Capítulo 1 - Sem pânico, está tudo bem.

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Oiie amores, cá estou eu outra vez e agora com o primeiro capítulo da história!! ♥ 

Eles serão narrados em primeira pessoa pelo Connor e a Izzie, e pelo menos agora no inicio vai ser de forma alternada, mas não contem sempre com isso, por que podem aparecer dois capítulos narrados pelo mesmo personagem mais pra frente u.u

Dito isso, espero que gostem e quero opiniões...

Beijocas, Lelly ♥

~~ ♥ ~~

Connor


É engraçado o quanto a vida de alguém pode mudar em apenas algumas horas. Quer dizer, há um dia atrás eu era só um cara de vinte e cinco anos que dividia o apartamento com dois colegas, tinha um emprego do qual gostava bastante e ia a festas ocasionalmente. Mas agora cá estava eu tomando café com uma garotinha de cinco anos que não tinha dito uma única palavra até agora, na verdade eu nem mesmo tinha ideia de se ela sabia ou não falar.

- Angie, você quer mais cereal? – perguntei tentando quebrar o silêncio e ela apenas olhou para a própria vasilha quase vazia e depois assentiu, sem dizer uma única palavra. – Certo – suspirei.

Depois de colocar o cereal em sua vasilha e na minha própria olhei para o relógio, marcava 08h32m e isso queria dizer que eu estava atrasado. Tinha que chegar a empresa as nove e gastava meia hora até lá. Mas hoje eu não iria, não podia ir. Seria a primeira vez em três anos que eu faltaria o trabalho sem motivo, sem eu estar à beira da morte como diria minha mãe.

Eu tinha que decidir o que fazer, eu tinha aceitado ficar com ela em ímpeto de coragem, mas a verdade era que eu estava perdido. Nunca tive nenhum cachorro, como eu poderia cuidar de uma criança? Mesmo que Angie me parecesse uma criança tranquila, isso estava errado, nenhuma criança devia ser calada assim, o sobrinho de Stuart, um dos caras que moravam aqui comigo, era a prova disso. O garoto passou uma tarde com a gente quando a mãe dele precisou ir ao médico e nós (eu, Stuart e Jace nosso outro colega de apartamento), passamos maus bocados cuidando dele. Mas a loirinha senta a minha frente parecia quase indiferente a tudo, e quando eu digo tudo é tudo mesmo, a delegacia na noite passada, ao apartamento novo, e o fato de ter que ficar com um estranho, no caso eu. E isso era um pouco assustador, afinal, ela devia estar assustada.

- Angie, você por acaso está acostumada com estranhos? – perguntei e ela me olhou sem entender. – Digo, eram muitas pessoas diferentes que cuidavam de você?

Ela balançou a cabeça afirmativamente.

- Seus pais passavam muito tempo fora? – quis saber e ela assentiu outra vez e depois voltou a comer seu cereal. – Angie – chamei mais uma vez e ela me olhou curiosa. – Você sabe o que aconteceu com eles? Os seus pais?

Ela olhou para a própria vasilha e balançou a cabeça concordando sem me olhar e apontou para cima. Mesmo que essa fosse a primeira "conversa" que eu tive com a pequena, eu entendi o que ela queria dizer. Seus pais estavam no céu.

- Vamos tomar um banho? – a chamei depois de uns minutos, essa conversa tinha tomado um rumo completamente deprimente.

É claro que ao invés de me responder ela ficou de pé e eu suspirei mais uma vez, ia ser um longo, longo dia.

Dar banho nela e trocá-la não foi a parte difícil, difícil mesmo foi quando ela simplesmente se sentou na beirada da minha cama esperando que eu arrumasse seu cabelo. Juro que entrei em pânico, o que eu tinha que fazer? No fim apenas o penteei e deixei como estava, seu vestido florido que ela tinha trago na mochila tinha ficado lindo nela. Mas outra coisa que me surpreendeu foi a quantidade de coisas que ela tinha na mochila, um vestido, três blusas, dois shorts, uma calça, dois pares de meia e três calcinhas, só, nada mais. Depois teria que ligar para Helen e perguntar se eu poderia pegar mais algumas coisas pra ela, não dava pra eu cuidar de uma garotinha por um mês só com isso, disso eu tinha certeza.

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