Capítulo 57

10.3K 732 20
                                    

Depois do almoço Vlad e eu saímos  acompanhados por alguns vampiros, fomos até uma praça, onde eu pensei que tudo era normal por alguns escassos minutos, onde eu não sabia sobre a existência de seres sobrenaturais e que estava de uma forma estranha neste mundo.

Almoçamos em um restaurante italiano no centro da cidade, me surpreendi ao ver Vlad comendo uma porção considerável de lasanha.

Escutar as suas piadinhas ruins, sua opiniões sobre coisas triviais e ele escutou as minhas opiniões, me fez pensar que ele nem sempre era um vampiro sádico como ele me demonstrou no começo.

Eu havia o perdoado por isso...ele...me dava pena.

Com as poucas memórias que eu tinha de Lucy, que eu consegui me lembrar sem muitos detalhes, me dava uma ideia de que a vida de Vlad Tepes nem sempre foi um mar de rosas.

Sem dúvida, nenhuma vida é.

- “Aonde vamos?” - Vlad perguntou ao sair do restaurante.

- “Se você não se importar...eu gostaria de voltar para o hotel” -  eu respondi com um pequeno sorriso. - “Eu queria estrear esse celular, quero ligar para o meu irmão, para as minhas amigas, para os meus pais...”

- “Você sabe as condições...”

- “Sim, sim” - eu disse revirando os olhos. - “Eu já sei, você já repetiu isso tantas vezes que eu até já decorei cada uma das condições. Você tem a minha palavra!”

Eu levo a minha mão até o meu coração, eu foi a sua vez de revirar os olhos.

Dessa vez nós viemos em uma BMW preta, um pouco menos chamativo do que uma Ferrari...eu acho.

A música estava alta, não reconheci imediatamente, mas depois eu lembrei que era International Love, o ritmo era bom ele me fazia querer dançar.

- “Esse é o seu estilo de música?” - ele perguntou quando o refrão havia começado e eu comecei a cantarolar mexer os ombros.

- “Na verdade, eu não tenho um vestido preferido.” - respondi sorrindo. ' “Escutar música faz eu me sentir feliz e ainda mais se eu estiver dançando. A você não?”

Ele balançou a cabeça com um pequeno sorriso em seus lábios.

- “A música atual... não é o meu estilo.”

- “E qual é o seu estilo?”

- “Os clássicos, os instrumentais em seu estado natural...sem modificações alguma.”

- “Como Debussy? Beethoven? Mozart? Chopin? Coisas assim?” - questionei curiosa. - “Eu gosto, mas isso me traz calma e não me fazem querer dançar ou fazer alguma loucura.”

- “Isso está bom. Cometer alguma loucura para você é se meter em problemas, Gaby” - eu olhei com cara feia para ele durante alguns segundos, já que ele estava rindo do que disse.

Depois de rir um pouco, o que ele disse era um pouco verdade. Durante os últimos 4 anos, não tem sido mais do que ter cometido loucuras uma atrás da outra, a maioria, por não dizer todas, sempre tem consequências ruins. A vida é para se errar, aprender com os erros e corrigi-los, mas devia haver um limite.

E eu senti que eu já havia ultrapassado a meses atrás.

[...]

Vlad havia saído há poucos minutos, já que um homem loiro com olhos escuros como a obsidiana e Maxwell vieram com uma expressão de poucos amigos...eu estava novamente sozinha. Isso me dava oportunidade de pensar no que eu faria, ser o mais sensata possível e não me arriscar, já que a minha vida dependia disso.

Reencarnada (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora