Quando Tudo Saiu Do Meu Controle

Reerga-se

Já fazem três semanas de tudo, confesso que estou melhor do que imaginava.

E uma alegria que veio em forma de minha pessoa trouxe uma cor a mais para os meus dias ♡ isso mesmo senhoras e senhores, Cristina Yang está de volta!

Contei a ela exatamente tudo o que houve, do começo ao fim. Quando terminei de contar, estava ela com apenas um sentimento estampado em seus olhos, RANÇO.

- Eu vou dar um tiro no coração dele e depois farei questão de opera-lo com o maior prazer e destruir aquilo que chama de coração. - disse ela determinada.

Confesso que tive medo, mas dei risada, já havia ouvido vários comentários do tipo e eu ria, ria mesmo e com vontade.

Eu e Cristina saímos, bebemos, dançamos, nos divertimos, rimos e principalmente comemos demais. Eu estava me reerguendo, finalmente sentia a felicidade querendo entrar de novo em mim e me sentia mais leve.

Cristina ia para o hospital todos os dias comigo, até que um dia ligaram para ela lá da Suíça. E o que me deixou curiosa depoia dessa tal ligação foi a felicidade que ela estampava nos olhos.

- Mas que felicidade toda é essa?! - perguntei deixando alguns exames em cima do balcão.

- Olha, olha só Mer! - dizia ela apontando para o jaleco toda sorridente, eu bem lerda não entendi no começo.

Fiz cara de dúvida.

- O meu nome aqui no jaleco Meredith, estou de volta ao Grey Sloan novamente!!! - disse Cristina toda sorridente, só faltando pular em meu colo.

Meus olhos brilharam, um sorriso enorme se abriu em minha boca (ela se mudaria definitivamente para Seattle), e confesso que meu coração se sentiu mais quentinho e confortável. Eu a abracei, nunca mais nos distanciariamos de novo.

Naquela noite fria de sábado fomos para casa e só queríamos uma coisa, descansar.

Quando nos deitamos na cama Yang logo se inquietou, não parava quieta, aquilo começara a me agoniar.

- O que foi mulher? - perguntei já nervosa.

Ela não respondeu e logo começou a bisbilhotar meu guarda-roupa. Roupa pra lá, roupa pra cá e eu continuava sem entender absolutamente nada.

- Achei! Achei! Achei! - disse ela tirando um moletom verde musgo de dentro do armário depois de infinitos minutos.

Na hora simplesmente parei no tempo, lembrei de quando Derek havia me dado aquele seu moletom que era duas vezes maior que eu, o cheiro de Derek que havia nele (agora só cheirava a poeira), me vieram inúmeras coisas na cabeça.

- Tinha certeza que você não havia desapegado disso aqui ainda Meredith - disse ela segurando meu moletonzinho com desprezo.

- Acha amiga, que isso.... Eu nem sabia que isso existia ainda, só tava ai guardado - respondi, mesmo sabendo que um dia antes dela chegar eu o havia usado - Só estava aí e eu nem sabia, tem tanta coisa que não uso aí dentro não é?! - tentei disfarçar.

- Mer, faça-me o favor, eu te conheço bem e não nasci ontem... sei que não devolveu isso à ele porque não quis mesmo. - disse ela me olhando com aquele sorrisinho que dava sempre que tinha razão.

Assenti com a cabeça, me deitei e fiquei olhando para o teto.

- Você vai devolver isso! E ainda vai fazer questão de deixar uma marca sua nele. - disse ela determinada.

- Aham, claro, agora me diz como Yang. - disse assentindo com a cabeça.

Ela começou a analisar a peça, virava para lá, virava para cá, desdobrava, dobrava, parecia uma louca e aquilo começara a me dar medo.

- É isso!! - berrou como uma louca cheirando a roupa.

- O que foi, o que foi mulher?

- Cadê seu perfume? - perguntou inquieta - Nós vamos simplesmente devolver o moletom à ele, porém vamos deixar o seu cheiro mais marcante ainda, pega seu perfume lá pra mim. Lembrancinhas vão chegar, você vai ver.

De repente um sorriso sem sentido apareceu em meu rosto e eu fui obedecendo Cristina.

Quando acabamos de fazer nossa pequena arte dava até agonia de ficar perto daquilo, estava com uma dose enjoativa de perfume.

- Você entregará amanhã à Amelia como quem não quer nada e veremos no que vai dar, se tranquilize porque amanhã o cheiro estará mais fraco.

Não sei porque mas estava feliz e determinada com isso. Não fazia ideia do que ia dar aquilo, mas estava até que alegre.