Criminal - especial restrito

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Recado: esse é um capítulo especial e restrito. Então se não se sentir à vontade lendo esse tipo de conteúdo, sugiro que não continue, pois ele não vai influenciar no restante da história. Obrigada!

❤❤❤

A adrenalina é denominada pelos estudiosos como o hormônio da luta e da fuga. Sua ação no corpo é extremamente rápida e sensível. A pupila dos olhos se dilata, o fluxo cardíaco aumenta, assim como a movimentação de oxigênio. Normalmente, a pessoa sob a ação deste hormônio estará mais apta para enfrentar situações que exigirão vigor físico e agressividade.

Eu sabia exatamente como Paulo costumava chegar em casa depois de jogos complicados. O argentino já era animadinho e agitado por natureza, depois de grandes partidas então, isso nem se falava, pois a adrenalina e a endorfina corriam puras em suas veias.

Não foi uma tarefa fácil assistir Lazio e Juventus. O time da Vecchia Signora não tinha feito lá sua melhor performance na temporada, carregando um empate duro e esmagador de zero a zero até o minuto 93 do segundo tempo. Eu estava tensa e sentia que todos os meus batimentos sairiam do meu controle a qualquer momento. Minhas unhas já estavam cravadas na palma das mãos e não tinha mais controle algum das palavras que escapavam por minha boca. Tentava manter os meus olhos fixos em cada um dos lances e implorava mentalmente para que o time conseguisse reverter aquela situação. Tinha noção de como o time ficaria. Tinha noção de como o meu pai ficaria e sabia ainda mais como Paulo ficaria. A pressão era enorme. Eram coisas desse tipo que acabavam contribuindo para aumentar ainda mais a preocupação sobre o futuro desse campeonato.

Foi aí que ele brilhou.

Paulo Dybala marcou seu décimo quinto gol na temporada, trazendo assim a vitória bianconera.

Como eu disse, assistir isso não tinha sido simples e foi preciso alguns bons drinks para acompanhar, feitos especialmente pelas mãos de Leo, namorado de Ágata. O homem era torcedor doente da Juventus e havia me convidado para assistir ao jogo em sua casa, ao lado da minha melhor amiga.

Não sei dizer se foi pelo efeito do álcool em minhas veias ou por estar ao lado de uma pequena torcida, mas eu comemorei como se aquele gol tivesse trazido algum título para a Juventus. Eu sabia o quanto aquela vitória significava para o time e principalmente para Paulo, por ser seu primeiro gol após sua volta de lesão.

Depois do final e de terminar meu sétimo Spritz preparado por Leo, pedi para Ágata me dar carona até o apartamento do jogador, pois o mesmo havia me mandado uma mensagem dizendo que chegaria pela madrugada em casa, já que a viagem de avião duraria mais ou menos uma hora e meia.

Era uma raridade, mas apenas dona Alicia estava na residência. Tanto os irmãos Dybala quanto Nahuel, estavam viajando juntos para Milão neste final de semana. Fiquei alguns bons minutos apenas conversando com a mulher e a mesma percebeu que eu estava um pouco alterada, me dando assim boas colheres de doce de leite para tentar devolver glicose ao meu sangue.

Quando a madrugada chegou, Alicia pediu licença e disse que iria dormir, me deixando sozinha vagando pelo lugar, decidindo assim tomar um banho e esperar Paulo em seu quarto.

Já estava quase cochilando em sua cama quando ouvi uma movimentação estranha na sala, logo vendo a porta do quarto se abrir, revelando o jogador vestindo seu traje formal de viagem do time, com direito a terno e gravata.

- Eu já disse o quanto você fica gostoso usando essa roupa? - murmurei, vendo um sorrisinho sacana aparecer nos lábios finos de Paulo. Ele não ligou a luz do quarto, então apenas o abajur aceso me fazia vê-lo e observar cada uma de suas expressões.

Lights On • Paulo DybalaOnde histórias criam vida. Descubra agora