Capítulo 16

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Quando eu estava pronta, peguei minha bolsa, coloquei o celular, minha identidade e dinheiro dentro. E saímos do quarto, descemos as escadas até a recepção.

- "Vamos!" - disse Celeste quando eu me aproximei dele.

Caminhamos pela a rua principal, por pouco o professor Jeremy não nos viu, tivemos que nos misturar entre os vendedores e turistas.

Não conseguia achar as meninas em nenhum lugar. Olhei em minha volta procurando por elas e vi Celeste se afastando e indo direção as escadas de pedra, corri por entre as pessoas tentando acompanhá-la.

Chego às escadas de pedra e não vejo Celeste, quando vou virar a esquina acabo esbarrando em um homem.

Era um homem que tinha uma grande cicatriz que cobria grande parte da sua bochecha esquerda. Seus olhos era de um azul penetrante e ele tinha um sorriso no rosto.

Caio trabalha no Castelo do Conde Drácula

- "Me desculpe." - eu disse envergonhada e me virei para ir embora.

- " Está procurando o Castelo?" - o homem disse de repente me fazendo parar. - "Posso te ajudar chegar lá, se quiser. Só dá para chegar até lá se for de cavalo." - ele informou.

Me virei e olhei para o menino confusa. Tudo estava muito estranho, mas...eu teria a minha aventura justo o que eu buscava.

- "Deveria confiar em você?" - perguntei cruzando os braços.

- "Sim ou você tem outra opção?" - perguntou aumentando o seu sorriso e eu neguei com a cabeça. - "Só deve saber de algo e está segura de que quer mesmo ir?" - murmurou.

Essa advertência me fez pensar um pouco e depois eu fui dominada pela curiosidade. Se o descendente de Drácula estava aqui, eu não iria desperdiçar essa oportunidade.

- "Eu estou certa." - disse com firmeza. - "E o que eu deveria saber?" - eu perguntei.

- " O senhor Vladimir é um homem... estranho. Pode ser agradável se souber conhecê-lo se ele se simpatizar com você. Você entende?"

Pensei por alguns segundos.

Eu não tinha nada a perder, não era algo realmente ruim se eu não agradar se ele. Mas é claro que esse não era o meu objetivo, e cada vez mais a minha curiosidade aumentava. Ele era um homem muito misterioso.

- "Eu entendo! Vamos."

Estava algum tempo andando de cavalo e quando eu estava próxima do Castelo, eu parei cavalo para enviar uma mensagem para as meninas. Por uma estranha razão, um pressentimento me dizia que era melhor eu não estar aqui.

Celeste

"Estou bem, chegarei um pouco tarde no hotel. Não diga nada para o meu pai."

Bjs. Gabriele

Talvez seja um estupido pressentimento e Caio, o garoto, seja um assassino que se diverte encontrando garotas tontas como eu.

Eu estava torcendo para que o meu primeiro pensamento fosse o correto.

- "Aconteceu algo, Gabriele?" - Caio perguntou parando.

- "Não nada, vamos continuar!" - respondi guardando o celular na minha bolsa.

Em poucos minutos estávamos na entrada do castelo. Ele era enorme, muito grande mesmo.

A muralha era alta, um grande portão se abriu e seguimos o caminho.

- "Caio não estou segura disso." - disse com medo. - "Já veio aqui alguma vez?" - perguntei preocupada.

- "Mais do que imagina Gabriele." - ele respondeu e isso não me encorajou a seguir

Dentro da muralha tinha um jardim enorme mas muito mal cuidado, algumas casas pequenas de pedra, uma fonte fora de serviço e alguns cavalos que nos rodeavam.

Estava tudo abandonado, como se a séculos, não tivesse uso adequado e toda a sua beleza se deteriorou.

Esse lugar tinha tudo para ser um lugar onde eu amaria viver por toda a minha vida, mas também era tudo tão cinza e deprimente que tirava a sua alma e tornava tudo deprimente.

- "Você vai me matar?" - perguntei com nervosismo.

Caio soltou uma gargalhada.

- "Não, eu não vou." - ele disse rindo.

Ele parou o cavalo e eu também, ele desceu do seu cavalo e me ajudou a descer do cavalo onde eu estava.

Ela era linda, seu pelo era preto, com a crina comprida e lisa. Seu nome era Genebra.

- "Me siga, ele deve está esperando." - disse pegando meu braço sem ser bruto.

- "Ele está esperando?" - perguntei parando bruscamente.

Eu as vezes consigo ser muito tonta. Soltei o meu braço que ele estava segurando e o olhei com desconfiança.

- "Eu, me refiro que...ele poderia estar esperando." - disse desviando o olhar. - "Vamos Gabriele."

Dei um passo para trás e apertei minha bolsa, a adrenalina corria por minhas veias e sentia que eu estava começando a tremer.

- "E como ele saberia disso?" - perguntei na defensiva.

Caio não disse nada, na verdade eu não esperei que ele fizesse porque eu comecei a correr. O portão estava fechado e eu não era muito pequena para sair sem dificuldade.

Não cheguei muito longe porque fui capturada por Caio.

- "Me solta! Me solta!" - eu gritei aterrorizada.

- "Shhh, calma, calma." - ele disse perto do meu ouvido tapando a minha boca com a sua mão.

Continuava me debatendo, tentando fazer ele me soltar. Eu mordi com força a sua mão e cravei minhas unhas no seu braço.

- "Maldita seja!" - ele gritou se queixando, aproveitei que ele afrouxou o seu aperto e sai correndo outra vez.

Minha respiração estava agitada, meu coração bombeava com força que eu consegui até mesmo escutá-lo.

Reencarnada (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora