NURIA: Será que o Adam vai aceitar casar?! É um assunto bastante sério... E se ele recusar?
Colin vem em minha direcção e acaricia o meu rosto.
COLIN: Bem, aí eu não terei escolha, senão cessar qualquer vinculo com eles. Eu já disse a você.
NURIA: Eu sei... Eu adoraria que houvesse outra opção.
Eu suspiro fundo e Vitoria coloca a mão no meu ombro, respeitosamente, eu não a afasto.
VITORIA: Não esqueça o meu conselho, Nuria. Quando vocês partirão?
COLIN: Imediatamente, a viagem demora umas cinco horas.
NURIA: Então, vamos.
Nós trocamos olhares decididos, e nos despedimos da minha tia.
De volta ao barco, Colin pede a saída imediata. O tempo está passando, desta vez, a viagem foi muito menos agradável.
Me senti enjoada o caminho inteiro, meu estômago prefere terra firme... Eu continuo cansada e enjoada, pendurada ao lado do navio. Que passeio...
Já em Génova, ninguém vem nos receber. Colin não parece preocupado com isso e desembarca tranquilamente, mas o mercado está quase vazio, deve haver algum evento importante hoje.
Eu dou de ombros e Colin caminha ao meu lado.
COLIN: Eu cuido disso, Nuria, pegue alguma coisa para comer, você está pálida.
NURIA: Eu estou bem, mas não espere que eu faça essa viagem de novo amanhã...
Colin ri e me ajuda a caminhar, ele entrega algumas moedas a um cocheiro.
COLIN: Para o castelo, amigo.
COCHEIRO: Claro, meu príncipe. O senhor quase perdeu a coroação do seu irmão.
Colin pula de susto na carruagem.
COLIN: O que você disse?
COCHEIRO: Eu... pensei que o senhor soubesse... Todo o condado foi convidado, a rainha preparou uma grande celebração!
Adam será o rei?!
COLIN: Depressa, eu preciso falar com o meu irmãozinho.
O que Iliana está pensando?
COLIN: E meu pai? A rainha disse algo sobre ele?
COCHEIRO: Eu não sei, meu príncipe, por favor, desculpe a minha ignorância.
COLIN: Não importa, obrigado.
Colin se acalma novamente, ao meu lado. Eu sussurro em seu ouvido.
NURIA: Tudo isso está estranho, eu não acho que Adam estava interessado no trono. Ele é tão simples, sem grandes ambições, não parece do seu feitio.
COLIN: Ou ele apenas nunca falou sobre isso. Ele ocupar o trono é uma coisa boa, ele seria um rei bondoso e sábio, mas não nas mãos de Iliana. Você ouviu o que os marinheiros disseram! Até pouco tempo atrás, eu aproveitaria essa oportunidade para entregar essa responsabilidade ao meu irmão, no entanto, não consigo esquecer aquelas pessoas, praticamente escravas... Eu não ficaria surpreso se eles abandonassem o reino. Qual é o objectivo de governar um país sem cidadãos?
NURIA: Você tem razão. Eu estou com você.
COCHEIRO: Chegamos.
Colin se apressa até a recepção, mas o caminho é barrado por guardas, e eles não se movem na frente do príncipe. Eu me aproximo deles devagar e testemunho a cena.
COLIN: Deixem-me entrar, eu quero ver o meu irmão.
O guarda não responde, eu tenho um mau pressentimento. Eu tento me afastar discretamente, vejo que não somos bem vindos.
NURIA: Venha, Colin, voltaremos quando estiverem nos esperando.
Eu me viro e olho para a carruagem, de repente, um deles me pega pelo ombro e agarra o braço de Colin. Ele me segura forte e nos leva para dentro do castelo.