Painful Lies - 2ª Temporada [CONCLUÍDO]

Após o Baile - END

 — Vê se não exagera na bebida, viu, Danny? — Harry disse ao dar um tapinha nas costas de Derek que, naquele momento, percebeu que ser chamado de Danny é bem pior do que ser chamado pelo seu sobrenome. Fora o fato de ter sentido como se seu sangue tivesse fervido por um segundo. Queria controlar a raiva que sentia de Harry, mas não conseguia. — Não quero ter de segurar seu cabelo pra você vomitar. — Em resposta, Daniel apenas forçou um sorriso.

  Demorou menos de uma hora para que grande parte das pessoas do baile ficasse completamente bêbada. Risos escandalosos, gritos alegres e conversas sem sentido preenchiam o salão junto à música que muitos dançavam de forma animada e até mesmo desengonçada. Kate Blake já não estava mais dando conta de ter de separar tantas mãos bobas e trocas de saliva, visto que estavam acontecendo muitas vezes e ao mesmo tempo. Para poder se livrar da detenção por ter quase socado o rosto de Adam Husky na aula de biologia, teve de aceitar trabalhar no baile. Pensou que até poderia ser divertido ter a autoridade sobre alguns jovens, mas agora estava extremamente trabalhoso conseguir parar todos eles.

  Entrou no banheiro feminino e deu um gole em sua garrafinha d’água. Ouviu um barulho suspeito que lhe fez estreitar os olhos e em seguida lançá-los para uma das cabines trancadas. Marchou até esta e, com um chute, conseguiu abri-la, fazendo com que um grito em conjunto saísse da boca do garoto sentado na privada e da garota em seu colo.

— E aí, Blake? Quer se juntar? — indagou Bernarde Husky, o garoto sentado na privada.

Quando não é um merdinha, é o outro, pensou Blake.

— Fora daqui! — e com um movimento fez com que parte da água de sua garrafinha voasse contra os dois jovens cujos se levantaram no mesmo momento, ajeitando suas roupas. A garota não parava de dizer o quanto Kate era louca. — É? Me encontra depois que a droga desse baile acabar que você vai ver a louca! Vai, fora daqui, os dois!

— Não fique com ciúmes, se quiser eu posso até fazer com que você vire hetero.

— Um: eu não sou gay. Dois: não se vira hetero ou gay. Três: se eu te pegasse, além de possivelmente contrair uma DST, com certeza me decepcionaria tanto que pegaria trauma de pênis por toda a minha vida. E quatro: se não sair da minha frente agora, eu vou enfiar essa garrafa no seu rabo, portanto, fora. daqui! Ou quer outra surra?!

  Husky apenas riu anasalado e saiu da cabine junto à garota.

Por que não tirar da reta antes que dê merda para a gente? Seria isso que passou na cabeça de Thomas e Derek quando arrastaram Harry para fora do baile junto da “companheira” a qual ele insistiu em levar junto?

  Após a festa mudar completamente de uma hora para a outra, os garotos foram embora. E agora se encontravam no carro de Derek, estando Thomas no banco do carona e Harry no banco de trás junto à garota que resolveu trazer consigo depois de trocar alguns beijos com ela no baile.

  E lá estavam eles se lambendo novamente.

— Se você sujar o meu carro, eu juro que faço você limpar com a sua própria língua — disse Derek enquanto os olhava pelo espelho retrovisor interno. Em seguida destravou o freio de mão e ligou o carro. Becker nem mesmo deu atenção às palavras de seu amigo, apenas continuou o que estava fazendo.

  Conforme os pneus iam rolando pela estrada, os barulhos no banco de trás ficavam cada vez mais insuportáveis de se ouvir. Ramírez chegava até a bufar e revirar os olhos algumas vezes.

— Harry — Derek chamou ao estacionar o carro em uma lanchonete próxima dali. — Harry, vaza. — Sem resposta. — Harry... Harry... Harry... HARRY!