Capítulo 28

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Vlad chegou exatamente meia hora depois.

Seu rosto mostrava raiva, e também suas ações já que a porta foi aberta com brutalidade e pegou meu pulso sem nenhum cuidado.

- "Ei espera!" - me queixei e recebi em troca um olhar frio.

Quase fui arrastada pelas escadas, ainda bem que eu escolhi sandálias rasteirinha em vez de saltos, senão seria complicado acompanhar o passo do Drácula.

Eu decidi chamá-lo de Drácula pelo menos na minha mente. O filho do Diabo e eu acreditava nisso agora, eu não podia dizer algo bom dele.

- "Eu te disse que não era para você usar esse vestido, e você o cortou!" - ele disse quando já estávamos no primeiro andar e me surpreendeu porque eu pensei que não fosse falar comigo.

- "Azlin disse que era o indicado." - sussurrei.

- "Azlin! Azlin! Agora vocês são amigas não?" - seus olhos azuis eram mais intimidantes nesse momento, desviei o olhar para o lado.

Ele bufou e saímos do castelo, não estava acreditando que sairia de novo do castelo, mas não me alegrava muito que seja essa situação, Drácula ainda segurava meu pulso muito forte e novamente eu estava a ponto de ir para outro lugar desconhecido.

Observei que na entrada estava Caio com dois cavalos, o mesmo de quando eu vim pra cá, onde começou o meu pesadelo.

O olhei quase desejando que estivesse três metros de baixo da terra, mesmo que eu não o possa culpá-lo completamente, já que eu havia sido uma tonta por confiar em desconhecidos.

- "Olá senhor Tepes, senhorita Bexter." - ele cumprimentou com um sorriso dirigido ao Drácula.

Ele não disse nada, soltou o meu pulso com má vontade e eu o olhei aborrecida fui até Genebra e Caio tentou me ajudar a subir na égua.

- "Não me toque!" - disse sem olha-lo.

- "Mas..."

- "Você já fez o suficiente." - eu o interrompi com um tom duro. - "Não preciso de sua ajuda."

Subi em Genebra com dificuldade por causa do vestido, mas consegui subir sem fazer papel ridículo e vi com Vlad me olhava com seriedade.

- "Vamos!" - ele começou a cavalgar e eu o segui.

Estavamos a duas horas do povoado e não tinha nenhuma vontade de conversar com Drácula, por isso comecei a cantar uma música mentalmente.

Foi uma harmonia sem sentido, logo recordei uma música da Sia e segui cantando mentalmente, enquanto seguia Drácula.

O que Azlin disse e como me mostrou suas lembranças me deixou muito curiosa, mas ainda tinha vontade de perguntar... sabia que ele não vai me responder, ou talvez ele vai me afiliar de novo. Maldito Drácula.

- "Dá pra ficar quieta." - perguntou bruscamente me surpreendendo. - "Você está a minutos cantando essa espantosa música. Alguém já te disse que você canta mal?"

Neste momento ele havia parado, e para ser sincera não me dei conta que eu estava cantando.

Não falei nada e segui o caminho, devia ser umas onze horas da manhã e o céu estava nublado e as densas árvores fazia tudo um pouco mais assustador.

- "Não vai dizer nada?" - sua voz me trouxe de volta à realidade.

- "O que você quer que eu fale?." - perguntei.

- "Dizem que só os tontos respondem uma pergunta com outra pergunta." - ele murmurou franzindo o cenho.

Já havia escutado isso em algum programa de televisão, mas não me lembro o seu nome, mas eu nunca pensei que o Drácula assistisse.

- "Devo ser." - admito sorrindo.-  "Quem é que aceita um colar de um estranho e aceita fazer um passeio ao Castelo do Drácula, com um cara que parecia ser amável que se ofereceu? Certamente, alguém tão tonta como eu."

Uma coisa que eu nunca pensei que fosse acontecer, isso era ainda mais impossível para mim. Ele riu, mas não de forma sarcástica mas sim... alegre.

Não me senti com raiva ou ofendida, se dissipou qualquer tipo de sentimento negativo. Era como se Vlad fosse outro, como se eu tivesse com meus amigos.

Como se nada tivesse acontecido, como se fosse cotidiano estar junto de Vlad.

- "Sinto muito Luc..."

Ele me chama por esse nome, não havia sido Gabriele, havia sido Lucy. Sua amiga de séculos atrás.

Podia ser ainda mais complicado?

Reencarnada (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora