Capítulo 2

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William socou a mesa em sua frente com força.
— Vagabunda — sibilou furioso. — Quem ela pensa que é pra falar assim de mim?!
— Se acalma, cara — Ernesto pediu, engolindo seco.
— Me acalmar?! — William gritou para o amigo, dando outro soco na mesa. — Me acalmar?! Eu vou acabar com essa desgraçada!
— Não esquece que você ainda é um policial e se encostar em uma mulher sua carreia acaba.
— Foda-se! — berrou. — Ela não tem o direito de me difamar assim! Ela é só uma jornalistazinha investigativa de merda e retardada querendo ibope!
— William, olha...
— Eu vou falar com ela — William cortou o amigo que tentava falar. — Eu vou lá. Não quero saber o que vai acontecer, mas eu vou tirar satisfações com ela. Ela vai retirar cada palavra, ponto e vírgula do que disse de mim. E vai ser agora.
— Calma! — Ernesto segurou o braço do amigo, que se soltou no mesmo momento saindo da sala sem dar tempo a Ernesto para fazer algo.


William abriu a porta da redação com uma cara de poucos amigos, atraindo olhares e sussurros confusos.
— Você não pode entrar aí, Bonner — disse uma loura bem arrumada tentando segurar seu braço.
— Foda-se — ele disse, bem devegar, fazendo-a engolir seco. — Eu vou falar com essa jornalistazinha de merda que, provavelmente, é sua chefe e você não vai fazer nada. Estamos entendidos?
— Olha, eu...
— Ótimo — ele a interrompeu e deu passos largos até a grande porta.
— Está tendo uma reunião importante aí, Bonner! Eu... — a mulher parou de falar e fechou os olhos, respirando fundo.
Era tarde.
Ele já abrira a porta.
William mordeu fortemente o lábio inferior ao adentrar a sala cheia de jornalistas retardados — segundo ele — e observou atentamente toda a sala a procura da tal jornalista que escrevera sobre ele; não se lembrava bem de seu rosto, por isso tinha que observar muito bem, porém decidiu ir pelo jeito mais rápido e prático: gritar.
— Quem é Fátima Bernardes? — Perguntou e ouviu uma risada ecoar no lugar antes silencioso pelo susto que ele mesmo causara.
Seus olhos seguiram até onde o som vinha.
— Já esqueceu do meu rosto, Bonner? — ela perguntou dando um sorriso sapeca.
— Não importa — ele revirou os olhos. — Não faço questão de gravar a sua maldita cara. Só quero que venha comigo. Temos muito o que conversar.
— Estou em uma reunião importante, se não reparou — ela riu novamente e gesticulou.
— Reparei — ele caminhou até onde ela estava. — Mas a pergunta que não quer calar é: desde quando eu me importo com isso? — ele deu um sorriso debochado para ela, que engoliu seco. — Você difamou um policial, bonitinha. Você vem comigo quer você queira ou não — ele finalizou e todos ali continuavam a assistir o "show" em silêncio.
— Não difamei ninguém — ela respondeu com a voz falha. — Só disse a verdade.
— Verdade droga nenhuma! — Ele bateu na mesa com força, fazendo-a dar um pulo na cadeira e as outras pessoas arregalaram os olhos. — Dá pra vir comigo ou vai querer conversar com público? — ele perguntou e ela não respondeu. — Ah, eu adoro platéia.
— Vá, Fátima — o homem alto que parecia o chefe dali, disse.
Fátima revirou os olhos. Sentia raiva de William. Sentia vontade de socá-lo.
— Desculpa — ela murmurou se levantando e saindo com William, que tinha um sorriso vitorioso nos lábios.
Ele sempre conseguia o que queria. Afinal, ele é William Bonner! Está para nascer alguém que possa pará-lo enquanto ele não faz o que quer.
Caminharam, lado a lado, em silêncio com olhares curiosos sobre eles. Ignoraram todos e continuaram a caminhar em direção a sala de Fátima.
Fátima abriu a porta e William passou parecendo um furacão, ela suspirou. Estava quase se arrependendo de ter escrito sobre William Bonner. Só quase.
Mordeu o lábio e fechou a porta atrás de si, ficando de frente para o homem estressado.
— Então... — ela começou e ele continuou encarando-a. — Me chamou aqui só pra ficar olhando minha cara ou o que?
— É que eu estou com vontade de dar na sua cara e te xingar de todos os palavrões existentes e inexistentes. Mas eu tô tentando me lembrar de segundo em segundo que você ainda é uma mulher — ele encarou seus olhos. — Uma mulher não muito digna, mas ainda assim uma mulher — ele finalizou e ela engoliu seco.
— Quem você pensa que é pra me ofender assim? — Ela perguntou dando um passo a frente.
— William Bonner — ele respondeu simplesmente. — E você, quem pensa que é para escrever todas aquelas coisas sobre mim sem nem ao menos me conhecer?
Ela abaixou a cabeça em silêncio.
— Olha, William...
— Cala a boca — ele a interrompeu sem medo de soar grosseiro. — Você tem noção do que você causou ou vai causar? — ele fechou os olhos e respirou fundo. — Você tem ideia do que você falou, garota? Você pode acabar com a minha carreira se resolvem acreditar no que você disse.
— Mas eu disse a verdade — ela rebateu.
— A verdade? — ele se aproximou. — Aquilo é a verdade para você?
— É — respondeu baixo.
— "Owen Mangor fora assassinada. Será que nosso querido William Bonner conseguirá prender os responsáveis por isso? Eu não levaria tanta fé já que ele tem falhado tanto. Mesmo com a equipe ótima que tem – Emma Cobain, Ernesto Paglia, David Raymond (filho do chefe dos chefes, Charlie Raymond!) entre outros ótimos policiais – ele tem falhado como nunca" — William afinou a voz e Fátima revirou os olhos. — "Não sei se ele conseguirá isso. Do jeito que William se encrontra, ele realmente não conseguirá! Oras, ele vive com um cigarro enfiado entre os lábios e a garrafa de bebida nas mãos. Acham mesmo que ele irá pegar esse tal assassino?" — ele fez outra pausa e a encarou.

Silêncio.
Era isso o que havia naquela sala.
William ainda encarava Fátima, que estava quieta olhando para o chão. Ela não pensara no que fazer quando William viesse tirar satisfações. Ela nem sequer imaginou que ele viria tão rápido.
Ela suspirou e o encarou.
— Você é só uma jornalista investigativa de merda — ele murmurou bem próximo à ela. — Você só quer causar polêmica. Fica na sua e esquece que eu existo, jornalista — ele deu uma risada fria e ela se arrepirou, por medo, talvez. — É melhor pra você — ele finalizou virando-se de costas para a mulher, que ainda vasculhava sua mente à procura de alguma coisa para rebater.
Ela escrevera aquilo, realmente. Mas não com aquelas palavras duras.
— Eu não escrevi tudo desta forma, William — ela disse quando ele já estava na porta.
Uma risada alta e fria ecoou pela sala.
— Oh, não? — ele se virou para ela, fazendo uma carinha de bebê. — Jura?
— É sério — ela disse indo para perto do computador. — Olhe, eu... — ela parou de falar ao olhar o monitor e William parou em seu lado. — A matéria sumiu — ela murmurou. — Mas sério, eu não escrevi com exatamente essas palavras que você disse e...
— Tá, tanto faz — ele disse rude. — Não me importo com sua opinião. Quero que você se dane. E não quero que fale mais sobre mim. A partir de agora você está proibida de citar meu nome em qualquer matéria sua. Não é de hoje que você me traz problemas — ele disse e ela abriu a boca para falar, porém William não deixou. — Não quero ouvir, dane-se o que você escreveu ou deixou de escrever. Eu já falei o que tinha para falar.
— Espera! — ela pediu enquanto andava rápido atrás do rapaz que saíra da sala feito um furacão. — Droga, Bonner! — ela gritou entre os dentes e andou mais rápido, quase caindo por conta do salto.
— O que você quer? — ele se virou bruscamente e a encarou. Seu rosto estava vermelho de raiva, ele só queria sair dali para não fazer uma besteira.
— Dá pra parar de palhaçada e voltar pra aquela merda de sala? — Ela perguntou e ele passou a mão pelos cabelos.
— Não — respondeu seco e voltou a andar.
Fátima respirou fundo.
— Então se fode, Bonner! — Ela gritou, atraindo mais olhares assustados.
William parou de andar e se virou em sua direção, seus olhos pareciam que iriam matá-la da forma mais lenta e dolorosa. Seus olhos tinham ódio.
— O que você disse? — Ele perguntou se aproximando rapidamente e ela engoliu seco.
— Só quero que volte para aquela sala para conversarmos como dois adultos — ela respondeu.
— Não foi isso o que eu perguntei. O que, exatamente, você disse há segundos atrás? — Ele se aproximou mais, estreitando os olhos.
O corpo de Fátima tremia. Tremia de medo. Ela sabia do que Bonner era capaz quando alguma mulherzinha o perturbava.
— William, dá pra você...
— Repete, porra! — Ele gritou com fúria, fazendo os outros funcionários pararem para observar melhor a cena.
— Se fode, Bonner — ela respondeu num fio de voz.
— Isso é desacato a autoridade, bonitinha — ele murmurou e ela arregalou os olhos, o fazendo rir.
— Deixa de ser idiota e volte pra aquela merda de sala — ela disse mais calma.
— Não estou a fim — ele deu de ombros. — E eu posso te prender neste exato momento, sabia?
— Cala a boca — ela rebateu.
— Me manda calar a boca mais uma vez e você vai parar na cadeia — ele disse e ela abriu a boca para falar. — E eu acho bom você não me desfiar.
— Olha...
— E agora — ele a interrompeu, falando mais alto —, eu vou sair por aquela porta e você vai ficar exatamente aqui — ele dissse como se explicasse algo a uma criança de oito anos. — E, você, como é muito obediente, vai me deixar em paz e nunca mais escrever sobre mim, nem vai mais mandar eu me foder e nem vai me chamar de novo quando eu estiver perto da saída. Estamos entendidos? — ele a olhou e pôde ver suas mãos fechadas com raiva, deu um sorriso antipático para ela e finalizou: — Assim que eu gosto — ele piscou um dos olhos e saiu da redação, deixando uma Fátima Bernardes extremamente estressada parada no meio do corredor da redação.


Fátima se trancou em sua sala e engoliu o grito de raiva que queria sair de sua garganta.
William a irritava de verdade quando queria. Não se viam muito pessoalmente, mas sempre que tinham essa chance, dava em alguma briga. Tudo bem, ela passara dos limites desta vez. Mas ele também passara. Ele, praticamente, a humilhou em seu local de trabalho.
Respirou fundo pela milésima vez naquele minuto e virou-se para seu computador. Ainda queria saber o que acontecera com sua matéria verdadeira sobre William. Ela não o havia difamado tanto assim, para falar a verdade, o que ela realmente escrevera não pode ser chamado de difamação. Ela, como sempre, dera sua opinião sobre William e sua equipe e comentou o assassinato de Mangor. Nada demais.
Bateu a mão na mesa de leve e se levantou, iria falar com seu revisor. Ele quem ficava responsável por suas matérias. E ela nunca parava para lê-las quando eram publicadas. Confiava em seus "empregados".
Caminhou até a sala de seu revisor e deu três batidas.
Nada.
Mais três.
Nada.
Respirou fundo e caminhou para o outro lado, em direção a recepção.
— Claire? — ela chamou a mulher loura, a mesma que tentara parar William, aliás.
— Sim, Fátima? — ela sorriu e tirou os óculos que usava para mexer no computador.
— Onde o Paul se enfiou? — perguntou, suspirando.
— Ele disse que tinha que ir em casa — a mulher coçou a nuca e deu de ombros. — E não sabia se voltava.
— Ok, obrigada — Fátima sorriu e caminhou de volta para sua sala.


Já era noite. Fátima decidira passar na casa de Paul, ele não voltara para a redação. E ela precisava saber o que realmente tinha acontecido com sua matéria. Não que ela se importasse com o que William pensava ou deixava de pensar, mas era sua carreia em risco. Não queria ficar conhecida como "a jornalista que difamou William Bonner". Queria que sua carreira continuasse a mesma, e, para isso, tinha que correr atrás para saber exatamente tudo o que aconteceu e mostrar à William toda a verdade. Não que ela quisesse vê-lo novamente, porque, pelo contrário, ela queria distância. Mas ainda assim precisava mostrar à ele que ela falava a verdade e ele era o idiota da história por não querer escutá-la.
Fátima passou por Claire e sorriu.
— Até amanhã — disse, ajeitando sua bolsa sobre o ombro e segurando as chaves do carro.
— Até amanhã, Fátima — a loura sorriu e voltou a atenção para o computador.
Fátima suspirou ao notar o quanto Claire tabalhava, ela, de fato, merecia um cargo maior e melhor. Por Fátima, Claire seria sua revisora. Confiava nela para coisas do trabalho. Mas Paul era mais conceituado, e na vida de jornalistas — ou pelo menos dentro daquela redação — ser conceituado, ter um bom nome, ser reconhecido, valia mais que qualquer bom trabalho feito ou capacidade. E por isso Paul estava trabalhando com ela. Puro conceito. Nome, apenas isso.
Fátima balançou a cabeça negativamente e atravessou o grande portão do estacionamento.
Apontou o pequeno aparelho de alarme em direção seu Porsche Cayman preto e se aproximou, abrindo a porta e entrando. Era um carro um tanto quanto luxoso e caro para uma mulher, mas Fátima não conseguia se controlar quando o assunto era carros. E ela ganhava muito bem para poupar dinheiro com as coisas que gostava.


Logo Fátima estava na rua a caminho da casa de Paul.
Oito ou dez minutos depois ela já estava estacionando o carro numa calçada qualquer.
Abriu a porta e saiu. Caminhou calmamente até o grande portão da casa de Paul.
Tocou a campainha e esperou. Observou sua volta e notou o portão da casa de Paul aberto, arqueou uma das sobancelhas e empurrou o portão calmamente.
Paul não ligaria... Né?
Deu de ombros e caminhou até a porta do rapaz, que também estava aberta. Fátima estava achando aquilo tudo muito estranho, mas era melhor entrar logo e ver o que estava acontecendo.
Passou pela sala e ela estava vazia.
— Paul? — Gritou Fátima, mordendo o lábio inferior em seguida. — Ei, Paul, está aí? — Gritou novamente. — Cara, você deixou tudo aberto... — ela parou um pouco esperando por uma resposta. Suspirou novamente e voltou a gritar: — Paul, seu retardado você... — ela parou de falar no exato momento que entrou na cozinha e encontrou uma poça de sangue em seus pés. Seus olhos se arregalaram no mesmo momento e um grito de horror escapou de seus lábios.
Fátima caminhou para trás, desesperada, e isso a fez tropeçar em seus próprios pés.
Caída no chão, continuou indo para trás, com medo.
O corpo de Paul estava estendido no chão, tinha um corte profundo no pescoço, mas parecia ter sido torturado antes de receber tal corte fatal.
Fátima levou a mão trêmula até a boca e deixou as lágrimas de medo rolarem por sua face livremente.
— Quem fez isso com você, Paul? — ela perguntou baixinho na esperança dele ouvir. A ficha não caía. Ele não podia estar morto em sua frente e com sangue por todo lado. Simplesmente não podia!
Ela fungou e tentou se levantar, ainda tonta. Secou as lágrimas com as costas das mãos e foi até o telefone.
Ligou para a polícia e esperou, encolhida num canto da sala, perto do sofá.
Ouviu barulhos de carro e se levantou rapidamente, correndo até a porta.
Logo vários homens entraram na casa e começaram a lhe fazer perguntas.
— Eu não sei — ela murmurava sem parar. — Eu cheguei e o encontrei assim. Eu...
— Deixem ela quieta, está em estado de choque — ela ouviu uma voz rouca falar e sentiu o cheiro de cigarro. Ela sabia quem era. Mas estava com preocupações demais na cabeça para se importar com William ali.
— Temos que interrogá-la, Bonner — um dos homens disse.
— Já está mais que óbvio que ela não é culpada e não sabe de nada — William revirou os olhos. — Deixe ela ao menos respirar. Ela acabou de encontrar seu revisor morto.
— E desde quando se importa? — o outro rebateu.
— Desde quando eu mando nessa porra — ele respondeu se aproximando do outro homem, que engoliu seco. — Ela vai poder ajudar. Mas não agora. Ela nem sequer vai conseguir dizer o nome completo se a perguntar. Então vão logo ver esse maldito corpo que eu e o Ernesto cuidamos dela.
— Mas... — o mesmo homem tentou rebater.
— Agora — William finalizou e puxou Fátima pelo braço, arrastanto-a para o lado de fora.
Fátima fungou novamente sem se importar com Bonner a puxando para o lado de fora.
— William! — Charlie gritou. — O que faz com ela aqui? Ela não deveria estar lá dentro e...
— Não — ele respondeu. — A mulher mal se aguenta em pé e vocês querem deixá-la perto do corpo? Levem-a para a delegacia, pelo menos. Lá sim vamos poder interrogá-la melhor.
Ernesto o encarou com um sorriso de canto. Era estranho William agir daquela forma.
— Por que está fazendo isso? — Fátima perguntou baixinho quando ficou apenas ela e William.
— Sei como é ver o corpo de alguém que a gente gosta — ele respondeu dando de ombros e acendendo outro cigarro. — Mas, se quiser voltar pra lá, a vontade.
Ela revirou os olhos e se sentou no chão mesmo, encostando-se no carro com as mãos na cabeça.
— Vai se ferrar, sério — ela disse encarando o nada.
— Certo, eu vou. Mas antes tenho que interrogar você, então colabore comigo. Não pedi para estar aqui — ele deu um trago no cigarro e sentou-se ao lado da moça, soltando a fumaça. — Quanto mais rápido formos, mais rápidos vamos embora. Sei que você não quer ver minha cara. Mas eu também não estou feliz em ver a sua.
— Eu já disse — ela levantou mais a voz, deixando as lágrimas caírem novamente. — Eu não sei de merda nenhuma. Eu cheguei aqui e estava tudo aberto, ele estava jogado no chão da cozinha naquele maldito estado. Eu só lembro de ter caído de costas no chão de tão horrorizada que estava e depois ter ligado para vocês. Eu... Caralho! — ela desabafou, deixando as lágrimas caírem com mais força.
William coçou a nuca sem saber o que fazer.
Abraçá-la seria ótimo.
Se ele não fosse ele.
— Tá certo... — ele suspirou. — Pode ir embora.
— Eu não vou embora. Tenho que ir pra maldita da delegacia pra falar tudo de novo, não é? — ela murmurou se levantando. — Provavelmente. Mas se você disser que não se sente muito bem, eles te liberam. Até porque eu já interroguei você e já sei do que precisamos — ele respondeu e se levantou, indo em direção à casa. Deixando, novamente, Fátima parada com cara de besta encarando o nada.

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