Capitulo 13

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A rainha parece surpresa ao me ver com este vestido...

Eu decido ir falar com o Colin, no corredor, algumas vozes estão gritando.


NURIA: Uma briga?


Antes que eu pudesse entender, sou pega de surpresa por um dos nobres com quem conversei antes.


NOBRE: Porque você está sozinha? Eu a acompanho.


Meu rosto cai e eu giro meus olhos.


NURIA: Não, obrigada, estou procurando o príncipe.


Em momentos assim, é melhor manter a calma, contrariá-lo só o deixará mais perigoso. Ele segura meu pulso com força e me puxa para ele.


NOBRE: O príncipe é um idiota, ele não merece a atenção de uma donzela.


Eu fico séria, não sei bem porquê, mas não gosto que as pessoas falem mal do Colin.


NURIA: Me solte, agora. Ele é muito melhor do que você, você é apenas um nobre bêbado, com uma vida vazia.

NOBRE: Sua..! Venha aqui!


Eu o empurro com força e sinto que alguém se aproxima, ele me segura ainda mais forte e meu antebraço começa a doer.

Ele passa a mão em meus cabelos e começas a descer...


NURIA: Não!


O homem ri alto, mas pára de repente e fica imóvel, então, ele dá um grito de dor e cai no chão. Minha respiração fica ofegante, estou confusa.

Eu me afasto um pouco e pressiono meu pulso machucado contra meu peito. Quando consigo focar a minha visão, vejo o homem mascarado.


NURIA: Você!


Ele não demonstra emoção e olha para mim, depois, ele caminha em minha direcção, meu corpo não reage.

O mascarado desliza os dedos pelo meu braço e chega até a minha mão, ele olha com atenção e massageia suavemente. Eu olho para ele...

Ele ainda não diz nada, muito misterioso... Ele se aproxima mais e acaba me abraçando, ele está tentando me consular.

Eu fecho meus olhos e respiro fundo, se ele não estivesse aqui, como isso terminaria?

Eu jogo meus braços em seu pescoço e o abraço mais forte, ele desliza a mão pela minha espinha.


NURIA: Obrigada... se você não tivesse aparecido, eu...


Ele se afasta um pouco e coloca um dedo em meus lábios, seu toque me acalma. Ele aproxima sua testa da minha, sinto minhas bochechas esquentando.

Seu gesto é carinhoso e protector, ele me diz tantas coisas, sem sequer abrir a boca. Consigo sorrir novamente...

Após esse momento único, ele me dá um bilhete dobrado e sai. Eu abro rapidamente para ler o que está escrito.


"Obrigado por usar este vestido"


Meu coração bate ainda mais forte... Eu volto até o salão de festas, com a mente cheia de duvidas. Era ele no banheiro aquela hora? Ele me viu nua? Ah não, espero que não!

Coloco minha mão na minha bochecha, está quente. Mal tenho tempo para retomar meu fôlego e ouço um homem gritando.


MORDOMO: Alguém matou o visconde! Fechem as portas!


O quê?!

As mulheres gritam com o alerta, os homens começam a se empurrar, o pânico é geral.

Os guardas fecham todas as saídas e ficamos confinados no salão do baile. Eu tento me afastar das portas, mas não consigo passar pela multidão.


NURIA: Com licença, deixem-me passar...

HOMEM: Saia da frente!


A mão gorda de um homem segura meu vestido e me empurra violentamente.

O MascaradoOnde histórias criam vida. Descubra agora