Para a DJ-A

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Thomas: eu já vou pedir para o meu pai.

Roxy: foi a minha amiga que deu a ideia.

Tony: mas você não colaborou em absolutamente em nada tampinha._ seguro a mão da Roxy para que ela não manchasse o meu piso com sangue.

Isabela: ok! Eu posso escrever e aproveitar e entregar para o Senhor Parker, o Thomas pede para o pai dele ajudar a gente. Mas, eu posso até escrever mas vocês dois,_ olho para o Tony e para a Roxy._ vão escrever o que vocês sempre quiseram dizer mas ninguém escutou. Para falar a verdade todos nós vamos. E agora, mãos à obra.

[...]

Carta da Roxy:

" Olha, eu quero ser ouvida. Não sou uma pentelha que corre e grita pela casa derrubando as coisas, então me diz, por que ninguém me escuta?

Tenho 17 ano, sério que eu vou ter que esperar mais um ano só para que comecem a me escutar? Isso é ridículo. Mas você fez a diferença, você faz a diferença. Todo mundo te escuta, você tem voz. E não importa quem você é por trás do microfone, você sempre vai ser a voz dos adolescentes!

Por favor não ouse mudar, com um carinho bruto, Roxy Darling."

Carta do Tony:

"Fala ae DJ-A,

Tenho 17 anos, e meu professor mandou e está nos obrigando a fazer um trabalho para que as pessoas, o mundo ao nosso redor me escute. Achei isso uma puta de uma babaquice, mas agora, aqui escrevendo e com a possibilidade de que a maior DJ de todos os tempos leia isso, me anima.

Você é a voz dessa enorme população adolescente. Somos estranhos, mas apenas queremos ser ouvidos. Se os adultos começa-se a nos escutar tudo seria diferente, tá ligada?

Bom, nunca é de jeito nenhum, mude quem você é,por que foi isso que você nos insinuou.

De Antônio Santos."

Carta do Thomas:

"Meu nome é Thomas Parker, sou filho do dono de onde você trabalha.

Estou te escrevendo essa carta por que é um trabalho. Acho tão chato esse lance de carta, por que estamos no século 21. Existe internet para isso. Mas mesmo assim eu estou escrevendo não é mesmo?

Mas o que eu estou querendo dizer é... fazemos coisas que não gostamos, isso faz parte, sei disso. Mas temos que fazer, por que se a gente sempre fizesse o que a gente gosta, o mundo ia ser bizarro.

Os adultos colocam pressão em cima da gente, sei que você entende isso, afinal, tem meio mundo colocando pressão em cima de você para que a sua identidade seja revelada. Mas você tem a opção, a opção de não fazer isso, e de mandar todo mundo se ferrar. Você não é obrigada a porra nenhuma.

Seja você mesma, não importa se você é a DJ-A, ou se você é uma menina qualquer de 17 anos com cabelos pretos e lisos banais, ou com uma pele branca meio rodada, não importa. Seja lá quem você for, sempre terá a gente do seu lado.

-Thomas Parker."

Carta da Isabela:

" oi,

Meu nome é Isabela, tenho 17 anos.

E, bom, você me ajudou muito. Muito mesmo. Você me ajudou a me comunicar melhor, e me sentir menos presa.

Obrigada, por tudo.

Eu só tenho a te agradecer, por que toda vez que eu estou precisando de alguém, eu sempre ligo o Rádio e já começo a te ouvir. Cada vez que você vai ao ar, meu coração acelera, por que sei que tem alguém, do outro lado da linha, que está disposto a nos ouvir.

-Isabela Petrova"

Isabela: então? O que eu devo fazer com isso chefe?_ pergunto ao terminar de ler. E então percebo que ele está a me encarar sorrindo.

Sr. Parker: elas são suas. Eles enviaram para você Bela. Então, faça o que você quiser.

Isabela: posso lê-las...

Sr. Parker: faça o que você goste Bela! Você não é aquela garota de dois anos atrás que estava se descobrindo com o microfone, agora, agora você é a DJ-A. Você é a DJ que todos estão ouvindo. Eles te ouvem Bela, não mude isso. E não me peça perdição, posso até ser o dono daqui mas, mas é que manda em aqui tudo._ sorrio, mas o medo cresce cada vez mais. Todos estão com a expectativas para mim, e isso me deixa com medo, medo de não as alcançar._ agora, agora faça o que faz de melhor. Seja a DJ-A!

[...]

Suspiro um pouco nervosa, com as quatro cartas em cima de todos os meus aparelho, mesmo nervosa, eu sorrio.

Eu sou a inspiração deles. Sou eu quem represento eles, então o mínimo que eu posso fazer, é dar o melhor de mim para que eles se orgulhem de quem eu sou. Por que, mesmo com medo, eu tenho orgulho de mim.

Aperto o botão que me coloca no ar, já com o fone posto em seu devido lugar, e o microfone também, eu me transformo.

DJ-A: fala ae rapaziada, aqui é a DJ-A e está começando mais um começo de tarde. E quero contar um coisa maravilhosa que aconteceu hoje comigo, acabei de receber do meu chefe, Sr. Pkr, quatro cartas. Gente, cartas! Eu já recebi e-mails, DM's, mensagem no Twitter, no Insta e em tudo que é lugar. Mas carta? Nunca. E isso é muito legal! Gente eu amo ler as coisas que vocês falam de mim, mas assim, com a letrinhas de vocês, é outro nível. Mas o mais importe dessas cartas é, em todas elas, estão falando que eu, uma mera DJ, sou a voz de vocês, e cara... eu fico sem palavras. Por que eu também sou uma adolescente que não têm voz, mas eu cansei disso é corro atrás, e eles fizeram a mesma coisa, só que de jeito diferentes. E a minha proposta dessa semana é: eu quero que vocês façam alguma coisa para chamar a minha atenção, e me marquem, com a #DJ-A.naarea . Vou estar esperando...

A vida de uma Dj fora de serieOnde histórias criam vida. Descubra agora