foi muito mais, não adiantava negar, eu estava apaixonada.

  Assim que o dia amanheceu, eu peguei o meu celular e ignorei as mensagens dela, porque se eu lesse qualquer coisa, eu sentiria meu coração pesar ainda mais.

Bom dia, desculpe por fugir...

Será que podemos nos encontrar hoje mais tarde?

Pode ser na minha casa ou na sua se você preferir...

Obrigada.

Ass. Gi.

  Eu enviei a mensagem sentindo uma lágrima escorrer por meu rosto cansado... Uou, se antes mesmo de começar qualquer coisa, eu já me sentia assim, imagina depois daquela conversa... Eu precisava ser forte, eu estava agindo certo, eu estava tentando reparar as coisas.

Oi, relaxa...

Que bom que você apareceu, podemos nos encontrar na sua casa.

Pode ser agora de manhã?

Ass. M.

Pode, às 11:00 horas?

Ass. Gi

Marcado!

Ass. M.

Ok, eu te espero.

Obrigada... Beijos Manu.

Ass.Gi.

Beijos Gi.

Ass.M.

  Eu visualizei as mensagens e chorei de novo em silêncio... Como doía ser gente grande, como doía usar a razão... Eu só queria que ela estivesse aqui me abraçando, me dizendo que tudo ia ficar bem, mas não ia ficar nada bem, porque eu sentia meu coração partir em dois.

  As horas passavam lentas, depois de me acalmar, eu agradeci a Gabi por ter me abrigado e por ter cuidado de mim, mas já estava na hora de eu lidar com os estragos, sozinha...

  Eu voltei para a casa e tomei um banho, escovei os dentes, vesti um shorts jeans e uma regata branca. Depois, eu fui até a sala, sentei no sofá e esperei... Eu não sei por quanto tempo eu fiquei ali encarando o nada, mas quando eu ouvi o som da campainha, eu senti meu coração acelerar.

  Eu respirei fundo e abri a porta, e então eu a vi, ela estava linda! Manu estava linda vestindo uma calça jeans, usando uma blusa preta e calçando um All Star vermelho surrado.

- Oi, entra. – Falei encarando o chão.

- Licença, obrigada.

- Você quer beber alguma coisa?

- Não, valeu, eu tô de boa.

- Vem, senta. – Eu disse tentando esboçar um sorriso.

  Ela caminhou até o sofá, mas permaneceu de pé, olhando para mim, tentando me decifrar. Eu? Eu respirei fundo e com uma coragem que eu não tinha, comecei a falar.

- Manu, desculpa por ter fugido ontem, por ter te ignorado, por ter talvez te deixado preocupada... É só que eu... Eu me assustei.

- Relaxa pequena, já passou.

- Para Manu, não passou.

- Não?!

- Não. Eu não vou colocar a culpa na bebida, ou fazer de conta que eu não quis que acontecesse o que aconteceu...

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