*Limantha na sorveteria observando a mãe de Tina e Telma buzinar para que suas filhas entrem no carro*
Lica: A mãe da Tina continua a mesma.
Samantha: Pior ainda, porque agora a Tina já sabe como é viver longe do chicote da mãe, né?!
Lica: Preconceito é uma coisa...
Samanhtha: Horrorosa.
Lica: Huhum. Horrorosa, não adianta fingir que não existe... Quando a gente menos espera...
Samantha: Ele ataca.
Lica: É.
Samantha: Sabe o que é mais louco?! É que têm todo o tipo de preconceito: Racial, social, econômico...
Lica: Sexual.
Samantha: Não dá para relaxar.
Lica: É... Só tem um jeito de enfrentar o preconceito, né?! Brigando.
Samantha: É, eu sei.
Lica: Cê... Já provou desse?
*Lica põe um pouco de seu sorvete na colher.*
Samanhtha: Não.
Lica: Não.
*Lica dá sorvete na boca de Samantha*
Lica: Tó.
Samantha: Huuum... Gostoso.
*Lica e Samantha se olham*
Lica: Eu não tenho medo.
Samantha: Eu tenho.
Lica: Jura?!
Samantha: Tenho, mas eu enfrento.
*Lica e Samantha sorriem.*
***
*Limantha ainda na sorveteria.*
Lica: Você tem certeza que encara esse lance? Eu e você, você e eu...
Samantha: Juntinhas?! Claro! Por que não?!
*Risos*
Samantha: Bincadeirinha.
*Samantha ri*
Lica: Cê tá me tirando?! Cê quase me enganou!
Samantha: Não, mas foi engraçado, não foi?!
Lica: O quê?! A gente dando Match?
Samantha: É. Só podia, a gente tem química.
Lica: É, é verdade. Com quem mais a gente ia dar Match, né?
*Risos e Samantha concorda com a cabeça.*
*MB chega à sorveteria.*
MB: E aí meninas?
Lica: E aí MB!
Samantha: Com o MB que não seria.
Lica: É, MB já foi!
Samantha: Muito!
*Risos*
MB: Que foi? Você duas estão namorando é?! Eu shippo, hein!
*Lica encara MB com cara irônica e depois olha para Samantha com um olhar divertido.*
* Samantha fica envergonhada e olha para sua taça de sorvete.*
*Manu*
- Corta! Parabéns pessoal, vocês arrasaram! Vamos fazer um intervalo e depois vamos gravar algumas cenas curtas para os próximos capítulos. Vinte minutos e voltamos, ok? -Disse o diretor saindo do estúdio.
- Ok! – Respondemos eu e o Vini, juntos, enquanto a Gi encarava o nada.
- E aí bora tomar um café? – Convidou o rapaz loiro ao meu lado.
- Valeu Vini, mas vou passar, a Gi ficou meio quieta, vou ver se está tudo bem.
- Ok, boa sorte Manu.
- Valeu. – Eu disse sorrindo para ele e indo em direção à Giovanna.
Ela estava longe, seu olhar parecia distante, alguma coisa tinha acontecido, alguma coisa a estava preocupando e eu não sabia o que era, mas algo dentro de mim queria poder roubar suas preocupações e resolvê-las todas de uma vez, só para que o sorriso lhe voltasse ao rosto.
- Uma moeda por seus pensamentos. – Falei sorrindo para a menina de cabelos castanhos ao meu lado.
- Oi Manu... Não é nada.
- Fala vai... Você ficou diferente depois dessa sequência de cenas. -Disse ficando de frente a ela e ajoelhando no chão.
- É só que... É uma merda tudo isso... Preconceito, é absurdo que em pleno 2017, ainda tenhamos que falar sobre isso, porque as pessoas não conseguem e não sabem respeitar as diferenças. Pensar sobre isso me machuca, porque é triste pensar que quando abrimos o jornal, vemos a TV ou ouvimos rádio, encontramos notícias de agressões geradas por algum tipo preconceito e pior... Quantas notícias não existem, porque a vítima faz parte de um grupo marginalizado a tal ponto de não ter voz... Isso acaba comigo.
- Ai Gi, eu te entendo. Eu também sinto o que você sente diante disso. É horrível essa sensação de impotência, esse sentimento de raiva, tristeza... Desespero...
- Sabe Manu, gravar as cenas contigo falando sobre esses assuntos é um privilégio, é uma honra, é uma forma de resistência, de luta... É um ato político! Eu me sinto muito grata por poder fazer parte de um projeto que aborda essas temáticas todas, mas às vezes, é isso, dói gravar, dói pensar que as coisas ainda são bem complicadas.
- Pequena, eu sei... Mas foca no incrível que está sendo essa experiência, sobre a parte triste e chata... Bom, usa essa energia para trabalhar em cena.
- Obrigada Manu, você sempre me acalmando. – Ela disse enquanto me abraçava apertado.
- Disponha. – Respondi abraçando-a ainda mais.
- Obrigada de verdade.
- Vamos tomar um café?
- Vamos! – Ela respondeu sorrindo.
Como era bom vê-la sorrir outra vez, porque ela era linda e ficava ainda mais encantadora sorrindo, era como se o mundo voltasse a fazer sentido e se tornasse um lugar melhor.
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Universo Particular-Limantha.
RomanceSeria ficção ou realidade? E se fosse um pouco dos dois? Assim, tudo junto e misturado como as cores do arco-íris... Universo Particular é assim, uma fanfic que mistura dois universos... Uma história que fala de amor, que mescla o casal Limantha e...