Estavamos indo em direção ao hospital,eu estava chorando e Scott também, algo raro já que ele não faz isso com frequência.Haviamos ligado para meu pai que iria pegar o próximo voo, pela sua sua voz no telefone ele tinha ficado apavorado, e tinha começado a chorar.
Paramos em frente ao hospital e tinhha algumas ambulâncias saindo de lá,sem pacientes aparentemente. Saimos correndo do carro, e subitamente senti uma fraqueza e tive que me sentar um pouco.
-Você está bem?- Scott perguntou preocupado.
-Estou, vai logo!- vi ele voltar a correr entre as paredes brancas.
Eu estava apavorada, parecia que tudo estava acontecendo novamente, a tristeza, o medo e angústia me rondavam. Quando perdi minha mãe tive o mesmo sentimento, mas o medo foi por um motivo diferente, quando a perdi não sabia se ia conseguir me cuidar já com Becca o medo era dela morrer e eu não poder fazer nada como não pude com minha mãe.
Finalmente consegui me levantar e começei a andar pelos corredores sem rumo, minha vista estava embaçada e toda hora algum médico ou enfermeiro passava correndo me empurrando. Estava andando ainda quando ouvi um grito que me fez ser empurrada por mais enfermeiros e mudar meu curso para aquela sala.
-PRECISAMOS DE MAIS GENTE, CÓDIGO 064!- o médico gritava- TRAGAM O APARELHO DE CHOQUE.
Quando cheguei em frente a sala, paralisei, era Becca, com um monte de pessoas em volta,toda ensanguentada, blusa ragada e ligada a um monte de aparelhos. Não sabia como reagir, mas mesmo assim as lágrimas desciam ao ver minha tia, a única mulher na família que havia sobrado morrendo na minha frente.
Ela estava levando choques de reanimação, pelo que eu ouvia ela tinha dado um infarte agudo do miocárdio e não estava voltando. Eu estava desabando em lágrimas mas mesmo assim continuava parada na porta vendo e ouvindo tudo aquilo e todas as minhas lembranças com ela voltaram a tona. Quando ela me deu uma boneca, eu tinha meus 8 anos e ela dizia que essa boneca era especial, que quando eu estivesse triste eu podia abraçar ela e tudo ia ficar bem, e realmente aquela boneca me ajudou muito. Quando ela me buscou a noite escondido da minha mãe para irmos no parque de diversões e tomar sorvete aos meus 12 anos. Quando ela me dava todos aqueles conselhos sobre relacionamentos, festas e trapacear na escola quando preciso. Quando ela dormiu abraçada comigo no dia que minha mãe faleceu e falou que tudo iria ficar bem porque ela estaria lá.
-Senhor Kim, já faz uma hora!- a enfermeira tentava parar o médico que insistia a reanimação na minha tia.
-Só mais uma vez!- ele isistiu e enfermeira se afastou- 400 w, 3,2,1 afastem-se!-
Ele deu um último choque e ficou sem correspondência.
-Hora da morte 00:37- um enfermeiro falou me fazendo finalmente ter uma reação.
Gritei caindo de joelhos no chão, não podia estar acontecendo aquilo,não,não não! Eu levei minhas mãos no rosto trampando as lágrimas, que eram acompanhadas por gritos de dor e tristeza.
-Hailee...- Scott falou chorando e agachou abraçando.
Ficamos uns minutos assim até que o médico saiu da sala,e veio falar com nós.
-Eu sinto muito, fiz tudo que pode...fiquei uma hora incessante tentando a reanimar, mas falhei.Me desculpem mesmo, ela será levada para o necrotério e assim que o responsável de vocês chegarem poderam levá-la para o cemitério.- ele disse e se retirou.
Já tinha nos levantado e resolvemos ir para a sala de espera, para ver se meu pai tinha chegado. Após uns dez minutos vi o homem alto de cabelos pretos entrando chorando, ele olhou para nós que estavamos abraçados chorando e veio correndo nós abraçar.
-Cadê ela?- ele falou olhando para Scott, com os olhos vermelhos.
-Pai- ele deu uma pausa por causa do choro intenso- ela está mor..morta...- els chorou mais.
Meu pai na hora começou a balançar a cabeça negativamente, ele não estava acreditando que tinha perdido sua melhor amiga, praticamente sua irmã e eu sei que isso era demais para ele então resolvi me pronunciar.
-Pai, se você quiser peço para a os pais de Hannah tomar conta dessas coisas...- ele negou com a cabeça- Você vai cuidar disso?-
- Vou...- soltou um suspiro- deixe me ver ela!- segurei a sua mão e o puxei até o necrotério, bati na porta uma vez e uma mulher loira atendeu.
-Posso ajudar?-
- Queremos ver Rebecca Stock...- disse limpando algumas lágrimas.
-Ah, sinto muito. Podem entar!- ela deu espaço e depois que entramos fechamos a porta- Ela está aqui.-
Ela levantou um pano azul em cima de uma maca e tia Becca estava lá eu voltei a chorar e meu pai também,segurou sua mão e olhou para a moça.
-Posso ficar a sos com ela?- disse se referindo-se ao cadáver de Becca.
-Claro, vou ali- disse apontando para uma salinha.
Eu sai de perto também indo para uma cortina que tinha lá, e ficando lá trás. Ele começou a falar desculpas e agradeceu por tudo que ela fez por ele principalmente ter apresentando a irmã dela para ele, que no caso era minha mãe. A conversa toda me emocionou e me fez chorar mais e mais.
-Pronto, vamos!- ele disse chegando ao lado da cortina.
Segui ele até a sala de espera novamente, e ele faloy um simples "vai para casa descascar" e foi falar com uma das recepcionistas.
Fomos para casa em completo silêncio, fui tomar um banho rápido para ir dormir, mas antes de deitar peguei a boneca que estava guardada na última gaveta e fui deitar abraçada com o brinquedo e depois de chorar bastante cai no sono.
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I'm Not Bad Girl (*Revisando*)
FanfictionHailee,e uma garota decedida de si,que possui varios talentos,que após a morte de sua mãe,seus sonhos foram ficando para trás. Mudou de cidade e vive com seu pai e seu irmão,ela acha que se apaixonar e algo estúpido, mais sua vida muda quando os...