A vida de uma Dj fora de serie

Eu sei...

Porteiro: atrasada._ fala em quanto eu estou correndo feito louca para chegar no meu trabalho.

Bela: eu sei._ falo e eu dou de cara com um bilhete na porta do elevador escrito "vá de escadas, o elevador está quebrado"_ qualé!_ grito frustrada e o porteiro ri da minha cara. O encaro com o meu olhar tipo "vá a merda"

Corro para as escadas e eu subo loucamente até chegar lá, pra que academia, não é mesmo?

Quando eu finalmente cheguei na minha cabine, com a falta dos meus pulmões já que eu deixei em algum dos andares, eu já aperto os botões e coloco o meu fone deixando a minha mochila de lado.

Com a porta trancada, Isabela Petrova desaparece deixando em seu lugar com a BJ-A no controle de tudo.

DJ-A: fala ae meu povo. Se eu estiver com a respiração ofegante, e eu sei que eu estou, mas o elevador parou e eu, a arrecadada aqui, teve que sair correndo. Mas me falem, como estão? E olha, eu dei uma bela olhada e vocês estão arrasando com a #. Mas eu já sabia que isso iria acontecer, afinal, vocês são de mais.

Fiquei conversando por um tempinho, até o meu chefe querer falar comigo, então eu coloquei 3 musicas seguidas, e fui ver o que ele quero comigo.

Assim que eu entrei em seu escritório me deparei com um garoto que eu conheço bem, Ben estava sentado numa cadeira, senhor P me fez sentar ao seu lado.

Sr. P: Bela preciso que você durma esse fim de semana lá na minha casa para ficar de olho no irresponsável do meu filha, claro, isso se você não tiver nenhum compromisso._ "baba de novo?"

Thomas: eu não preciso de baba, eu sei me cuidar, e outra, eu sou mais velho que ela!_ fala com cara amarrada e braços cruzados.

Sr. P.: sério? Por que até onde eu me lembro, você, que deveria estar na cama repousando, saiu para ir encher a cara!_ é acho que o Sr. P. nao vai se esquecer disso tão cedo....

Thomas: eu tenho os meus motivos!

Sr. P.: ah é? Quais?

Bela: por favor...

Thomas: não se mete Isabela!_ "ele roubou para mim? É ele rosnou."_ mesmo que a gente tenha o mesmo sangue, eu não sou seu filho. Eu deixei de ser quando você preferiu sair por aí em vez de cuidar de mi. E pelo visto isso não mudou muita coisa, já que você continua contratando pessoas para ficar de olho em mim!_ ele se levanta e sai da sala.

Sr. P.: Bela... me desculpe pelo comportamento do Thomas...

Bela: está tudo bem, eu fico de olho nele para o senhor. Sem problemas._ falo me levantando._ ah, isso é passageiro, sei que ele vai voltar a ser o Velho Thomas!_ falo confiante e ele me entrega um breve sorriso. Acho que eu não minto tão bem quanto eu achava...

Saio da sala voltando para o meu lugar. Fico fazendo as minhas coisas até dar o meu horário. Volto para casa, e como sempre, ela está totalmente vazia. Tranco a porta e vou para o meu quarto, e devido fazer uma coisa que eu acho que não deveria fazer.

<ligação on:>

Thomas: o que você quer?!

Bela: pode vir aqui na minha casa?_ pergunto ignorando totalmente a sua grosseria.

Thomas: pra que?

Bela: vem para cá!

<ligação off:>

Assim que desligo na cara dele, jogo o meu celular na cama, e logo em seguida eu me jogo. Desde de quando eu virei baba?

Thomas narrando:

"Não acredito que ela desligou bem na minha cara."

Guardo o meu celular no bolso da minha calça, e jogo no chão e piso em cima do cigarro que eu estava tragando. Me levanto do parapeito do prédio e vou para o meu carro.

"Espero mesmo que ela tenha um bom motivo para me fazer ir até lá."

Bato uma... duas... e estava prestes a bater a terceira vez na porta quando ela finalmente abre. Me dando passagem eu entro na casa.

Thomas: e então? Por que eu estou aqui?_ pergunto ranzinza.

Bela: olha, se você quiser, pode continuar me trancando assim. Eu não me importo. Sei que está com raiva, então vai. Desconta logo toda essa sua raiva._ fala cruzando os braços. Franzo o cenho._ Vai! Eu aguento!

Ando até ela, ficando bem pertinho dela. Eu a seguro pelos braços, fazendo com que ela fique com a respiração mais pesada. E olhando bem no fundo dos seus olhos, posso ver medo. Medo que eu a machuque.

Thomas: você quer que eu desconte toda a minha raiva em você?_ ela não responde. Ela está totalmente apavorada._ RESPONDE!

Bela: sim!_ fala com a voz trêmula.

Thomas: por que? Por que você quer isso? Por que eu deveria fazer isso?!

Bela: sei como é não ter a atenção dos pais. Os meus estão 24horas do dia dentro daquele hospital. Acho que eu posso te ajudar.

Thomas: não, você não pode me ajudar. Acho uma gracinha a sua tentativa,_ eu a solto e me afasto, indo para a porta._ acho mesmo, mas_ eu me viro para encara-lá._ se eu descontar a minha raiva em você, eu sou capaz de te destruir. Acho que você não merece isso.

Isabela caminha até mim, e faz algo que eu nunca achei que faria. Ela me abraça.

Um abraço sincero.

E eu me sinto seguro ali em seus braços. O que é inacreditável já que fico super desconfortável nesses momento.

Bela: pode me quebrar, isso vai te fazer bem._ e bem nesse momento, com essas palavras, eu desabo. Eu a abraço de volta e começo a chorar na curva do seu pescoço.

Thomas: eu quero o meu pai de volta._ falo chorando.

Bela: eu sei...