Dylan O’Brien como Victor Reincke
*****************************“Culpe seu irmão, mocinha. A culpa é dele de você estar aqui” aquele homem dizia em meio aos soluços de Claire. “Se você morrer, a culpa é dele” Foi a última coisa que ouviu antes de tudo começar a ficar escuro. E após isso, ela não ouviu mais nada…
Segunda-Feira, 10 de Novembro de 2014
Seus olhos se abriram, deparando-se com o teto branco acima de si. A iluminação daquele cômodo era fraca, pois se dava pelos raios solares que passavam entre as persianas da janela.
A primeira coisa que se perguntou foi onde estava. E quando as últimas lembranças invadiram sua mente, ela rapidamente se sentou, deixando um arfar escapar entre os lábios. Tateou o rosto, deslizando o dedo sobre o fino tubo de seu catéter nasal, olhou para seu braço onde um outro fino tubo estava preso e logo olhou em volta, finalmente percebendo que estava em um hospital. Ao parar os olhos no sofá marrom que ficava abaixo da extensa janela coberta por persianas brancas, viu seu pai deitado lá, de lado, encolhido, dormindo com o rosto apoiado nas mãos e com algumas madeixas loiras caídas pelo rosto.
— Pai? — chamou em baixo tom. — Pai! — Aumentou, fazendo-o acordar e se sentar no mesmo momento pelo susto.
— Claire... — ele disse com um sorriso nos lábios e foi até ela, abraçando-a. — Você acordou, finalmente… Obrigado, meu Deus…
— Finalmente? — franziu o cenho. — Há quanto tempo estou desacordada?
— Eu estava morrendo de preocupação… Oh, Jesus… Minha filha...
— Há quanto tempo eu estou aqui?
— Uns oito dias, eu acho... — a afastou. — Seu irmão é um merda. Ainda bem que está preso agora, até que enfim.
— Nate está preso? — perguntou, refletindo sobre as últimas frases que havia ouvido antes de apagar. — Mas… mas como assim? O que aconteceu?
Uma batida na porta tomou a atenção de ambos. Logo, uma enfermeira já de idade, baixinha, meio gorducha e que apresentava uma grande verruga no canto superior do lábio entrou no recinto, puxando um carrinho de metal que continha alguns utensílios de hospital. Ao se virar, ela se surpreendeu ao ver que sua paciente havia acordado.
— Srta.Blake, que bom que acordou — disse com a voz meio rouca e se aproximou. Ela tinha um andar diferente, parecia que estava sempre mancando. — Como está se sentindo?
***
Durante a semana que passou, as noites foram difíceis para Derek dormir, e essa não foi diferente. Tivera muitos pesadelos depois do que fizera para resgatar Claire, até chegara a sonhar com sua mãe o repreendendo pelo que fez. Não havia sido a primeira vez, em Chicago também chegou a ter esse sonho com ela, acreditava que da onde ela estava, ela não sentia nem um pingo de orgulho dele. E era compreensível de fato.
O fato de ter matado aquelas pessoas com suas próprias mãos martelava em sua cabeça o tempo todo e ele estava começando a se arrepender, embora não tivesse escolha. Foi o que conseguiu fazer para salvar sua amiga.
Estava deitado, encarando o teto, sem ter a mínima ideia de que horas eram. Mas quando o relógio despertador apitou sobre o criado-mudo ao seu lado, ele deu um tapa no botão do mesmo para desligá-lo. Agora sabia que iria ter de levantar para se arrumar para mais um dia de escola.
Um pequeno pé lhe atingiu a face de forma devagar e ele o agarrou no mesmo momento, começando a fazer cócegas em sua sola. Leslie riu, encolheu a perna e se sentou na cama. Já havia virado rotina passar os dias na casa de seu irmão e até mesmo dormir lá e Derek estava amando aquilo. Finalmente tinha sua irmãzinha de volta…
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Painful Lies - 2ª Temporada [CONCLUÍDO]
Ficção AdolescenteÉ necessário ter lido a 1ª Temporada para entender a 2ª. A série "Painful Secrets" volta, dessa vez muito mais misteriosa e dramática. Além do último ocorrido com Heather, novos - e velhos - problemas surgem para abalar a vida de nossos protagonista...